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quinta-feira, 11 de maio de 2006

“Afrodisíacos e guerra”…



A procura de armas de destruição tem sido uma constante desde os tempos imemoriais, e tem sido causa de graves problemas, nomeadamente, no sentido de evitar a sua produção, facto que motivou a invasão do Iraque e, agora, quem sabe o que irá acontecer com o Irão. Além das armas ditas convencionais, têm sido alvo de apetência as armas biológicas e de aniquilação maciça. O que interessa é algo que mate depressa e muito. Os exemplos recentes, que vão desde os gases da primeira Grande Guerra aos químicos mais sofisticados, os quais chegaram a constituir fundamento para guerras preventivas, passando por pavorosos perigos biológicos, são ilustrativos de graves e sérias ameaças, às quais se juntam outras que, pelo aspecto caricato de que se revestem, não podemos deixar de examinar.
A divulgação de documentos secretos por parte dos E.U.A. permite-nos verificar que houve, e provavelmente continua a haver, interesse na produção de armas químicas não “letais”. É certo que aderiram à Convenção de Armas Químicas de 1993, que proíbe a sua produção e utilização, mas não conseguem resistir à tentação!
Dentro dos diferentes tipos de armas não "letais" estava contemplada a produção de substâncias químicas que atraíssem sexualmente diversos tipos de animais, tais como: insectos, roedores e muitos outros, aos campos do adversário. Devia ser o bom e o bonito; as picadas, as mordeduras ou os ataques de animais corpulentos deveriam complicar a vida aos soldados inimigos e não só. Mas a "chuva de ideias" não ficou por aqui. Também constituiu matéria de pesquisa produtos que provocassem mau hálito! Claro, assim que o cheiro a "alho" ou a qualquer outro produto de uma boca imunda chegasse ao nosso nariz, já sabíamos que o inimigo estava por perto, para além da confusão provocada entre "eles" a tentarem justificar quem é que cheirava pior! Dentro de todas as ideias havia uma que merece um destaque pela originalidade: a produção de uma substância afrodisíaca que provocasse comportamentos homossexuais. Não explicam como seria utilizada. Lançar-se-ia o "gás" para o inimigo e, subitamente, os soldados largariam as armas embrenhando-se num verdadeiro frenesim sexual? Dizem as autoridades norte-americanas que tudo isto não passou de ideias, de meras hipóteses (mas não deixaram de incluir este projecto dentro do conjunto de opções de armas não letais apresentado às Academias Nacionais de Ciências…). Podemos acreditar que sim. Decerto imaginaram o que lhes poderia acontecer se os ventos, de repente, soprassem em sentido contrário! Esperemos que não tenham feito nenhum ensaio nas comunidades...

5 comentários:

Carlos Monteiro disse...

hehehe... Os meus parabéns pelo post, Professor!

Convenhamos que as guerras de facto seriam muito mais pacíficas, se assim fosse. No fundo eram tudo boas intenções!

Ou havia cientistas a tomar os seus desejos por realidade, ao inventarem armas dessas...

Bem, está nos X Files agora não está? Ainda bem.

Anthrax disse...

«Sô Prúfeçor»!

Gostei do post! :)

Particularmente da parte « Lançar-se-ia o "gás" para o inimigo e, subitamente, os soldados largariam as armas embrenhando-se num verdadeiro frenesim sexual?». Esta parte é bastante sugestiva, principalmente se tivermos em consideração que a maior parte dos exércitos são, maioritariamente compostos por elementos do sexo masculino. Mas ei! Se os Clássicos não viam qualquer problema nisso, nós também não deveríamos ver.

Para além disso, o Sexo é uma arma poderosíssima e pode ser tão letal como uma arma de fogo (que o digam todos os agentes de serviços de informações que caíram na esparrela). E depois, há outra coisa bem mais sórdida. O Sexo serve para espalhar doenças «behind enemy lines» (o que parece ter funcionado bem no continente Africano como actualmente se pode verificar).

Matar depressa e bem, é importante apenas em algumas situações. Em termos convencionais, não interessa produzir um grande número de baixas. Interessa sim, produzir o maior número de feridos e incapacitados, possível. Porquê? Porque baixa o moral, consome recursos e... também espalha epidemias.

A ideia dos odores, também é bastante interessante. Porquê? Porque nos casos em que não é possível uma localização por meios tecnológicos, pede-se auxílio à mãe natureza. A utilização de cheiros que permitam atraír determinadas espécies animais é uma boa maneira de revelar a localização do que está escondido e isso é positivo, caso contrário não utilizariam cães para localizar vítimas de derrocadas.

De facto os moços até têm razão, não são armas letais. São apenas meios que permitem a utilização de armas que são mesmo letais.

Anthrax disse...

Ah Sim! Ainda me lembrei de outra relativamente à história dos "cheirinhos".

A utilização de "maus-cheiros» é utilizada pela polícia norte-americana como forma de controlar multidões. Normalmente o que eles fazem é; localizam os elementos agitadores, borrifam-nos com o aroma adequado e depois ficam à espera de ver se há alguém com coragem de se aproximar deles (deles entenda-se, agitadores). Até porque se não se conseguirem aproximar de ninguém, também não agitam nada.

Olhem... Estão a ver, esta é até uma ideia bem engraçada para aplicar a claques de futebol mais "excitadotas".

Antonio Almeida Felizes disse...

Maia uma achega ao universo das armas não letais.

Bactérias que comem estradas e edifícios. Biocatalizadores que decompõem combustíveis e plásticos. Dispositivos que corroem secretamente o alumínio e outros metais. Estes são apenas uns poucos exemplos de armas não letais que os EUA tentaram, ou estão a tentar, desenvolver.

AF - Regionalização
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Tonibler disse...

Um dia largaram esse gás, numa zona de Lisboa, em cima de uns quantos homens. Não desataram num fernesim sexual, mas nasceu o Sporting Clube de Portugal......;)