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quarta-feira, 21 de novembro de 2007

Lamego, uma ponte entre o passado e o futuro...

Depois dos bonitos textos da Suzana Toscano e da Clara Carneiro chega agora a minha vez de me render à bela Lamego.
Lamego é uma terra de boas gentes que merece ser conhecida, vivida, admirada, olhada, escutada, cheirada, provada, saboreada, sentida, tocada. É uma Cidade calorosa que quer abraçar os que nela vivem e os seus visitantes. A hospitalidade e a simplicidade dos seus habitantes fazem de Lamego uma cidade grandiosa, irresistível aos seus encantos, capaz de oferecer àqueles que a visitaram uma infinita recordação de gratidão.
Sempre gostei das gentes e das terras antigas do nosso Portugal, que são, no princípio e no fim, a razão de ser da nossa identidade como povo carregado de imensa história e feitos, de património e tesouros, de cultura e arte, de costumes e tradições, de crenças e lendas, de calor humano e sabedoria popular, de sensibilidades e sentimentos únicos e como território povoado de diversidade natural, paisagística, climática, geográfica e ambiental.
Lamego faz parte deste fabuloso espólio que ao longo dos tempos tem sido esquecido, desvalorizado, abandonado, ignorado, desprezado, entregue à sua própria sorte.
Na viagem que fizemos a Lamego e ao Vale Abraão pudemos sentir o pulsar de uma vontade de recuperar e construir e de fazer renascer e valorizar os tesouros e encantos da sua imponente história e paisagem.
Lamego tem hoje um projecto de desenvolvimento e uma visão de futuro que me apraz registar, apesar das grandes dificuldades que decorrem da insuficiência ou mesmo ausência de políticas públicas de desenvolvimento regional e por isso mesmo geradoras de sinais e efeitos contraditórios.
A forte aposta da actual governação de Lamego no Turismo é o caminho do presente e do futuro, que está a ser construído com inteligência e muito carinho, apostando na qualidade e nos visitantes atraídos pelos valores naturais e culturais da Cidade e da zona vinhateira do Douro em que está integrada. As dificuldades são muitas e grandes mas superáveis quando a vontade e a necessidade aguçam o combate por aquilo que precisa de ser feito.
Sim, combate porque aquelas políticas vêm estando cada vez mais desajustadas aos diversos interesses em jogo e porque os seus executantes numa necessidade de protagonismo da autoridade do poder, raiando muitas vezes atitudes de abuso do poder, sofrem da cegueira de quem está longe e não quer ver perto.
O investimento no Turismo trará a médio prazo mais emprego e riqueza à região de Lamego, susceptível de oferecer mais bem-estar às suas populações e condições superiores para aí fixar as actuais e novas gerações.
O esforço que a governação de Lamego está a fazer na reabilitação das suas jóias patrimoniais é algo que merece ser aqui vivamente testemunhado. É uma corrida contra o tempo, uma verdadeira maratona que necessita de ser vencida no mais curto espaço de tempo, com a vontade de que tudo fique primorosamente no seu devido lugar.
As gentes de Lamego têm razão para ter esperança no futuro, para acreditarem que a prosperidade se está a construir com competência e firmeza, com sensibilidade e amor à terra.
Obrigada Lamego pelo acolhimento. Parabéns ao Presidente da Câmara de Lamego pelo excelente trabalho que está a realizar. Lamego uma cidade e uma região a desfrutar… Quem o fizer terá muito para sentir e recordar… A não perder!

12 comentários:

Bartolomeu disse...

Cara Margarida,
Noto com alguma surpreza (ou talvez não), que a classe feminina do 4R, foi lesta a expressar as suas impressões acerca do que apreciaram e observaram na bela cidade de Lamego.
Devo confessar que não me surpreendeu tanta sensibilidade posta nas descrições. Admirou-me porém a entrega, a rendição e a constatação à grandiosidade da terra e das gentes.
Bom sinal, sou levado a concluir que apesar de conhecido, o nosso país é sempre apreciável, contribuirá para tanto, certamente, a companhia e a disposição. Se é que uma não influencia a outra e vice-versa.
;)

Suzana Toscano disse...

Muito bem, Margarida, uma síntese perfeita do que vimos e sentimos nesta ida a Lamego. Subscrevo inteiramente a apreciação e a gratidão pelo caloroso e primoroso acolhimento!

Margarida Corrêa de Aguiar disse...

