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quarta-feira, 21 de setembro de 2005

Fé e economia

A economia portuguesa "não entrará em recessão este ano", garantiu ontem Teixeira dos Santos. Depois desta garantia dada pelo Ministro das Finanças confesso que fico um pouco mais descansado relativamente às perspectivas económicas nacionais. Decerto que os fundamentos da garantia não serão os indicadores de conjuntura do INE que parecem ser mais pessimistas que o MF. O Ministro deverá ter outros indicadores que nós não conhecemos ou então trata-se de uma questão de e não de previsão económica.
Esta será a razão porque a Comissão Europeia "convida" Portugal "a continuar a melhorar a recolha e o tratamento das estatísticas do sector público administrativo, o que significa que a própria CE não acredita nos dados oficiais.
Conclusão: a crise só existe nas estatísticas, fora delas o cenário é bem mais prometedor e das duas, uma: ou temos fé ou não temos. Deus é grande!

3 comentários:

Carlos Monteiro disse...

É muito importante esta chamada de atenção!

Que futuramente os nossos governantes deixem de minar a confiança dos agentes económicos declarando que o "país está de tanga", ou que evitem decretar que A Retoma está aí, passando apenas por rídiculos.

É importante o seu apontamento. Muito bem, se me permite o elogio!

Tonibler disse...

Que os indicadores eram um lixo, era tão óbvio que nem os tipos da comissão iam deixar passar. Curioso que ninguém do INE reaja com esta declaração de incompetência como vieram reagir aqui pelos blogs quando toda a gente dizia que eram lixo, mas pronto....

Agora, o Teixeira pode ter razão. A coisa está a aguentar-se. Mal, mas está. É certo que há muito mais para cair, mas no próximos tempos parece estar a aguentar-se. Isto de apertar os funcionários públicos já é um bom sinal de esperança. O desemprego,esse, é que vai tardar a cair.

Anthrax disse...

Realmente...

A única coisa que nos resta é mesmo a fé. O que tem o seu lado positivo, a percentagem de ateus deve ter reduzido drasticamente.