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terça-feira, 6 de dezembro de 2005

Mário Soares-símbolo e garantia do facilitismo!...

Por ter visitado a 4R, dei uma espreitadela ao blog de Mário de Almeida, A Fonte.
Com a devida vénia, transcrevo um excerto de um actual e esclarecedor "post" que aí encontrei e que traduz o pior da nossa sociedade, que é o facilitismo e a mão sempre estendida ao Estado.
“Um grupo de jovens decidiu criar um site de jovens, para os jovens e com jovens para apoiar Mário Soares. Até aqui nada de especial.
E elaboraram um manifesto de 30 pontos, que inclui entre outros …
1) Pelo Reforço dos apoios e incentivos à contratação de jovens licenciados, pós-graduados e investigadores;2) Pelo Reforço dos apoios e incentivos ao empreendedorismo jovem e criação de empresas por jovens;3) Pelo reforço da fiscalização, contra o recurso abusivo e ilegal a contratos a prazo e a contratos de prestação de serviços;4) Pelos Incentivos às empresas que transformem os contratos dos jovens contratados a prazo, em regime de primeiro emprego, em contratos sem prazo.7) Uma Melhoria do Ensino.O MP3 quer um Presidente da República que defenda […] a gratuitidade dos manuais escolares para o ensino obrigatório;15) O Combate à info-exclusão. Para isso é necessário que defenda o serviço de acesso à Internet, fazendo com que o Estado garanta que este serviço esteja acessível para todos e a preços justos.27) À promoção de políticas que facilitem o arrendamento por jovens ;28) A uma verdadeira e efectiva aposta na habitação a custos controlados para jovens ;29) À promoção de habitação para arrendamento ou venda a jovens nos Planos de Reabilitação Urbana ;30) Ao apoio ao Cooperativismo Jovem de Habitação …”
.… mas que basicamente se podia resumir num só :O Presidente deve providenciar que se pague tudo e mais alguma coisa aos jóvens, porque os jovens são incapazes de sobreviver sozinhos neste mundo onde as coisas exigem algum esforço e trabalho".

4 comentários:

Torquato da Luz disse...

Para quem acusa o programa de candidatura do Prof. Cavaco Silva de ser o de um Primeiro-Ministro, não há dúvida de que estas propostas do MP3 (tendo à frente a Joaninha, esse farol de inteligência...) só podem ter o objectivo de substituir o habitual circo da quadra natalícia.
Por mim, ri que me fartei.
Mais um abraço, caro Cardão.

Anthrax disse...

Caro PC,

Foi desencantar uma coisa linda! Esta é de se lhe tirar o chapéu. Eu próprio já tinha tropeçado nela embora não saiba muito bem aonde (deve ter sido para aí no blog do arrebenta ou assim).

Mas também é verdade que, estes jovens não nasceram de geração espontânea pelo que significa que andou por aí, muito paizinho e muita mãezinha, a criar estes moços. O mais grave é que estes não pertencem a classes desfavorecidas, porque esses - normalmente - sabem sobreviver e não têm nem tempo, nem este tipo de discurso. Por isso, estes mocitos só podem ser aqueles que não servem para nada.

Anthrax disse...

Preciso de um esclarecimento ao nível da linguística.

Quando é que passámos a assumir no vocabulário português a palavra "estória" - em vez de "história" - para designar contos e afins?

Reconheço que essa diferença sempre existiu em inglês entre "story" e "history".

Mas não existe em francês (lingua que ainda assim é mais semelhante à nossa), em que a palavra "Histoire" serve para designar a História e os contos consoante o contexto.

Se bem me recordo, essa diferença também não existe em alemão. "Geschiste" abarca ambos os significados.

Agora, essa diferença existe no português do Brasil, talvez por influência do inglês norte-americano, em que se faz a diferença entre "história" e "estória". O que eu realmente não sei e gostaria de saber é, a partir de quando é que adoptámos essa convenção porque não foi isso que aprendi na escola.

Anthrax disse...

Caro diogenes,

Muito obrigado pela achega e já lá fui consultar o arquivo.

Entendo perfeitamente o significado e entendo perfeitamente a diferença. No entanto, não concordo com a sua utilização. Se é português de grafia antiga que caiu em desuso, paciência, de hoje em dia também ninguém escreve "pharmacia" e eu até acho bonito.

Tirando isso, logo vi que tinha sido uma "re-"aquisição recente da língua portuguesa visto que parece constar do dicionário da Porto Editora de 2004. Infelizmente, não penso que o dicionário da Michaelis deva ser considerado para o efeito porque, sendo uma edição brasileira, é natural que nele conste o referido vocábulo.

De qualquer forma diogenes, muito obrigado pelo esclarecimento. Quanto aos outros, desculpem lá este assunto não ter nada a ver com o tema, mas estas coisas fazem-me um bocado de confusão.