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domingo, 4 de setembro de 2005

A força das convicções

Mário Soares foi um dos fundadores do Partido Socialista.
Quando teve oportunidade institucional de por em prática as suas doutrinas socialistas, optou por colocar o socialismo numa gaveta mais ou menos entreaberta ou mais ou menos fechada, porventura por reconhecer que não resolvia os nossos problemas.
No entanto, é, e continua para muitos, o ex-libris do socialismo português.
Mário Soares, antes de ser Primeiro-Ministro, apelou ao fim dos grandes grupos económicos, que também denominava de monopólios, sendo responsável indirecto pelo desmantelar de muitas das nossas melhores empresas e pela fuga dos seus principais accionistas.
Quando foi Primeiro-Ministro, convidou muitos empresários e gestores a regressar, para reconstruir a economia.
Mário Soares combateu, e bem, o isolacionismo português.
Teve nesse isolacionismo um bom argumento para viajar pelo mundo inteiro, assinando protocolos de cooperação, económicos, culturais e muitos mais, dos quais se destacará o assinado com as Seychelles, verdadeiramente estrutural para o nosso país.
Muitos dos que combatia na véspera eram os seus convidados especiais para essas viagens.
Mário Soares foi agredido na Marinha Grande, numa campanha eleitoral e, justamente, protestou por não ter protecção policial; quando Presidente, competindo-lhe também assegurar a lei e a ordem pública, não se coibiu de dizer, numa Presidência Aberta, que não precisamos, cá, de polícias!...
Há pouco tempo, jurou que não seria candidato a Presidente da República; há menos tempo ainda, "aceitou" apresentar a sua candidatura!...
Homem de uma só fé e de um só querer!...

3 comentários:

Virus disse...

E cá estamos nós a voar sobre um ninho de cucos...

Anthrax disse...

Caro Pinho Cardão,

Estou de regresso de uma Conferência da U.E que decorreu em Dublin e tenho uma coisa para lhe dizer:

- Vá falar da "força das convicções" aos Irlandeses, aos Noruegueses, aos Franceses e aos Alemães que, para além de todos saberem que temos um candidato presidencial de 81 anos sem que eu tivesse aberto a boca, não conseguem parar de se rir cada vez que falam do assunto.

Estive 3 dias a ouvir piadinhas acerca disso e a fazerem-me perguntas do género: "Mas como é que isso vos aconteceu?" - Ora eu posso saber responder a muita coisa, mas a esta pergunta, não sei!

Anthrax disse...

LOL :)))

Aaaiiiiii... Mas quem foi que mandou o D. Afonso Henriques bater na mãe! Isto não é Karma, isto é mas é uma cruz que nós carregamos.