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domingo, 22 de junho de 2008

O PSD e a Selecção Nacional

A semana foi marcada pelo fim dos festejos do Campeonato da Europa de Futebol e pelo começo, espera-se, de uma nova era no PSD.
No futebol, as coisas não correram bem, mas é ao futebol que recorro para falar do PSD.
Unanimemente é referido que um jogador se salientou, entre todos os demais: Deco. Deco foi consistentemente o melhor jogador nos três jogos realizados. Foi o que mais se esforçou e correu (e aqui a tecnologia não deixa mentir), jogou para a equipa e não para ele (o recorde do número de passes assim o demonstra), foi brilhante nas aberturas e rupturas que proporcionou nas defesas adversárias, e assim meteu golos e proporcionou situações flagrantes de marcar, aproveitadas umas, falhadas outras. Apesar de ser o que mais correu, jogando no meio campo, mas nunca recusando ajuda à defesa ou ao ataque, ainda lhe sobrou génio para algumas jogadas e passes de antologia. Preocupou-se com a equipa e não com fogachos individuais. E mostrou ter a cabeça na função que desempenhava, e não no mundo das transferências de milhões. Não teve o favor das parangonas dos media, mas a sua qualidade basta e deles nunca precisou nem preciasa.
Espera-se da nova equipa do PSD que tenha a atitude do Deco.
Que jogue em equipa e não se esgote em extravagâncias de figuras e figurantes, que só levam à derrota deles próprios e do Partido.
Que trabalhe para o País, como já dizia Sá Carneiro, e faça política em função dos portugueses e não dos militantes ou dos barões.
Que, ao contrário da Selecção, com 5 capitães fracos, tenha uma liderança forte, mas dialogante e estimulante, como estou certo que irá acontecer.
E que não se esgote naqueles que fazem política há décadas, que já pouco têm para apresentar ou fazer, mas leve para a política novas forças e nova gente.
Que não actue em função dos jornais ou telejornais, mas em função do seu programa e do seu próprio calendário. Os portugueses vêem para além dos jornais.
E que cada um dos novos dirigentes não pense com o que pode ganhar com a política, mas pense exclusivamente no serviço que, através da política, pode e deve prestar aos portugueses.

2 comentários:

jotaC disse...

Excelente analogia com o Deco.
Concordo em absoluto com o caro Drº Pinho Cardão.

Carlos Sério disse...

O mundo de órgãos do Estado que a nossa classe politica vem criando ao longo dos anos, sem qualquer fundamento de racionalidade ou eficácia de gestão, mas com o único propósito de ocupar os cargos em tais órgãos, a que ela própria soube atribuir esplêndidas remunerações e que são naturalmente oferecidos por nomeação politica, com total desprezo pelo mérito e pela competência, a indiferença que manifesta pelo funcionamento da Justiça (que chegou a um estado de degradação insustentável), a indiferença ou até e ao contrário, um certo “proteccionismo” da corrupção politica e económica que alastra pelo País, são apenas alguns exemplos das reais motivações das nossas elites políticas.
Naturalmente que ninguém poderá acreditar que os autores e beneficiários deste mundo de privilégios, sejam eles próprios capazes, virando-se contra si próprios, de romper com o mundo paradisíaco em que têm vivido. Pelo contrário, esta Situação, um tal Sistema, continuará o seu caminho até que o continuado e consequente agravamento da Despesa Pública e o não menos continuado e consequente aumento de impostos se torne insustentável. E os partidos da Situação, as elites políticas da Situação continuarão, quando fora do governo, a fazer oposição ao “poder” mas ao mesmo tempo parceria às políticas governamentais e, ou, uma tensa e crispada alternativa ao “poder” enquanto manifestam uma descolorida alternância às políticas dos governos