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segunda-feira, 30 de março de 2009

Ele há coisas...

Esta história de um viaduto construído para permitir o atravessamento de uma estrada mas que nunca serviu para nada, já lá vão duas décadas, que está à venda e disponível para ser emprestado pela Câmara de Monção a quem dele precise, dá vontade de rir não fosse a triste constatação da facilidade com que são gastos os dinheiros públicos. Tem graça que não fiquei surpreendida. Este viaduto é o símbolo de um "novo riquismo" que muito tem prejudicado a nossa prosperidade.
Nesta história, importava, isso sim, apurar responsabilidades. Mas "aqui é que a porca torce o rabo". O viaduto parece que vai morrer de velho e a ausência de responsabilidades já conta vinte anos. O melhor é mesmo não contar com mais nada!

5 comentários:

... disse...

As nossas auto-estradas estão cheias desses viadutos. São centenas e não apenas um. Da minha janela vejo um, mas já vivi noutra casa onde via outro

Suzana Toscano disse...

Podiam fazer um leilão de absurdos, ou então serem declarados monumentos nacionais e cobrava-se entrada para serem visitados pelos incrédulos...

Anónimo disse...

Infelizmente, Margarida, não é caso único.

jotaC disse...

Como diria um PROF conhecido, pode ser uma de duas coisas: alguém com com medo de fenómenos atmosféricos e está sempre a construir viadutos para se proteger de algum raio desgovernado que caia do céu; ou, o exemplo de uma boa execução orçamental, gastar, gastar, gastar...

Margarida Corrêa de Aguiar disse...

Caros Amigos
Aqui fica mais uma notícia sobre "obras de arte". Mais um viaduto parado durante 20 anos, com um final um pouco menos trágico:

"Viaduto da Prelada abriu com vinte anos de atraso

Foram precisos 20 anos e três meses para que o viaduto da Prelada ganhasse serventia.

A construção é, desde esta segunda-feira, um viaduto para automóveis, peões e ciclistas que quebra o isolamento da cooperativa local.

Foi com orgulho que o presidente da Câmara Municipal do Porto compareceu, ontem de manhã, à inauguração do viaduto da Prelada, que une as duas margens da Via de Cintura Interna (VCI), junto à Cidade Cooperativa.

Rui Rio reconheceu o grande atraso da obra, mas admitiu que "mais vale tarde do que nunca". Realçou que a obra deveria ter sido concluída aquando da sua construção. "Não conseguimos dar-lhe utilidade antes devido quer a outras prioridades, quer à incapacidade do foro financeiro da câmara", explicou.

Além dos 20 anos de atraso, o viaduto conheceu, ainda, mais três meses de demora. Rui Rio explicou que, pelo facto, foram accionadas multas ao empreiteiro, o que permitiu recuperar 250 mil euros para o erário público. Assim, o viaduto custou um milhão de euros."

(Jornal de Notícias, 30.03.2009)