Número total de visualizações de páginas

quinta-feira, 8 de novembro de 2007

Em época de mais um orçamento...

A riqueza e a pobreza das nações
... de estado, decidi reler este livro.
Recomendo-o vivamente.
Normalmente as segundas leituras, são mais interessantes.
Neste caso, o exercício reavivou-me a memória para uma passagem que tenho que reproduzir:
"Vivemos num mundo de desigualdade e diversidade. Mundo esse que está dividido, grosso modo, em três espécies de nações: aquelas em que as pessoas gastam rios de dinheiro para não aumentar de peso, aquelas em que as pessoas comem para viver e aquelas cuja população não sabe de onde virá a próxima refeição."
Em Portugal, é cada vez mais frequente encontrarmos as duas últimas realidades.

6 comentários:

Massano Cardoso disse...

Caro Vítor.

A primeira também já é uma realidade entre nós! Além disso muitas pessoas gastam, também, rios de dinheiro para emagrecer, "engordando" os bolsos de outros.
Já agora gostava que alguém, dado às "coisas" da economia, me explicasse porque é que a banca portuguesa dá tanto lucro. Hoje, no telejornal fiquei de boca aberta perante aqueles lucros que já ultrapassavam os 2 mil milhões de euros! Isso serve para alguma coisa? Esse lucro não será devido ao negócio da usura? O pais lucra com isso? Como é possível ter tanto lucro num pais tão pobretanas como o nosso? Caramba, porque será que os outros sectores da actividade económica não têm a mesma performance que o sector bancário? Será que os “empresários” deste actividade são mais espertos do que os outros? Às tantas até são...

invisivel disse...

Caro Vitor Reis.
"...aquelas em que as pessoas comem para viver e aquelas cuja população não sabe de onde virá a próxima refeição..."
Muito oportuno este post.

Permito-me acrescentar que a conjuntura internacional, mormente o preço do barril do petróleo para os USD 100, vai levar ainda mais portugueses a procurar a próxima refeição noutros países, o que aliás, não é nada de novo: é o nosso fado.
O Professor MC fala em usura e muito bem.
Quem não se lembra daquele banco que quando abriu há uns anos largos, só aceitava clientes de saldo médio superior a 500 contos?
Hoje, esse mesmo banco faz apelo ao depósito dos ordenaditos do povinho, criando-lhe a ilusão de mais um ordenado; porque será?
Quantos milhões de lucro não representam estas contas ordenado para os bancos!?
Isto não é usura: isto é apenas um roubo aos mais pobres.

Anthrax disse...

Odeio quando vocês falam em coisas, contra as quais luto todos os dias para me esquecer e dizendo para comigo mesmo: "No pasa nada". Já nem vejo notícias que é para ver se passo por parvinho ou assim, depois vêm vocês e pimbas! Afinfa-lhe!

A sério, detesto. Além de que do Dr. VR demonstra uma certa tendência para o masoquismo, porque RELER esse livro e TRANSPORTA-LO para a realidade PORTUGUESA é gostar de sofrer.

Vou chorar, a sério que vou...

invisivel disse...

Eu faço-lhe companhia antrhax...

Wotan disse...

Caro Vitor Reis,

Apesar de reconhecer que é uma realidade que não nos faz sorrir, pergunto a mim mesmo se esta realidade, que parece ser unânime nos vários comentários aqui expressos, encontra alguma resposta credível nos debates e inflamados e discursos que ouvimos durante a discussão do orçamento na AR? Pergunto, porque tenho dificuldade de assumir a evidente resposta...

Aproveito também para felicitar este magnífico blog que conta com tão ilustres autores secundados por excelentes comentadores…Os meus sinceros PARABÉNS!!!

Suzana Toscano disse...

Também li já há uns tempos, é um livro magnífico que se lê de um fôlego,muito bem recomendado, Vitor.É realmente triste e preocupante reconhecermos o nosso país em muito do que aí é retratado, mas também se pode ver como a grandeza é fugaz e pequenas coisas podem dar grandes desastres. Também dá para ver como os erros se repetem, parece que estamos sempre a inventar a roda e afinal basta ler um livro para aprender com a história.