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quarta-feira, 25 de maio de 2005

Debate com o 1º Ministro

Creio que o Eng. José Sócrates perdeu uma grande oportunidade para se afirmar como Estadista.
Com a despesa pública a rondar os 50% do PIB, o que devia afirmar era a necessidade e urgência de a diminuir e o que devia salientar é que essa diminuição é um bem em si. Devia justificar a diminuição pela positiva.
Ao contrário, veio a justificar a diminuição pela negativa e pelos erros alheios e, no fim, ainda veio a entoar loas à despesa do Estado!...
O 1º Ministro não age por convicção, mas por necessidade, o que é mau.
Por outro lado, aumenta os impostos, o que dá mais uma folga à manutenção da despesa pública em nível elevado.
E não usou uma argumentação séria, ao evocar o Governo anterior.
A Drª Manuela Ferreira Leite tinha que apresentar resultados imediatos, por força do PEC: daí o recurso aos impostos.
Sócrates tem um período mais largo, por força da revisão desse mesmo PEC: devia actuar sobre a despesa e não chamar mais impostos.
Mais impostos é um travão ao crescimento, um castigo para os cumpridores e um prémio para quem não paga!...
Riem-se os donos das 153000 empresas que nunca pagaram um cêntimo para o fisco, o milhão e cem mil agentes económicos que produzem uma colecta média inferior a 80 euros e riem-se os 588.000 empresários em nome individual ou profissionais liberais que geram uma colecta média inferior a 190 euros.
Riem-se pela simples razão de que nunca sustentaram os gastos do Estado ou para a sua cobertura contribuem apenas simbolicamente.
E riem-se, porque ficam mais à vontade para distorcer a concorrência, já que os cumpridores continuarão a pagar. Até quando?

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