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quinta-feira, 10 de fevereiro de 2005

Cavaco e a maioria absoluta de Sócrates - IV

O Público veio hoje pedir desculpa...
E diz algumas coisas interessantes.
Li a nota da direcção do Público e mantenho a pergunta: a quem continua a servir esta história?
Luis Filipe Menezes que há poucos dias criticava o Prof. Cavaco Silva não foi capaz de fazer o mesmo que o Público: pedir desculpa.
Pelo contrário. Agora quer que o Prof. Cavaco Silva diga em quem vai votar.
E a notícia é novamente do Público.
Mas como a memória não pode ser curta - e a minha não é - ocorreu-me perguntar o que é que Luis Filipe Menezes andava a fazer ao lado de Fernando Gomes nas eleições autárquicas de 2001, quando Rui Rio concorria à Câmara Municipal do Porto.
Lembram-se? Eu não me esqueci. Até se dizia que Menezes - desculpem usar o mesmo verbo que o Público aplicou ao Prof. Cavaco Silva - apostava na vitória de Fernando Gomes.
Mas regressemos ao tema deste post.
A quem continua a servir esta história?
Será que andam por aí umas cabeçinhas a pensar que, no dia 20 de Fevereiro, podem dizer que o PSD perdeu por culpa do Prof. Cavaco Silva?

6 comentários:

VFS disse...

E Alberto João? Que dizer do propagador de esqualidez da minha terra? As declarações deste são muito mais ignominiosas do que as de Menezes. Ainda não respondeu a esta minha pergunta. Perdoe-me a impertinência, mas gostaria de me deparar com uma resposta corosiva e vigorosa contra Alberto João. O silêncio do PSD, sempre que a figura se exalta, gera suspeitas. Até Pacheco Pereira revelou uma invulgar lenidade quando se referiu a AJJ, dedicando-lhe frugais e sóbrias linhas. Estranho, não acha? O PSD já foi jardinizado?

Anónimo disse...

Julgo ter o Vitor razão. Acho que o PSD, ou melhor dito, os seus dirigentes, deveriam reprovar claramente atitudes como as que refere, só comparáveis com as da Drª Ana Gomes (lembra-se dela?) que encontravam da parte do directório do PS a mesma - pelo menos aparente - complacência.
Pergunto-me no entanto se estas diatribes não devem ter como resposta mais adequada e eficaz o mais absoluto desprezo...

fernando viegas disse...

Muito bem lembrado.
O Menezes tem uma "admiração" tão grande pelo Rui Rio que até é capaz de achar que votar nele no Porto é indigno para um militante do PSD. Também gostava muito de saber se ele votaria no PSD nessas circunstâncias.

crack disse...

Esclarecimento prévio, para apreciação do grau de subjectividade: revejo-me, quase sempre, na «linha editorial» deste blogue.
Pergunta: «A quem continua a servir esta história?» Pois eu respondo o que me parece evidente: ao PPD e não ao PSD (julgo que o divórcio destes dois está, irremediavelmente, consumado). E o que é, hoje, o PPD? Santana e o pior do «aparelho» laranja. Ou, pelo menos, a parte do aparelho que está, neste momento, com Santana Lopes. A partir daqui, é grande a lista de «interessados», a começar no Pedro de São Bento, no Alberto da Madeira, no Luís Filipe de Gaia e a acabar no último dos «albertos» que, inflamadamente, defendem o timoneiro que os guindou, ou os mantém, ou os guindará, aos poleiros almejados.
Se não, vejamos: a insídia colou-se a Cavaco, sem retorno (JPP dixit) e para quem quer assegurar uma candidatura à presidência com o apoio laranja (PSL, esse mesmo), a «nódoa» serve-lhe; o PS nada ganhou com a coisa, salvo uns chistes comicieiros, inconsequentes; os «pequenos» candidatos nem aqueceram, nem arrefeceram, com a infâmia; no imediato, Santana ganhou a oportunidade de (mais uma vez) se vitimizar (ele ainda pensa que essa é a «yellow brick road» para o sucesso, influência, só pode, da brasileirada habituada aos soundbytes telenovelescos) ); o Sr. Alberto vazou a bílis; o Sr Luis Filipe ganhou direito a sonhar mais um tempo; o «aparelho» santanista ganhou tamanho fôlego, que se voltaram a montar os gabinetes já meios encaixotados...
Quanto ao que pensarão as cabecinhas a que se refere, mas essas cabecinhas pensam?

VFS disse...

Acordo imaculado com JM Ferreira d'Almeida. Uma estrutura partidária, ou qualquer outra estutura, não é um cárcere. Todavia, regras há que não podem ser estupradas. Se forem, os mecanismos disciplinares têm de actuar. Eu preconizo a total liberdade de expressão dentro de um partido, o que proporciona a Pacheco Pereira e outros a divulgação das suas opiniões, mesmo quando colidem com a doutrina oficial. Isto é democracia!
A liberdade de expressão, contudo, encontra limites éticos. O que Alberto João, quotidianamente, faz é invectivar figuras da República e, mesmo, do próprio partido. Eu sei que o sr Jardim não é do PSD. Ele tem um partido próprio, aqui na Região. Por isso, é um insurrecto, sabendo que uma reprensão do partido só lhe facultaria mais motivos para bradar.
Muitas das declarações de Ana Gomes são intoleráveis. A sua primeira opinião, logo após o anúncio da não dissolução da Assembleia, são paradigmáticas. Outras há, com um descomedimento execrável. No entanto, comparar Ana Gomes a Jardim é inverosímil. Jardim só tem um émulo: o presidente da Câmara do Marco.

Anónimo disse...

Notável!