Caro Bartolomeu
Há muito para descobrir em Portugal. Conhecer bem as nossas regiões tem a vantagem de percebermos que temos um potencial de oportunidades para aproveitar. Que temos possibilidades de valorizar o que de bom temos, como fazem muitos países europeus. Neste aspecto somos diferentes porque queremos, porque as diferenças positivas que nos tornam particulares existem e estas compete-nos ter o engenho de as distinguir.
Descobrir gentes e terras já é bom, mas com boa companhia e boa disposição é ainda melhor...

Suzana
Tudo o que consiga escrever não será suficiente para transmitir como gostei da ida a Lamego, como gostei de tudo e de todos!

Isa Maria disse...

é bom ouvir um visitante a dizer bem da nossa terra. Bem haja. Eu, por mim, gosto dela apesar de não viver lá agora, por várias circunstâncias da vida. Mas lá volto sempre que posso.

antoniodasiscas disse...

Cara Margarida
A sua ida a Lamego e consequentemente o texto que escreveu,fazem-me recordar essa lindissíma cidade,que usufrui de tudo o que há de bom nesta vida , destacando-se na verdade, um esplêndido património artístico. Mais concretamente,recordei-me de ter passado cerca de quinze dias em Lamego, quando para mal dos meus pecados, mandaram-me para lá acabar o curso de capitães milicianos. Vão trinta e cinco anos. Mas como era de engenharia e a engenharia não andava propriamente aos tiros,dispensaram-nos, a mim e aos outros aprendizes, das aulas e de tudo o resto. Daí que, tenha passado uns dias invejáveis e de que agora tenho alguma saudade, pois visitei locais de uma riqueza incalculável,Lamego e arredores são uma relíquia a este respeito e comi e bebi do melhor, e barato, e isto por se tratar de uma zona que tem uns predicados especiais nestas matérias ligadas à gastronomia,como é conhecido de todos. Melhor não há. Se não digo bem, mando dizê-lo.

Margarida Corrêa de Aguiar disse...

Caro IsaMar
A sua terra é encantadora. Sou Beirã e portanto não sou suspeita. Gosto imenso da minha região, mas reconheço a beleza de Lamego e do Douro, que sempre que visito me deixam rendida!

Caro antoniodasiscas
Há passagens das nossas vidas que nunca se esquecem e por isso é bom termos a oportunidade de, de vez em quando, recordar.
Quando as gentes e as terras são bonitas o tempo passa para as tornar ainda mais bonitas. Lamego e a região vinhateira do Douro são bem a prova de que é assim. A sua história confirma isso mesmo.
Ainda bem que o Caro antoniodasiscas não andou aos "tiros" e teve a sorte de ter recebido ordem de "soltura"... Não poderia ter sido melhor!
Quase que acompanho a sua exclamação de "Melhor não há"! Melhor, só a Beira!

Bartolomeu disse...

Cara Margarida, tenho de proferir uma exclamação, referindo-me ao seu comentário do amigo antoniodasiscas:
Grande comentário, grande Beirã, grande Margarida!!!!
Poucos saberão que o verdadeiro berço da Lusitâniedade é a Beira Baixa, Loriga, terra onde nasceu Viriato. Terra (entre outras) de gente verticalíssima, simples honesta e trabalhadora. Aguerrida, defensora do que é seu e empreendedora. Onde os homens e as mulheres conhecem na perfeição o seu lugar na sociedade e na família. Onde as ofensas se resolvem a braço, a amizade tem peso e o espírito de entre-ajuda, é ainda uma realidade.
Grande Margarida, Grande Beirã!!!

Margarida Corrêa de Aguiar disse...

Caro Bartolomeu
Já somos dois!
Grande defesa da nossa terra!! Não é preciso acrescentar mais nada...
Grande Bartolomeu, Grande Beirão!!!

Pinho Cardão disse...

Meus caros Margarida e Bartolomeu:

Desculpem-me ser um desmancha- pazeres nessa vossa euforia, mas a verdadeira Beira, a autêntica é a majestosa Beira Alta!...
Tenho dito!...

Margarida Corrêa de Aguiar disse...

Caro Dr. Pinho Cardão
Os beirões são eufóricos nas suas convicções. Não há nada a fazer!

Bartolomeu disse...

ahahahah
Nunca imaginei que houvesse duas beiras, sempre quis crer que Beirões só ha uns, os Beirões e mais nenhuns ;))))))
Mas se o caro Dr. Pinho Cardão faz questão em que se estabeleçam fronteiras... nada a objectar.
;)))

Pinho Cardão disse...

Caro Bartolomeu:

Ora aí está!...