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quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

Muito notada...


... a falta do senhor Primeiro-Ministro, hoje, na apresentação do que virá a ser o Magalhães II.
Vaticina-se o fracasso das vendas nos mercados da América do Sul.

11 comentários:

Tino disse...

Não me lembro de ver nenhum comentário seu quando Cavaco Silva foi para Espanha vender um GPS ao Rei Juan Carlos. Se calhar sou eu que sou distraído.

Anónimo disse...

E o Rei comprou-o, meu caro Tino?

Ruben Correia disse...

Ohh Tino, não me lembro de Cavaco Silva andar a distribuir por toda a comitiva espanhola esses equipamentos, nem vir para a televisão dizer que era dos melhores GPSs do mundo, e todas as maravilhas que o "comercial" Sócrates andou a impingir pelo estrangeiro (além de que esse GPS NDrive era de concepção portuguesa, enquanto que o Magalhães é unicamente um produto assemblado em Portugal).

Pinho Cardão disse...

Oh Tino!...
Que desatino!...

Caro Ferreira de Almeida:
Do Magalhães I estava prometida a colocação de 500.000 até ao fim do ano.
Parece que nem 100.000 foram distribuídos!...

Fartinho da Silva disse...

Também achei estranho, será que o Primeiro Ministro está com gripe tecnológica?

Anónimo disse...

Lamentavelmente isso está a suceder meu caro Pinho Cardão.
Em primeiro lugar porque é mais um exemplo de um caso que ameaça constituir mera propaganda. Depois, porque sinceramente estou convencido das virtudes educativas do Magalhães ou de outro computador qualquer que seja havido como ferramenta de aprendizagem.
Há dias ouvi dizer que as crianças têm antes de tudo de saber ler, escrever e contar e que não devem ser distraídas com o Magalhães.
Não entendo que seja incompatível a aprendizagem do básico e a familiarização com as novas tecnologias desde muito cedo. Bem pelo contrário. Por uma simples razão:não é no futuro que o computador é uma ferramenta indsipensável, desde logo na troca de informação (o processo ensino/aprendizagem não é isso mesmo?). É já hoje.
A prova está nos parentes do Magalhães pelos quais constantemente pomos os dedos para comunicar.

Anónimo disse...

Caro Ferreira de Almeida, sinceramente, parece-me que há um tempo para tudo. Tempo para aprender as coisas num primeiro momento e tempo para aprender as capacidades do computador para substituir o trabalho intelectual.

Antes de saber que basta carregar nuns botões para fazer uma soma, a criança deve saber o que é a soma e para que ela serve. Sem haver este conhecimento perde-se o raciocínio abstracto e as crianças perante um problema ficam sem saber que ferramentas usar. Ficam sem saber como o enunciar de forma a resolve-lo. Apenas aprenderam a usar as ferramentas em casos concretos. Não obtêm a abstração mental que permite saber para que serve uma soma, que relação estabelece entre as partes do problema.

Claro que disse isto no caso duma soma para simplificar e a questão não se põe. Mas para conceitos matemáticos mais avançados, sem abstracção de raciocínio não há Magalhães ou super-computador que lhes valha. Quanto mais não seja porque têm que saber lá introduzir os dados e para saberem que dados introduzir precisam do raciocínio abstracto, de saber para que serve um integral ou uma derivada de forma a saberem em que circunstâncias são usados e como é que funcionam. Que operações são feitas, com que valores específicos e que resultados são obtidos.

Luis Melo disse...

Depois do "sucesso" do Magalhães versão 1.0, Sócrates já não aparece ao lado desse computador.

Ruben Correia disse...

Caro dr. Ferreira de Almeida, acha que os problemas crónicos no Ensino se resolvem miraculosamente numa legislatura, com o recurso a um equipamento informático? Será que esse computador vai alterar os padrões antigos de desinteresse pela ciência e pela matemática, de (crescente!) falta de rigor e exigência nas escolas, de constante ziguezaguear nas reformas, de progressivo desrespeito pela autoridade do professor?
Eu queria acreditar que sim, mas as máquinas não são assim tão poderosas. O que precisamos é de uma revolução nas mentalidades e isso não é feito por decreto, é feito pela consciencialização colectiva de que precisamos de mudar.

Anónimo disse...

Meu caro Zuricher, estou em saudável desacordo consigo.
Não quanto à necessidade de desenvolver as capacidades intelectuais de cálculo. Ou de leitura. Ou de interpretação. Ou de concepção. Ou mesmo de estimulação da criatividade artística. Discordo, isso sim, da visão de que é incompatível com os desenvolvimento de faculdades intelectuais, utilizar meios tecnológicos auxiliares do processo de aprendizagem, logo no primeiro ciclo do processo educativo.
Não tenho credenciais para, do ponto de vista científico, demonstrar que da utilização de computadores não resultam prejuizos para a evolução da criança, desde que devidamente disciplinada e compatibilizada com outros métodos. Essa articulação e disciplina é um novo papel que os educadores têm de desempenhar.
As minhas únicas credenciais são de pai que se arrepende de ter tomado algumas opções na vida educativa dos seus filhos. Mas nunca, até agora, de os ter habituado desde muito cedo (antes de saberem ler e escrever) a lidar como uma realidade a que não podem fugir e cada vez estará mais presente nas vidas deles e nas nossas enquanto por cá andarmos.

Também, com o devido respeito, não alinho pelas notas que deixou o meu caro RXC.
Em primeiro lugar não escrevi, nem escreveria, que o Magalhães ou qualquer seu "familiar", são a solução para os problemas, muito menos os problemas crónicos, da educação. Admito que essa pode ser uma ilusão de alguém nesta equipa do Ministério da Educação. Não minha, a despeito de não ter a pretensão (que soaria a soberba) de sequer de confrontar as minhas humildes opiniões com a imensa sageza dos actuais responsáveis políticos do sector. Quem sou eu!
Repito um pouco da resposta ao comentário de Zuricher. Independentemente de saber se as máquinas são ou não mais poderosas do que a mente, não creio que seja incompatível o desenvolvimento de faculdades intelectuais pelo esforço individual do aluno, e o recurso a meios comunicacionais que fazem parte, já hoje, do mundo em que as nossas crianças e jovens vivem. Não é no futuro que as competências para lidar com os meios de gestão electrónica da informação e da comunicação são necessárias. É já hoje. Por isso info-exclusão será para muito breve um fenómeno de desvalorização pessoal, e em termos colectivos um factor de atraso como há não muitas décadas foi o analfabetismo em Portugal.
Por isso é que eu consideraria uma falha gravissima não ajustar a escola a este tempo, e não a dotar dos instrumentos comunicacionais que fazem avançar o mundo.
Agora, que nenhum Magalhães é a panaceia para os probelmas educativos, aí isso não é. Até porque esses problemas não começam nem se esgotam na escola...

Grato pelo pretexto que dão a este estimulante "bate-papo".

Eduardo Fafiães Peres disse...

Convém terminar a distribuição da primeira versão.