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quinta-feira, 16 de agosto de 2007

Contra a fragilidade, prudência e bom-senso

A Euronext Lisboa terminou a sessão de hoje, quinta-feira, em forte queda, liderando as perdas entre as praças europeias.
O PSI-20 encerrou nos 12.154,50 pontos, uma quebra, só num dia, de 4,53%.
Em pouco mais de duas semanas a Bolsa portuguesa perdeu cerca de metade dos ganhos acumulados em sete meses!
A actual situação do mercado bolsista em Portugal é, bem o sei, ditada por factores exógenos que, porém, fazem sentir os seus efeitos entre nós de uma forma bem mais marcada do que nas praças de países com economias bem mais sólidas e preparadas para resistir a estes abalos telúricos.
Espera-se, todavia, que aos factos e circunstâncias externas que não dominamos, não se venham somar factores internos de perturbação que por minarem a confiança do mercado, acabarão por agravar fortemente este estado de coisas, em prejuizo dos pequenos aforros (as grandes fortunas continuarão a crescer muitos por cento ao ano, como até aqui animadas pelo socialismo socrático em vigor...).
Espera-se que, nalgumas sedes financeiras, importantes para criar "climas" de estabilidade e de confiança, prevaleça o bom-senso e a sensatez.
É que - lembrei-me - faltam poucos dias para a Assembleia Geral do BCP...

4 comentários:

Tonibler disse...

Isto é algo completamente irracional.

CCz disse...

A bolsa de Lisboa é tão pequena que é impossível evitar o "síndroma do banhista gordo", quando os estrangeiros saiem... a banheira fica vazia.

Margarida Corrêa de Aguiar disse...

José Mário
Uma informação complementar para "medir o pulso" à dimensão da crise: o rombo de -4,53% registado hoje na bolsa portuguesa é a maior queda verificada desde o crash de Outubro de 1998. Quem não se lembra?
Ainda estamos longe de saber a dimensão das quedas e o seu efeito na economia real!
Os próximos dias são cruciais. É também importante aguardar pela decisão do BCE em relação às suas taxas de juro.

Anónimo disse...

É verdade, Margarida. Há que esperar. Embora, como bem assinala, seria bom que o BCE se antecipasse e, na esteira da análise que faz Tavares Moreira no post que segue a este, contribuisse com uma decisão de redução das taxas.
Creio que esse gesto, apesar de poder gerar algumas tensões inflaccionistas, permitiria restaurar alguma confiança nos mercados.