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terça-feira, 22 de fevereiro de 2005

De que precisa o PSD

Bom senso e sentido de responsabilidade. O PSD terá de perceber que o seu ciclo interno não pode ser feito à revelia do ciclo político do país. O ciclo político do país só se completa depois das presidenciais, daqui a um ano, com as autárquicas pelo meio. Se imperasse o bom senso e o sentido de responsabilidade, o melhor caminho seria:

1. Saída de Santana Lopes. É o principal factor de divisão interna e a sua saída, por iniciativa própria e a bem, facilitaria soluções mais ponderadas e não precipitadas.
2. Um Congresso a muito curto prazo com vista a eleger uma Direcção, reunindo as várias sensibilidades e liderada pelo Presidente do Congresso (Manuel Dias Loureiro), com a tarefa de rever os estatutos, organizar as eleições autárquicas e enunciar, sem tibiezas, o apoio ao candidato natural do PSD: Cavaco Silva.
3. Marcação de um novo Congresso para o 2.º trimestre de 2006, precedida de um debate sobre as opções estratégicas do partido e da eleição directa do novo líder nacional, bem como dos órgãos distritais.

Receio que, a não ser assim, o PSD arrisca-se a implodir e ao eleger precipitadamente um novo presidente, sem debate interno generalizado e definição de opções claras perante o futuro do país, teremos mais um líder a prazo e a consolidação das “fracturas expostas” que ninguém deseja.

O facto de se posicionarem, desde já, alguns candidatos à liderança é positivo e facilita o início de um debate sobre o balanço crítico da governação e o enunciar de alternativas para o futuro. Porém, para que esse debate dê frutos é necessário tempo.

Há uma pessoa-chave neste processo que deveria sair do silêncio a que se remeteu nos últimos tempos: Manuel Dias Loureiro.

Possivelmente ainda estou a sonhar.

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