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quinta-feira, 7 de julho de 2005

Previsível

Quando em post anterior reagia aos atentados de Londres fiquei curioso quanto aos comentários e reacções dos partidos políticos, especialmente os de esquerda.
Se há a saudar a dignidade da intervenção de Luís Fazenda (BE), já o PCP não resistiu a espetar o ferrão anti-imperialista e, na prática, a reverter para os EUA a responsabilidade do terrorismo. Para que conste:

"O PCP manifesta a mais viva condenação pelo brutal atentado que teve lugar hoje, ao início da manhã em Londres, em hora e locais de grande circulação e de deslocação para locais de trabalho.
Recordando a sua inequívoca posição, de sempre, de condenação de todas as formas de terrorismo e dos objectivos que serve, o PCP manifesta aos trabalhadores, ao povo inglês e às famílias das vítimas uma palavra de solidariedade.
Perante estes trágicos acontecimentos, ocorridos num momento em que decorre na Escócia a «cimeira do G-8», o PCP alerta para as tentativas do seu aproveitamento para justificar a violação de direitos, liberdades e garantias dos cidadãos, a política de agressão imperialista e as suas guerras de ocupação, em si mesmo factores de alimento do fundamentalismo e do terrorismo."

Quanto às declarações de Mário Soares à TSF (não há link, mas ouvi-as bem) são igualmente lamentáveis: o terrorismo é resultado da pobreza e da miséria que existe no mundo.

3 comentários:

João Filipe Rodrigues disse...

Também ouvi as declarações de Mário Soares, e achei-as lamentáveis.
Até porque, sem dixar margem para dúvidas, as reafirmou claramente, perante a insistência do jornalista, incrédulo com tal argumento.

Cumprimentos
João Filipe Rodrigues
http://influenza.blogs.sapo.pt

Virus disse...

e o nosso ilustre ex-Presidente da República tem toda a razão do seu lado...concordo plenamente! A nossa (do povo no geral) interpretação é que está equivocada!...ele estava certamente a referir-se à pobreza e miséria de espírito!...Porque os indíviduos que organizam estas acções terroristas são tudo menos pobres e miseráveis (financeiramente falando)!
Quanto ao PCP como é hábito vê o filme ao contrário...pois nos países de fibra (tal como nas pessoas) este tipo de acções leva a um endurecimento de políticas intervencionistas e um cerrar de fileiras com os seus aliados naturais, afastando esses países cada vez mais de qualquer tentativa de diálogo e entendimento com este tipo de elementos/culturas, tornando-os mais agressivos perante ameaças externas.
Quanto aos Srs. que levam a cabo este tipo de acções só digo isto: Timor é independente e nunca se ouviu falar de um timorense (ou outro qualquer em seu nome) a explodir comboios, aviões, metros, autocarros, supermercados, etc. cheios de inocentes. A independência de Timor foi conseguida com uma guerra ganha na secretaria, e é por essa via diplomática que qualquer projecto de Estado, ou Nação, deve seguir é lento e demorado, mas a vitória é garantida, nem que dure três gerações!

Ant.º das Neves Castanho disse...

Não ouvir atentamente Mário Soares, pelo que sugere mais do que pelo que diz, é não perceber que a luta dita anti-terrorista, tal como nos é servida pelos poderes mundiais, não levará a resultado nenhum...