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segunda-feira, 25 de abril de 2005

Maurice Hilleman (1919-2005), o homem que mais vidas salvou no Século XX…


Em 1963, Jeryl Lynn, filha do microbiologista Maurice Hilleman, adoeceu com parotidite (papeira). Obteve o vírus da sua filha e encarregou-se de desenvolver uma vacina de modo que a outra filha, mais nova, não viesse a sofrer de uma doença tão comum, mas que pode ter sérias consequências. Não era a primeira vez que este cientista tinha desenvolvido uma vacina. De facto, já tinha dado um notável contributo com as vacinas da gripe impedindo que a gripe de 1957 tivesse tido uma expressão pandémica. O trabalho de Hilleman não se resumiu a estas descobertas. O seu papel na descoberta de outras vacinas foi notável. Vacinas contra o sarampo, rubéola, varicela, hepatite A e B e adenovírus ilustram algumas das 40 que descobriu para proteger a saúde dos seres humanos e dos animais.
Maurice Hilleman, de ascendência germânica, nasceu em 30 de Agosto de 1919 em Miles City, Montana. Morreu aos 85 anos, no dia 11 de Abril de 2005. Muitas das nossas vidas foram salvas por este homem que cultivava um low profile, mas é sem dúvida um verdadeiro gigante da ciência, da medicina e da saúde pública. À conta da sua inteligência e dedicação muitas centenas de milhões de vida foram salvas e continuarão a ser nas gerações vindouras, além dos contributos social e económico associados. Ninguém terá salvo mais vidas no século XX do que este homem. É reconfortante dedicar alguns segundos a quem nos salvou e continua a salvar a vida dos nossos...…

Posted by Hello

2 comentários:

NeuroGlider disse...

Sem não querer tirar nenhum mérito a este senhor acho que deviamos antes reconhecer que Alexander Fleming com o advento do primeiro antíbiotico foi realmente o homem que provalvelmte mais pessoas alguma vez salvou. Não são só as que ele salvou directamente pela administraçáo de antíbioticos mas também as novas ferramentas em biomedecina que ele trouxe á luz e que hoje ainda são muito importantes na pesquisa, compreensão e desenvolvimento de novas terapias e farmacos.
Mesmo assim fico satisfeito per ver num blog político a referencia a um cientista. A comunidade cientifica em Portugal bem precisa que os políticos olhem para ela se realmente querem levar o suposto choque tecnológico avante e que ele seja um sucesso!

Massano Cardoso disse...

Fleming e Hilleman correspondem a dois estereótipos de investigadores na área da medicina. O primeiro, teve impacto no sector da medicina curativa, enquanto o segundo faz parte do grupo dos que se dedicam à prevenção. Podemos considerar quatro formas de actuar em medicina: "cortar", "substituir", "modificar" e "prevenir". Todas são importantes, as três primeiras são viradas para o indivíduo, enquanto a última, apesar de visar o indivíduo, actua através do colectivo. A fama e a fortuna atingem, sobretudo, os primeiros. Devemos prestar homenagem a ilustres desconhecidos que através de adequadas políticas de saúde contribuem para o bem-estar e felicidade das sociedades.
De facto a política precisa, também, dos cientistas…