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quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Os pretextos e a demagogia

Como medida para fazer face à crise, disse Sócrates, o Governo vai baixar o IRC respeitante aos lucros de 2009 e a pagar em 2010.
Só que, lamentavelmente, Sócrates se esqueceu de explicar que essa medida se destinava, não à crise actual, mas à de 2010!...
Revelando muito pouca fé nas medidas enunciadas para já...
Nota: Qualquer descida dos impostos é virtuosa para a economia. Impõe-se por si e o que menos precisa é de pretextos, aliás falsos, como o apresentado. Infelizmente, até nos pretextos campeia a demagogia barata!...

5 comentários:

Rui Fonseca disse...

Caro Pinho, bom dia!

Seria possível corrigir em Novembro deste ano uma lei do orçamento aprovada há cerca de uma ano? Uma redução de IRC não terá de ser vista mais como um incentivo do que um subsídio?

Tonibler disse...

E não deixa de ser interessante que se reduza o imposto que só as empresas cotadas é que pagam de facto e depois se diga que é um incentivo às PME's. Só se for porque vão ter menos trabalho a inventar custos.

Anónimo disse...

Permita-me o meu caro Rui Fonseca, a pretexto do seu comentário, que não seria necessária grande imaginação para conceber medidas fiscais com efeitos nas empresas em 2009. Estou certo que o meu Amigo conseguiria, assim, de repente, lembrar-se de algumas.

Rui Fonseca disse...

Caro Ferreira de Almeida,

Grato pela atenção que lhe mereceu o meu comentário.

Certamente que poderia o governo decidido conceder benefícios fiscais mas, nesse caso, suponho, não em sede IRC.

Porque, conforme referi no meu comentário, quaisquer medidas que reduzissem o imposto sobre os lucros em 2008 não interviriam como incentivo (o ano está quase passado), que é a principal razão atribuível a uma redução de impostos sobre lucros, mas a um subsídio a quem, por força dos pressupostos, apresenta lucros.

Tudo é possível. Resta saber se seria razoável.

Não penso que por haver vendaval na feira se deva atribuir subsídios a todos os feirantes.

Pinho Cardão disse...

Caro Rui:
A minha observação é feita ao enquadramento que o 1º Ministro deu à questão: baixa o IRC, como medida para combater a actual crise.
Ora esta baixa não previne nem combate a crise actual, pois apenas tem efeitos em 2010.
Só isso!...