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sábado, 11 de novembro de 2006

A Lenda de São Martinho...

Esta noite - sexta-feira - fui jantar fora, cá fora, numa esplanada envolvida numa atmosfera quente, estavam 22º graus, muito clama, sem vento, com o céu estrelado, num daqueles dias de Primavera em que nos vamos preparando para o crescente das estações quentes que apelam a uma vida mais ao ar livre.
Para além da agradável companhia, fiquei rendida à serenidade deste dia de Outono, com o prazer de afinal sentir que por dias teremos à porta uma contagem decrescente para as estações frias que nos obrigam a vestir uns casacos muito quentinhos.
De seguida, fui dar (fomos dar) um pequeno passeio, caminhando descontraidamente, devagarinho e saboreando uma brisa brincalhona.
Já a caminho de casa, vinha eu a sentir a agradável noite, e foi então que, numa fracção de segundos, me veio à memória o São Martinho, o Santo que todos os anos, nesta época, faz cessar por alguns dias o tempo frio e o céu e a terra sorriem com a bênção de um sol quente e miraculoso.
Estamos no chamado "Verão de São Martinho".
Em Portugal, o Outono e a chegada definitiva do tempo frio são comemorados no dia 11 de Novembro, Dia de São Martinho. Neste dia, um pouco por todo o País, comem-se sardinhas, assam-se castanhas, bebe-se vinho novo e água-pé.
Hoje, um pouco mais tarde, proponho-me não quebrar a tradição.
Agora é que vinham mesmo a calhar as castanhas preferidas do nosso amigo José Mário Ferreira de Almeida, dos soutos de Sernancelhe. Pode ser que tenhamos uma surpresa!

3 comentários:

Anónimo disse...

Margarida, eu reconheço-me no S. Martinho e sinto, tal como ele, a vontade de partilhar mesmo que isso signifique o sacrifício da renúncia. Essa vontade de partilha levar-me-ia a partir ao meio a última das castanhas de Sernancelhe que possuísse, para que a minha ex.ma Amiga não ficasse privada de provar a excelência do fruto.
Acontece porém que a surpresa que espera terá de se convolar em milagre, intercedido pelo santo das castanhas e água pé. É que as castanhas colhidas nos soutos de Sernancelhe foram competentemente assadas e rapidamente deglutidas numa tarde, também anema, ali para os lados de Colares em simpática confraternização que a hospitalidade do Pinho Cardão favoreceu. Com elas se esgotou também o meu parco stock de tinto do Douro.
Teremos por isso de esperar por outro santo, em dia invernoso, em que a boa castanha e o bom tinto confortam.

Flávio Gonçalves disse...

Sendo visitante habitual ainda não consegui decidir se este blog é de esquerda ou de direita, exactamente por isso acabei de vos linkar.

Bem hajam,

Flávio Gonçalves

http://admiravelmundonovo-1984.blogspot.com

Suzana Toscano disse...

Margarida e Zé Mário, se têm sobrado as castanhas de Sernancelhe é que era mau sinal. Era porque o Pinho Cardão não as tinha posto todas a assar!Ora, conhecendo-lhe a índole generosa no acolhimento aos amigoa e comensais, essa hipótese é de afastar. Podemos assim dizer que "quanto mais fossem..." Pois é margarida, a brisa à beira mar já não é nada mau em Novembro!