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quinta-feira, 9 de junho de 2005

É melhor desconfiar dos chineses!


H5N1

A invasão do Iraque pela coligação ocidental, e chefiada por Bush, teve como justificação proceder à destruição de armas químicas que poderiam por em causa a segurança internacional. Os acontecimentos são conhecidos. Invasão, guerra, queda de um tirano e tentativa de uma nova ordem social. No entanto, as famosas armas químicas nunca apareceram.
Desde há muitos anos que temos a “certeza” de que, mais dia, menos dia, irá surgir uma pandemia de gripe altamente letal, à semelhança da que ocorreu em 1918, e que matou mais do que muitas guerras.
Há alguns anos, a Natureza começou a ensaiar no “laboratório natural” do Oriente a produção de um novo vírus. O H5N1 surgiu em força e atingiu as aves, obrigando ao abate de muitos milhões. A gripe das aves tem vindo a preocupar as autoridades de saúde, na medida em que pode transmitir-se aos seres humanos. Já ocorreram muitos casos letais. Falta apenas um pequeno passo que é a possibilidade da transmissão inter-humanos. Quando acontecer, será muito difícil travar a propagação à escala mundial, com todas as consequências. Mesmo com uma taxa de mortalidade, eventualmente, baixa, não deixará de causar muitas dezenas de milhões de mortos, devido ao elevado efectivo de doentes.
Foi notificado que, na China, começaram a ocorrer casos de gripe das aves em seres humanos, mais concretamente na província de Qinghai. As autoridades chinesas negam, veementemente, quaisquer casos. A O.M.S. é obrigada a acreditar. Mas podemos confiar nos chineses? A resposta é simples: Não! Se recordarmos o que aconteceu há alguns anos com a pneumonia atípica, é fácil de compreender que os dirigentes de olhos em bico não são pessoas de boa fé. Durante muito tempo não deram informações e nem tomaram as medidas adequadas pondo em causa a segurança biológica do planeta.
É bom relembrar que é muito mais fácil descobrir a presença de agentes deste jaez, à solta nos arrozais ou nos aviários, do que encontrar agentes químicos armazenados em alguma cave, ou bunker.
Invade-se um país à procura de agentes químicos, mas não se consegue penetrar (pacificamente) num outro, em que a possibilidade de estar a ocorrer algo de grave não é de descartar, pondo em causa a segurança de muitos milhões de pessoas.
Afinal o que andam a fazer os dirigentes mundiais? Invadem alguns países sob os mais diferentes pretextos, aplicam sanções a outros, estabelecem regras comerciais, acordam em inúmeras convenções e não conseguem mostrar autoridade quando se trata de algo que não respeita fronteiras nem ninguém?

2 comentários:

Mário Almeida disse...

está a sugerir uma invasão por questões de saúde ?
Gosto da ideia. Não só é uma ideia radical, mas se o mundo aceitasse isso, mais depressa teria que aceitar uma invasão por motivos de direitos humanos, e nesse caso a fantochada que foi o iraque estaria "validada".

Massano Cardoso disse...

Não propriamente! É óbvio. Mas tem que haver mecanismos internacionais que permitam às autoridades fiscalizar algo que diz respeito a todos. Os vírus não conhecem fronteiras, nem regimes e são, curiosamente, "democráticos". Não se esqueça que hoje existe uma verdadeira "patologia política" determinada pela postura dos políticos e tipo de regime.