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quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Temas culturais I


Porque se anunciam tempos difíceis, o 4R acha sua obrigação contribuir para suplantar a crise. Pelo que irá aprofundar o serviço público que vem prestando através dos seus esclarecidos posts, passando a dar especial relevo a um sector muito abandonado, mas vital, em que a iliteracia é praticamente total, a agricultura doméstica.
Assim, irão sendo deixados alguns conselhos práticos que, bem seguidos, ajudarão a minorar os problemas e a penúria daqui a uns meses.
Em primeiro lugar, há que dizer que, no mês de Fevereiro, os dias crescem 1 hora e 3 minutos, em Lisboa, e 1 hora 5 minutos no Porto. O que prova que o Porto é mesmo a capital do trabalho e Lisboa a do descanso.
Ora, com mais 1 hora e 3 ou 5 minutos de sol, e sem prejuízo de outros serviços, aliás, dispensáveis, é possível fazer alguns trabalhos na horta. Que trabalhos, perguntarão? Então vejamos, com a particularidade de se fazer uma segmentação entre Norte, Centro e Sul.
No Norte e Centro do país, é tempo para semear alfaces (a transplantar em Março-Abril), couves, nabos, nabiças, pimentos, alhos porro, repolhos, feijões e tomates.
No Sul, é tempo de semear abóboras, cenouras, couves, ervilhas, pimentos, feijões, nabiças, pepinos, tomates e melancias.
Devem ainda ser transplantadas as cebolas, a colher em Maio-Junho, e as couves semeadas em Dezembro, a colher em Junho-Julho.
Também é tempo de começar a plantar as batatas.
Em posts seguintes abordarei outros aspectos fundamentais no âmbito desta importante temática.

11 comentários:

jotaC disse...

Longe vão os tempos (década de sessenta) aquando da distribuição de casas por virtude da construção da ponte salazar, as inspecções das então cxs. de previdência às casas, reportaram ter visto banheiras com salsa lá plantada. Agora o caro Drº Pinho Cardão tem toda a razão pois, homem prevenido vale por dois: da maneira que isto está, não tarda, cada varanda de Lisboa terá uma horta...

Massano Cardoso disse...

Caro Pinho Cardão

Qualquer dia ainda vai substituir o Borda D´Água. Agora com origem em Colares.
Tenho que compilar os seus conselhos. Às tantas ainda vou ter que começar a cultivar umas leiritas para as minhas bandas...

Margarida Corrêa de Aguiar disse...

Caro Dr. Pinho Cardão
Uma couve tão vistosa só pode ser mesmo de Colares!
Vou seguir atentamente os seus ensinamentos de mestre agricultor, pois para além de enriquecer a minha cultura geral, também quero aumentar a produtividade de umas hortitas que tenho lá para cima na minha Beira!

PA disse...

brinque, brinque ....


Foi a maior verdade que li hoje (e li muito por aí...), aquilo que escreveu.

A Economia Real é a saída para a crise.
Viver do terciário já era...


Abençoadas, as cebolas plantadas pelo Caro Dr. Pinho cardão.

Temos que seguir o seu BOM exemplo.

Se as quizermos comer futuramente, claro...

:-)))

fantástico post, Caro Amigo.

Anónimo disse...

Serviço público do melhor! Não podemos reclamar umas indemnizações compensatórias?

Rui Fonseca disse...

António,

Este é um excelente serviço mas, por este andar, vais acabar com uma das mais venerandas instituições portuguesas.

Li com toda a atenção as tuas recomendações e, como tenho preocupações com a lagarta da maçã, será possível dares algumas pistas para matar o bicho antes dele entrar na fruta?

Quanto ao alho só mencionas o alho porro, uma designação equívoca. Em Lisboa e arredores alho porro é o alho francês, segundo julgo saber.
No Norte, alho porro é uma variedade silvestre sem aplicações culinárias. Suponho que batem com eles na cabeça dos vizinhos em noite de São João.

Mas não falas do alho comum. Não gostas?

Já agora: Sabes se amanhã vai chover?

(2-1!)

Suzana Toscano disse...

É mesmo melhor que o Borda d'Água, muito mais sintético, pergunto-me se será saber de experiência feito ou resultado de um espírito muito observador...? Quanto às plantações, só se for agora que parou de chover, antes a terra estava tão ensopada que as alfaces ficavam a boiar!

Bartolomeu disse...

Excelente conselho, Dr. Pinho Cardão, a fazer lembrar aquele santo... ai... como era mesmo o nome do santo? (a minha memória está tambem a fugir-me, tal e qual a do Senhor Professor Massano Cardoso). Bom, aquele santo que não deu o peixe, ma ensinou a pesca-lo...tenho o nome do santo cá dentro, mas não me sai...
Esta é sem dúvida uma forma eficaz de cobater a crise, no mínimo os efeitos mais básios da mesma, a fome.
Mas, ha-de esclarecer os leitores do 4R que, semear, plantar, transplantar, mondar, regar e por fim, colher, não significa o msmo que ir a um hiper-mercado, escolher, pesar, pagar e transportar de carro até casa.
É que, para além de possuir terra, é necesário perpara-la, cava-la, aduba-la, abrir-lhe os rêgos, colocar lá dentro as sementes ou o renovo, tapar com carinho, mondar, sachar, regar, esperar meses e por fim, colher.
Haverá quem se disponha à tarefa?
;))

Pinho Cardão disse...

Caro JotaC:
É a terra que nos dá o pão e há muita gente esquecida disso...

Caro Professor:
E deve começar desde já!...é o primeiro conselho...

Cara Margarida:
Com tão ilustre discípula, ainda tenho que tirar o mestrado de Bolonha em horticultura...

Cara Pèzinhos:

Tem toda a razão no que diz. E muito obrigado!...

Caro Rui:
Amanhã não chove...e olha que irei plantar uns alhos e uns bacelos!...

Cara Suzana:
Vejo que a chuva serve de desculpa para não trabalhar a terra!...
Mas um bom agricultor desafia os elementos da natureza!...

Caro Bartolomeu:

Esse santo era um chinês, pelo que não admira não se lembrar do nome. O mesmo me acontece a mim, cansado que estou de cavar, adubar, sachar, etc, etc. Não tem pena de mim?

Bartolomeu disse...

Pena de si porque descobriu o gosto, o prazer imenso da comunhão com a terra!? Porque desenvolveu a nobre sensibilidade de lhe conhecer o corpo, os sinais e dela retirar aquilo que ela compensatóriamente lhe ferece!?
Jamais, Dr. Pinho Cardão!
Quanto muito, lamentar-lhe-ia agum limite do poder físico, que não lhe permita mais fazer...
Mas para isso, ofereço-lhe a minha solideriedade e disponibilizo-me para lhe prestar auxílio nas tarefas mais pesadas, ou (e) emprestar-lhe o meu pequeno tractor e respectivas alfais, a fim de lhe tornar o trabalho menos pesado.
Disponha caro amigo.

Pinho Cardão disse...

Caro Bartolomeu:

Muito obrigado, mas passaria a um tipo de produção industrial e o Sócrates ainda me levava mais nos impostos do que o valor do produto...