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quarta-feira, 8 de abril de 2009

Médicos malditos

Só vai para medicina quem quer, ninguém é obrigado. Além do mais, há um pressuposto na escolha deste curso, uma forte necessidade em tratar e respeitar os doentes e evitar o sofrimento dos sãos. Mas será que é assim mesmo? Não! Quando olhamos para o passado recente, verificamos que houve muitos “médicos malditos”, como aconteceu durante o período nazi. Não se esgotaram naquele período. Vários regimes utilizaram-nos como torturadores. E aceitaram! Como é possível que um homem treinado para salvar vidas e combater o sofrimento, passe a ser fonte de morte e de dor? Não consigo compreender, e muito menos aceitar.
Ao ler, hoje, que “médicos participaram em interrogatórios da CIA em que os detidos foram torturados”, revoltou-me mais uma vez. A tortura de seres humanos é um ato hediondo, mas se for feito com o auxílio de clínicos, ou na sua presença, então, assume uma faceta diabólica, execrável, e que deveria ser considerada como um crime contra a humanidade. Os médicos que atuassem nessa qualidade deveriam ser sujeitos a perseguição e condenação por parte de qualquer Estado civilizado. Não basta revogar as respetivas licenças, deverão ser detidos e julgados em qualquer canto deste mundo. Não são merecedores de compaixão, nem de perdão, e eles sabem, tão bem como eu, as razões desta minha afirmação...
Médicos malditos!

4 comentários:

jotaC disse...

Num rebanho há sempre uma dúzia de ovelhas "doentes", mas mas nem por isso deixa de ser um rebanho...

Margarida Corrêa de Aguiar disse...

Caro Professor Massano Cardoso
É difícil de compreender! Mas a maldade humana não tem limites. Deveria ser punida e castigada severamente, mas infelizmente os homens que julgam são os mesmos que dela se aproveitam.

Anónimo disse...

Hediondo o comportamento de alguém, que se considera médico e que utiliza os seus conhecimentos não para curar ou salvar, mas para torturar, seja ao serviço de que interesses for a tortura! Toda a indignação é pouca. Mas é importante que ela parta, sonora, dos médicos. Por isso considero muito significativo este seu post meu caro Professor.

António de Almeida disse...

Durante a barbaridade dos balcãs, no início dos anos 90, vi uma reportagem que dava conta dum médico, que nas horas vagas se dedicava a alvejar aqueles que considerava inimigos, era um dos inúmeros snipers...