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quarta-feira, 8 de abril de 2009

Irlanda aperta cinto com força - por cá optimismo lá vai singrando...

1. É hoje notícia de 1ª página do F. Times a grave crise e financeira que a República da Irlanda enfrenta actualmente, depois de durante muitos anos ter sido apontada como caso exemplar de sucesso da União Europeia por conseguir um progresso quase único na recuperação do rendimento “per capita”- passando para um nível de rendimento muito superior ao da média da União tendo partido de um valor muito inferior à média...
2. Essa crise está em boa parte relacionada com o rebentamento de uma bolha especulativa no sector imobiliário, alimentada por crédito bancário fácil – que ao rebentar, com estrondo, atingiu o sector bancário em cheio...tendo inundado os principais bancos de crédito mal-parado.
3. Para tentar dar resposta a este problema, o Governo irlandês decidiu criar um “Bad Bank”, sob a forma de uma agência pública para gestão de activos sobre o sector imobiliário. Essa agência, financiada por capitais públicos, irá adquirir aos bancos mais afectados cerca de 80 a 90 mil milhões de créditos mal-parados sobre empresas de construção e de promoção imobiliária - qualquer coisa como 50% do PIB português...
4. Este enorme esforço financeiro actual vai exigir medidas orçamentais draconianas, com relevo para um imposto extraordinário sobre os rendimentos mais elevados, com dois escalões de 4% e de 6%...em ambos os casos este imposto acresce ao normal imposto sobre o rendimento...autêntica DUPLA TRIBUTAÇÃO no mesmo País...
5. O panorama económico e financeiro é muito sombrio, de acordo com as previsões oficiais – o PIB deverá contrair este ano 8% e o défice orçamental ficará próximo de 10% do PIB.
6. Para assinalar a gravidade da situação o Ministro das Finanças declarava ontem que a Irlanda enfrenta o “desafio da sua vida”...que ou vence ou entrará numa crise profundíssima...
7. Ao ler estas notícias, pude aperceber-me como entre nós tudo é diferente...”para melhor” - continuamos agarrados à ideia que o optimismo é que é bom, que não temos de nos preocupar muito pois podemos confiar na sapiência e capacidade de decisão das nossas autoridades...por mais erros a que nos tenham habituado...
8. É certo que ontem o Gov/BP veio reconhecer que as coisas vão ser bem piores do que se supunha (quem supunha?) e que a contracção da economia pode ser este ano mais acentuada que em 1993 (quem ainda se lembra?)...
9. Mas é tudo pronunciado num ambiente de “chá e torradas”, de “não te rales muito”, tentando que as datas de decisão vão escorregando, escorregando, pode ser que se chegue entretanto a Outubro...depois se verá!
10. Ou talvez eu esteja a ver mal o problema e seja mesmo verdade que o pessimismo não cria empregos e o optimismo crie...onde? Quem sabe se no decantado Programão!

4 comentários:

umquarentao disse...

Apelo em divulgação na internet:
- ÚTEROS ARTIFICIAIS: Uma Investigação Cientifica Prioritária!


Nas Sociedades Tradicionalmente Poligâmicas apenas os machos mais fortes é que possuem filhos.
No entanto, para conseguirem sobreviver, muitas sociedades tiveram necessidade de mobilizar/motivar os machos mais fracos no sentido de eles se interessarem/lutarem pela preservação da sua Identidade.
De facto, analisando o Tabú-Sexo (nas Sociedades Tradicionalmente Monogâmicas) chegamos à conclusão de que o verdadeiro objectivo do Tabú-Sexo era proceder à integração social dos machos sexualmente mais fracos; Ver http://tabusexo.blogspot.com/.

Como seria de esperar, com o fim do Tabú-Sexo a percentagem de machos sem filhos aumentou imenso…
As Sociedades Tradicionalmente Monogâmicas têm de Assumir a sua História!!!
Isto é, estas sociedades não podem continuar a tratar os machos sexualmente mais fracos como sendo o caixote do lixo da sociedade!!!
Isto é, os machos ( dotados de Boa Saúde ) rejeitados pelas fêmeas devem possuir o legítimo Direito de ter acesso a ÚTEROS ARTIFICIAS...

Anónimo disse...

Caro Tavares Moreira, a questão dos sacrificios em Portugal não tem a ver apenas com o governo. Sinceramente e embora sejam trapalhões em extremo, não lhes dou a totalidade da culpa neste caso.

O povo Português não aceita sacrificios e não os consegue fazer. Não tem estaleca e cepa para uma coisa dessas, mesmo que a bem de benefícios futuros. Daí que propor sacrificios em Portugal, é algo que não é aceite nem assimilado pela população. Portanto, que mais resta senão os sacrificios, aí não já sacrificios preventivos, mas sim sacrificios impostos sem apelo nem agravo? É que com esses, podem resmungar à vontade que não têm alternativa. Com os sacrificios preventivos, o sururu social eleva-se de tal forma que acaba por cair o governo e fica-se na mesma... ou pior se a extrema esquerda aumentar a sua votação em eleições subsequentes.

O problema Português é um de fraquissimos governantes, sem dúvida. Mas o povo não está, de todo, isento de críticas e muitas.

A este propósito saiu há tempos um livro interessantissimo, "A Morte de Portugal", escrito por Miguel Real. Neste livro é feita uma reflexão analítica sobre a cultura Portuguesa, sobre os Portugueses e porque é que, com a cultura existente, o máximo a que poderão almejar será a mediania... com sorte!, precisamente pela própria cultura ser o que é. É interessante ler esse livro apos ter lido "A Arte de Ser Português", Teixeira de Pascoaes, 1915. Neste último é feita a descrição da alma Lusitana. No anterior faz-se a ligação entre essa cultura e o progresso.

Por tudo isto, Caro Amigo, pese embora o governo ter culpas e culpas sem fim e estar a aprestar-se para rebentar com o pouco que ainda resta e que poderia servir de raiz para algo de futuro, o povo Português como um todo não está isento de culpas.

Mas, enfim, o que é de esperar duma cultura que dá 20% dos seus votos à extrema-esquerda?

Indo mais longe, se nas próximas legislativas o governo continua em tons de rosa, aí nada mais restará dizer que não seja aquela velha expressão que nos ensina que "quem boa cama faz...", enfim, o meu caro sabe o resto, n'est-ce pas?

Adriano Volframista disse...

Caro Tavres Moreira

É chover no molhado, mas o que me apavora é que este Governo, não tem nada, nem qualquer estratégia, para depois de Setembro/Outubro deste ano.
Cumprimentos
joão

Tonibler disse...

Crise é mania de rico. Para nós é forma de vida.