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sexta-feira, 6 de outubro de 2006

E o BCE subiu a taxa de juro

Na última 6ª Feira publiquei um post no qual avancei a previsão de subida da principal taxa directora do BCE, em 0,25%, na reunião deste Banco ontem efectuada.
E assim aconteceu, com uma bateria de analistas por todo o lado comentando essa decisão e antevendo novas subidas das taxas ainda este ano e no próximo.
Achei particular graça ao comentador de economia da TVI que, na sua habitualmente impagável e muito divertida forma de apreciar os temas da especialidade, até se mostrou capaz de antever subidas trimestrais das taxas ao longo de 2007, de 0,25% cada uma, depois de uma última subida ainda em 2006 (Dezembro) de idêntica amplitude.
Mas enganou-se nas contas (quem sabe se ainda reflexo de um síndroma muito propagado na segunda metade dos anos 90), e disse que, depois dessas subidas, no final de 2007, a taxa estaria pelos 4 a 4,25%.
Quando, a aceitar como boa a sua arrojada previsão, a taxa estaria exactamente em 4,5%.
Voltando ao nosso blog, fiquei com muita pena que os nossos habituais Comentadores, em especial o astuto Tonibler, não tivessem aceitado o desafio de fazer apostas sobre a decisão de ontem do BCE.
Poderíamos estar agora a preparar-nos para um lauto banquete, na adega do Saraiva em Nafarros (bem perto da residência de campo do Dr. Mário Soares), com a magnífica colaboração do Pinho Cardão.
Já que deixamos fugir esta oportunidade, volto ao desafio e proponho-lhes que façamos as nossas apostas quanto à taxa do BCE no final deste ano:
- Manter-se-á nos 3,25%?
- Subirá mais 0,25 para os 3,5%, como sugere a maioria dos analistas e o da TVI tem por certo?
- Poderá até subir mais, para os 3,75%?
Pela minha parte avanço já a minha aposta: a taxa não vai ser alterada este ano, pelo que em 31 de Dezembro pºfº se manterá nos 3,25%.
É uma aposta de risco, confesso, contra a corrente, mas tem alguma “rationale”, não é apenas palpite.
Fico a aguardar as reacções dos Comentadores que queiram aceitar este repto.
E fica já assente, nos primeiros dias de Janeiro de 2007 - se resistirmos até lá - o jantar na adega do Saraiva, pago pelos perdedores desta aposta.

8 comentários:

RuiVasco disse...

Caro anagariador:
Não fujo ao desafio e aqui vai a minha aposta:
-final de 2006 - mantem-se taxa BCE de 3,25%.
Rui Vasco

Adriano Volframista disse...

Dr Tavares Moreira
Acompnaho-o no palpite.
Quanto ao analisata da TVI, apenas um comentário para tentar explicar a sua (dele) análise.
Apenas uma: os dados que utiliza têm três/quatro meses de atraso.
Se reparar, eram essas as previsões nessa data, apontavam nesse sentido, agora o petróleo pareçe baixar, o FED não aumentou a taxa de referencia e todos apontam para uma aterragem suave da economia norte americana.
Sobre o comentador(?)/analista (!!??)TVI: para que serve um analista se, num assunto tão conhecido como a OPA sobre a PT, nem sequer arrisca um comentário sobre qual pode ser a posição do governo sobre a OPA, aceita ou não?
Para isso, basta um jornalista estagiário, uma folha excel e um universo de 30 notícias sobre o tema que teremos comentário "informado" e "especializado".
Cumprimentos
Adriano Volframista

Tonibler disse...

Caro Tavares Moreira,

Depois de ter lido em vários posts o nível das comezainas a que os autores do 4-R se dedicam diria que tal aposta não é para todos os bolsos... Muito menos quando a probabilidade de perder é elevada.

Agora, gostava de perceber qual a razão económica deste último aumento, se mais de metade da Europa não anda assim tão bem. Se o BCE reage automaticamente aos 3 indicadores que referiu no seu post anterior, o meu PC faz bem as vezes do BCE e só peço metade do preço :).

Tavares Moreira disse...

Caro Tonibler,
Permita-me que lhe diga que a sua postura não parece própria de uma pessoa que apresenta sinais de quem sabe asumir riscos e tem uma noção bastante avançada do mundo em que vivemos.
Por outro lado, a fama pantagruélica dos animadores do 4R, que refere, é manifestamente exagerada, alguns deles são mesmo pessoas que exibem uma invulgar frugalidade.
Por último, a tabela de preços da adega do Saraiva, Nafarros, é das mais módicas que conheço: por 10 a 15 euros consegue-se um excelente repasto.
Por alguma razão a sugeri e só vai quem quiser, tenha perdido ou ganho a aposta.
Espero, assim, que responda ao desafio.

Tonibler disse...

Caro Tavares Moreira,

A astúcia, como diz, se calhar não me deixa apostar uma coisa dessas com tamanho especialista. Muito menos quando este passa da expressão "lauto banquete" para "por 10 a 15 euros...". Mas se o ataque da Al-Qaeda a Paris não fôr este ano, eu aposto que o BCE vai olhar o EUR/USD e, como o cão do Pavlov, mete a taxa nos 3,5%.

Assim lanço daqui um apelo ao Bin-Laden para deixar essas coisas lá mais para Fevereiro.

Carlos Monteiro disse...

eu entro nessa! Dentro da mesma linha de raciocínio do camarada Toni, vai até aos 3,5%

Sugiro que o camarada Tavares Moreira comece a anotar as apostas neste post.

e pronto... tá dito, tá dito!

:)

Anónimo disse...

Aposta dificil para mim para quem os designíos da economia (e de alguns economistas!) são como os de Deus. Assim sendo, vou a jogo confiando no Tavares Moreira e na sua prognose. E nos sinais que o Euro hoje já deu ao desvalorizar significativamente no primeiro dia após a subida da taxa directora pelo BCE.
Bom, já agora para a semana vou jogar no totoloto...

Tavares Moreira disse...

Caros Comentadores,
Já que mais ninguém quis "vir a jogo", registo as 5 apostas:
- Duas, Tonibler e C.Monteiro, para taxa nos 3,5%;
- Três, Rui Vasco, Ferreira de Almeida e eu próprio, para taxa nos 3,25%.
No dia 31 de Dezembro, se resistirmos, cá estarei para fazermos as contas e marcarmos o repasto na Adega do Saraiva - só vai quem quiser e o anonimato dos comentadores será escrupulosamente respeitado pelos colaboradores do 4R que participarem.
Surpreende-me bastante a abstenção do Pinho Cardão, até porque ele é dos que melhor conhece a política de preços da Adega do Saraiva.
Quem sabe se os azares do Dragão - os recentes e os que se vão seguir, nos próximos dias - lhe terão diminuído a coragem para arriscar, no que quer que seja.