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segunda-feira, 19 de dezembro de 2005

Estado da Nação

O discretíssimo senhor Juiz de Instrução Criminal do chamado caso "Casa Pia", concedeu uma entrevista a uma rádio (anunciando a SIC ter sido dada pelo telefone e desejando eu que a PT me instalasse uma linha com tamanha claridade de som).

Da dita entrevista, e sem outras considerações que estou certo pouco acrescentariam ao juizo que cada um faça dela e do ilustre entrevistado, reproduz-se aqui um ilustrativo excerto. Presumo que perguntado se se achou ou se se acha um justiceiro, respondeu:

«No justiceiro, vemos nos filmes do Oeste, o “Ok Corral”, o homem chega lá e dá três balázios em alguém: fez justiça e é o maior. Mas não foi um juiz, foi um justiceiro», diz o magistrado, acrescentando: «Um juiz tem de se pautar pela lei que tem. E tem de se reger por ela e só por ela».

6 comentários:

josé disse...

Há pessoas para quem a fala sobre certos assuntos, deveria estar interdita. Uma delas é o PGR. Outra, agora, é este juiz que se celebrizou malgré lui.

Estou certo que é um juiz melhor do que muitos jamais o seriam e apesar disso, vilipendiado por muitos outros.

Nestes casos, o silêncio ou a entrevista ponderada em contexto, seria o melhor.
Assim, vai ser tricidado, estou mesmo a ver.

Tonibler disse...

Esse juiz é uma besta porque tem mais para se reger que a lei, uma vez que a própria lei lhe dá essa possibilidade. O que ele está a dizer é que desde que siga a lei pode fazer de tudo. O que é mentira!

São estes juízes que me fazem pensar se não eram bem substituídos por um computador com um daqueles jogos de decisão....

Elisiário Figueiredo disse...

Caro Tonibler

Completamente de acordo, no entanto nem a informática é poderosa para resolver casos onde existem leis que se contradizem.

Carlos Monteiro disse...

Moeda (virtual) ao ar. Existe e é simples de programar.

Que é um bocado semelhante ao que os juízes fazem, quando vemos por aí tantas situações contraditórias.

Anónimo disse...

E já agora, meus caros, sendo possível programar o computador, digam-me o que prefeririam: o computador-justiceiro que a um tempo condenava e logo ali disparava três balázios e resolvia o problema à sociedade tal como o "OK Curral"; ou o computador-juiz que se pautaria pela lei aplicando-a, criando o problema à sociedade de, na V. omnipresente lógica "financista", com os seus impostos, ter que suportar a despesa do processo se o arguido for absolvido, ou com os encargos do "alojamento" prisional se for privado da liberdade?

Tonibler disse...

Caro JMFA,

O objectivo é justiça ou é finanças. Se é justiça, faz-se o outsourcing com os espanhóis. Se é finanças, basta substituir os juizes de instrução por um Palm(é mais um choque tecnológico...)