Número total de visualizações de páginas

sábado, 21 de maio de 2005

Dia Internacional da Diversidade Biológica



As Nações Unidas declararam 22 de Maio como dia dedicado aos problemas da biodiversidade no mundo.
É uma ocasião para refletir num dos mais sérios problemas que afecta o planeta: o rápido desaparecimento de habitats e espécies, apesar de algumas proclamações políticas no sentido da conservação e do restabelecimento no quadro do que se convencionou designar por desenvolvimento sustentável.
Na Assembleia Geral de 2000, Kofi Annan reclamou por uma avaliação ecossistémica à escala planetária.
O relatório final dessa avaliação, efectuada entre 2001 e 2005 e na qual participaram 1360 especialistas de 95 países, retrata uma situação de empobrecimento acelerado do património genético do planeta. E traça uma prognose muitíssimo preocupante para as próximas décadas.
Preocupante, porque a população humana é totalmente dependente dos ecossistemas, que são as fontes vitais de bens e condições essenciais à saúde, e em última análise à sobrevivência, como são os alimentos, a água consumível ou a regulação climática, sendo que o consumo desses bens aos níveis verificados nas últimas décadas, aponta para a insustentabilidade não a muito longo prazo.
Do relatório, ressaltam os aspectos do diagnóstico que revelam a extraordinária aceleração da capacidade destrutiva do ambiente e de alguns importantes recursos naturais não renováveis em nome de um desenvolvimento que não consegue, pelos vistos, conciliar-se em especial com a preservação da pluralidade biológica:

"Nos últimos 50 anos, o homem modificou os ecossistemas mais rápida e extensivamente que em qualquer intervalo de tempo equivalente na história da humanidade, na maioria das vezes para suprir rapidamente a crescente procura de alimentos, água potável, madeira, fibras e combustível. Isso acarretou uma perda substancial e, em grande medida, irreversível, para a diversidade da vida no planeta.
As mudanças que ocorreram nos ecossistemas contribuíram com ganhos finais substanciais para o bem-estar humano e o desenvolvimento económico, mas esses ganhos foram obtidos a um custo crescente, que incluiu a degradação de muitos serviços dos ecossistemas, maior risco de mudanças não lineares, e exacerbação da pobreza para alguns grupos da população. Esses problemas, a menos que tratados, reduzirão substancialmente os benefícios obtidos dos ecossistemas por gerações futuras.
A degradação dos serviços de ecossistemas pode piorar consideravelmente na primeira metade deste século, representando uma barreira para a consecução das Metas de Desenvolvimento do Milénio"

Sem comentários: