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domingo, 30 de abril de 2006

Por Terras do Tio Sam – Abril 29, Sábado – Capítulo 8

Completou-se hoje uma semana desde que saí de Lisboa. E, olhando para trás, passou tão a correr!... Depois de uma primeira semana em DC – como acontece sempre nestes Programas, já me encontro, agora, em Seattle, 8 horas a menos do que em Portugal e com frio, chuva e vento! Parece que as perspectivas para amanhã são melhores, e espero mesmo que sejam, porque amanhã é dia de novidades culturais e recreativas (só Domingo regresso ao “trabalho”, que é como quem diz, às visitas, às conferências, às reuniões…). E como amanhã tenho previsto um passeio de barco ao largo de Seattle, era bom que o tempo estivesse bem melhor…
Bem, mas quanto à viagem, correu relativamente bem, excepto por três factores.

O primeiro, a exemplo do que já se tinha passado na viagem de Lisboa para aqui, residiu no facto de a minha bagagem de mão – comprada especificamente para poder ser arrumada na cabina – não caber nos compartimentos dos aviões dos EUA (bem, nem tudo podia ser bom, não é verdade?!). E aqui a Europa leva vantagem – pelo menos nos Airbus em que tenho viajado não tenho tido problemas. Talvez o facto de o fabricante destas bagagens ser europeu ajude a perceber por que se passam as coisas assim… O facto é que mais uma vez cheguei ao avião, esforcei-me por encaixar a mala no compartimento e… tive que desistir, tendo ela ido parar de novo ao porão.
Felizmente que até agora tudo em termos de bagagens tem corrido bem (leia-se: nada foi ainda perdido, como já uma vez no passado me sucedeu, sendo certo que essa mala nunca mais apareceu, até hoje!... Percebem agora a minha questão de levar o máximo de bagagens que posso comigo?!).

O segundo factor teve a ver com algo que se terá passado com um extintor no voo de DC para Chicago, que obrigou à sua reparação e que quase nos ia fazendo perder o voo de Chicago para Seattle (não sei se há voos directos de DC para Seattle, mas hoje não houve, daí a escala em Chicago). Felizmente, tudo se ficou pelo sobressalto, nada mais.

Finalmente, o facto de, ao que parece, agora, as companhias aéreas dos EUA, em voos domésticos já não servirem refeições sem serem pagas pelos passageiros, devido à concorrência, que é mais do que muita. Bem, se fosse só isto, enfim, já viajei em low cost carriers e aí não temos direito a nada para comer ou beber se não pagarmos; seria estranho que num voo da American Airlines tal se passasse, mas pronto… Agora, que tenha sido permitido – e parece que é a regra nos voos domésticos – que os passageiros tragam a sua própria comida para dentro do avião é que foi a grande novidade. Mal saímos em Chicago, o ELO avisou-me logo para ir ao McDonald’s, ou a qualquer outro restaurante de fast food ali ao pé, para que me embrulhassem o que eu quisesse, uma vez que mesmo isso seria melhor do que a comida paga (um snack) que teriam disponível no avião. E, portanto, não só eu, como a esmagadora maioria dos passageiros lá entrou no aparelho com o seu farnel (o meu era McDonald’s), para uma viagem de mais de 4 horas! Só visto, digo eu, porque contado ninguém acredita! Ainda para mais quando no voo de DC para Chicago, que demorou pouco mais de 1 hora e 30 minutos, serviram um aperitivo e uma bebida! Qual a coerência?! Sinceramente, não consigo descortinar… e no início do voo, lá estava a maior parte dos passageiros a comer o que tinha trazido! De filme – pelo menos para mim, que não estava habituado!

Bem, aparte isto, a viagem correu muito bem. Por exemplo, o espectáculo das Rocky Mountains do Estado de Montana (aquelas em que se passa o “Brokeback Mountain”) vistas cá de cima com o cume gelado absolutamente branco e depois tudo o resto rochoso e verde é fantástico… Tal como é extraordinário a quantidade de tempo de voo em que se passa por terrenos em que não há sinal de vivalma… o que comprova a imensidão deste país – são um verdadeiro continente!
Por volta das três da tarde, onze da noite em Lisboa, aterrámos no International Seattle-Tacoma Airport, que deve o seu nome ao facto de se situar sensivelmente a meio caminho entre as cidades de Seattle e Tacoma. Como já acima referi, chovia a cântaros (agora, acho que já não, felizmente) e, por isso, ainda bem que já estava previsto alugar um automóvel que nos servirá na nossa estadia aqui, e que o Marc Nicholson conduz.
Debaixo de chuva torrencial chegámos ao Roosevelt Hotel (em homenagem ao 26º Presidente Norte-Americano Theodore Roosevelt, que governou entre 1901 e 1909), bastante simpático, tal como já tinha acontecido com o Hotel Helix em DC. Sem grandes luxos, mas muito confortável e… fundamental, com fitness center!
Estes dias de viagens aéreas são sempre cansativos (ainda para mais quando foram quase 6 horas nos dois voos), pelo que resolvi ficar no quarto, tendo jantado por aqui, depois de um “joggingzito” para desentorpecer e dormir melhor!

… Que é que vou fazer, agora, que são quase 10 da noite, para amanhã me levantar cedo e tentar conhecer alguma coisa de Seattle, para além do passeio de barco que está programado. Ao fim da tarde temos a chamada “home hospitality”, uma experiência que consiste num jantar em casa de uma família americana que se oferece para o efeito, o que nos dá a oportunidade de avaliarmos os americanos no seu meio familiar.
Acho que deve ser muito interessante, mas para já, o que podemos fazer é… esperar por amanhã e ter uma boa (e comprida!) noite de sono, para retemperar forças!

1 comentário:

Miguel Frasquilho disse...

Meu caro Pinho Cardão,

Não me parece que tal procedimento tivesse sido visto com bons olhos cá por estes lados... por isso, ainda bem que o não fiz!...