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sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

Voltai, que estais perdoados!...

Ouvi no carro parte do debate de hoje na Assembleia da República.
Na parte que ouvi, as intervenções do PPD/PSD foram demolidoras e devastadoras, não para o Governo, mas infelizmente para o próprio Partido.
A propósito da denúncia do Pacto da Justiça assinado entre o PSD e o PS , o PPD/PSD apontou a incoerência do Governo na mudança da política de saúde, demitindo o Ministro, para justificar a sua própria mudança de posição na justiça.
"...E na política de Saúde o senhor discordou do seu próprio caminho, tendo mudado de ministro. Como é que nós não temos o direito de mudar?», perorou Santana. Direito, lá isso terá e sobrará, mas onde fica a coerência?
Sobre o Mapa Judiciário, o PPD/PSD expressou a sua discordância. Admito que tenha toda a razão. Mas não explicou os motivos. E tendo Sócrates perguntado qual a proposta alternativa do PSD, não ouvi resposta por parte do PPD/PSD.
Ainda sobre o Pacto de Justiça, Santana perguntou a Sócrates onde estavam algumas das leis enformadoras do mesmo, como a Lei Orgânica da Polícia Judiciária. Ficou a saber-se que estava no Grupo Parlamentar do PPS/PSD, a pedido deste, para consulta!...
Enfim, a demonstração competente de como se pode perder a razão, por mais razão que se tenha!...
Oh antigos líderes parlamentares do PSD, mais remotos ou mais recentes, voltai, que estais perdoados!...
Nota: E assim, a demagogia de Sócrates, mais uma vez bem patente em certas respostas, sai completamente branqueada!...

5 comentários:

Paulo Porto disse...

Pois. De um lado troveja do outro faz tempestade. Estamos tramados. Estamos, estamos.

O mais estúpido é que o PSD sabia que LFMenezes é politicamente patético, e PSLopoes, além de também políticamente patético, acumula com uma incompetência a toda a prova. E ainda assim vão escolhê-los.

jotaC disse...

Infelizmente, para todos nós, a oposição do PSD ao governo do engº Sócrates, é equivalente a nada.
E é nada porque, ao invés de se aproveitar dos inúmeros erros que têm vindo a ser cometidos, tem-se pautado apenas por fazer uma oposição da "treta", e de um vedetismo promocional individual.
Na ausência duma oposição inteligente, é fácil a este PM conduzir o discurso (quase sempre igual e enfadonho), para o lado que mais lhe convém, conseguindo convencer o eleitorado de que, esta oposição não é para levar a sério, e de que é uma oposição sem ideias e sem projectos.
E de facto, assim parece.
Senão vejamos: -Todos os portugueses em geral, duma forma ou de outra, têm sido penalizadas com a actuação deste governo. Mas, no entanto, o desgaste do PM não é proporcional aos danos causados!
Porque será!?
Será que os portugueses “lêem” no actual PSD, uma cumplicidade disfarçada de concordância com as políticas deste governo?

jorge100 disse...

O PSD tem um candidato preparado ganhador. Marcelo Rebelo de Sousa. No actual estado do país e do partido, se houvesse uma "vaga de fundo" estou convencido que aceitava ser candidato a PM

jotaC disse...

Caro Jorge 100, permita-me que discorde da sua opinião:
Sem desprimor para o Prof. M.R.Sousa, a única pessoa capaz de cilindrar, na actual conjuntura política este PM é, sem dúvida, a Dra. Manuela Ferreira Leite.
Ela, ao invés dos seus pares mais visíveis, tem sabido manter-se interveniente sem se colocar em bicos de pés, procurando evitar “atrapalhar “ L.F.Menezes, o que demonstra o seu elevado carácter não preconceituoso e de humildade política, características estas indispensáveis, a meu ver, a um PM no momento politico actual, em que o descrédito nas instituições parece estar a afastar os portugueses do exercício de cidadania.

jorge100 disse...

Caro JotaC
Duas questões:
1 - As eleiçoes decorrerão em 2009 para quatro anos. A idade da Dra Manuela F Leite não parece a mais adequada para uma candidata a PM;
2 - MFL é muito popular junto do eleitorado do PSD. Infelizmente o mesmo não se passa com o eleitorado de outros partidos.

Assim, se o PSD quiser ganhar as eleiçoes de 2009 terá de se socorrer de Marcelo R Sousa. Em 2013 será difícil ganhar - nessa altura os portugueses sentirão na pele a reforma da segurança social, vão-se sentir mais pobres e, nessas condiçoes, irão culpar os políticos.