Número total de visualizações de páginas

terça-feira, 22 de abril de 2008

Em nome da Terra


Comemora-se hoje o Dia da Terra.
Há uns cinco anos as questões ambientais eram marginais. Hoje são temas centrais da ciência, da política e dos media. O caderno - aliás, excelente - que o Publico de hoje dedica às questões da sustentabilidade, é um sinal evidente de atenção e de preocupação que vai para além da mera opinião para se fundamentar em dados que a ciência, a cada dia que passa, vai confirmando.
A humanidade parece ter acordado para os problemas que se colocam à sobrevivência do planeta e à sua capacidade de suportar as consequência da explosão demográfica e das legítimas ambições de crescimento acelerado dos países mais pobres.
Acordou para o problema. Mas está longe de, em todos os cantos do mundo, ter acordado para as soluções.
Basta pensar que o esforço positivo que na Europa se faz para reduzir emissões e para incluir na cultura empresarial a responsabilidade ambiental a par da social é largamente compensado pelos efeitos negativos do consumo de recursos naturais em larga escala na India ou na China.
Por isso é fundamental que, 16 anos volvidos sobre a Conferência da Terra no Rio de Janeiro, a comunidade internacional reflita nos novos desafios que a globalização trouxe á sustentabilidade, comprometendo as economias em acelerado crescimento com objectivos de gestão racional e sustentada das partes comuns deste condomínio em que todos vivemos.

9 comentários:

Jorge Oliveira disse...

Reduzir emissões? Quais ? Adivinho que sejam as de CO2, o vilão do costume.
Bem, todas as emissões antropogénicas de CO2 durante o tempo histórico do Homem constituem menos que 0,00022 % do total de CO2 emitido naturalmente pelo manto terrestre durante toda a história geológica.
Qual é então o CO2 que se quer reduzir?

Anónimo disse...

Como é óbvio que sabe, meu caro Jorge Oliveira, poluentes e de efeitos nocivos sobre a biodiversidade e a saude humana não são só as de CO2...

Ruben Correia disse...

O comentador acima esquece-se de dizer que num caso, estamos a falar de 150 anos de emissão (desde a Revolução Industrial) e no outro estamos a falar de milhares de milhões de anos (eras geológicas). A questão prende-se acima de tudo com a aparente rapidez com que estes fenómenos estão a ocorrer. Todos sabemos que no passado a Terra já foi mais quente e mais fria, o problema é que nós, espécie humana, desenvolvemos a nossa civilização num enquadramento ambiental que pode estar a ser alterado radicalmente num curto espaço de tempo. A adaptação a esses fenómenos pode ser muito dolorosa...

Jorge Oliveira disse...

Caro Ferreira de Almeida

Não são "só" as de CO2 ? Ah, como eu calculava, para si o CO2 faz parte do conjunto de poluentes com efeitos nocivos sobre a biodiversidade e a saúde humana.

Pois, para sua maior preocupação, vou deixar-lhe aqui uma informação que convem ter presente.

Como sabe, os seres humanos, quando respiram, também emitem esse perigosíssimo “poluente”, que é o CO2. Julgo que, não obstante, já se apercebeu de que, quando V. respira, os outros não caiem para o chão à sua volta…

Mas, tem ideia de quanto CO2 emite cada ser humano? Cerca de 1,1 kg por dia. Aproximadamente o que emite um automóvel em meia dúzia de quilómetros. Multiplique este valor por cerca de 6 mil milhões de pessoas que habitam o planeta e obtem, no decurso de um ano, 2400 milhões de toneladas de CO2. Trata-se de uma quantidade superior à redução requerida pelo Protocolo de Kyoto….

Como é? Vamos parar de respirar?

Claro que não. Inspire, expire e descontraia-se. Não vá na conversa de charlatães como o Al Gore.

Ruben Correia disse...

Para a educação de todos, a ler.

Anónimo disse...

Muito obrigado pelas suas informações que prometo ter presentes nas minhas preocupações que creia serem sentidas, meu caro Jorge Oliveira. Apesar delas faço os possíveis por viver descontraído, vou inspirando e procurando não expirar tão cedo. E sobretudo desejando que todos aspiremos a que um dia concluamos que esta coisa do aquecimento global é invenção de loucos, de ignorantes ou de charlatães.

Agradeço ao Ruben a referência que contém, de facto, informação muito esclarecedora.

Jorge Oliveira disse...

Diz o artigo da New Scientist :

Yet despite all the complexities, a firm and ever-growing body of evidence points to a clear picture: the world is warming, this warming is due to human activity increasing levels of greenhouse gases in the atmosphere, and if emissions continue unabated the warming will too, with increasingly serious consequences.

Isto é falso. Não existe tal corpo de provas.

O aquecimento da atmosfera observado nas últimas décadas, desde o shift climático de 1976/76, mas que parece estar já a recuar, não tem origem antropogénica.

Nem pode ter, porque os gases com efeito de estufa lançados pelo homem para a atmosfera, apesar de em grande quantidade, são insignificantes quando comparados com as quantidades colossais que já lá estão e que são permutadas permanentemente, de forma natural, entre o próprio planeta e a atmosfera.

O principal gás com efeito de estufa é o inocente vapor de água ! Com uma influência que pode ir até 95%. Dos restantes 5% nem tudo se deve ao dióxido de carbono e a parte correspondente às emissões antropogénicas é ainda mais reduzida.

Este alarmismo não se justifica. Não passa de conversa de arautos da desgraça que ganham protagonismo e dinheiro à custa do medo que incutem nas populações. Contam, obviamente, com a credulidade de pessoas bem intencionadas, mas frequentemente mal informadas.

Jorge Oliveira disse...

... shift climático de 1975/76...

Pedro disse...

A solução está na reforma da ONU. Ou serve para algo ou não!!!