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quinta-feira, 30 de abril de 2009

Dalai Lama aceitaria um convite?

Ser ascético é abraçar um modo de vida que repudia os prazeres mundanos, baseado no sacrifício - quando necessário -, mas acima de tudo na austeridade individual. Ser ascético é acreditar que a purificação do corpo ajuda a purificação da alma, podendo esse supremo objectivo ser alcançado designadamente pela automortificação e pela renúncia ao prazer.
A Dr.a Paula Teixeira da Cruz veio criticar a candidatura de Pedro Santana Lopes a presidente da Câmara de Lisboa porque o seu companheiro de partido não preenche os requisitos de 'rigor´ e de 'ascetismo' que ela considera essenciais ao desempenho do cargo. Estou de alma e coração com Paula Teixeira da Cruz neste movimento que pretende elevar bem alto a fasquia moral para exercício de cargos públicos.
Eu pecador me confesso: mesmo que os meus fracos méritos a isso não conduzissem, afastaria de mim a tentação de me candidatar a cargo similar, impreparado como estou para me sujeitar a qualquer modalidade de automortificação ou para renunciar a prazeres mundanos.

5 comentários:

Félix Esménio disse...

A liberdade de criticar não é questionável, mesmo “inter pares”, embora seja conveniente que esse direito seja exercido de forma construtiva e fundamentada.
Porém, convenhamos, há momentos em que o silêncio é de ouro!
Antes da escolha de Pedro Santana Lopes talvez fizesse sentido Paula Teixeira da Cruz expressar a sua opinião. Depois, só se for para, de forma implícita, influenciar o sentido de voto dos lisboetas. Neste caso, parece que Paula Teixeira da Cruz prefere o estilo “rigoroso e asceta” do candidato António Costa?!, perfeitamente constatável na sua rechonchuda barriguinha e nas bochechinhas de anjinho com foi premiado nos opíparos ágapes em que (não) participa. Porque não candidatar-se, nas suas listas, a Presidente da Assembleia Municipal? Às vezes o espelho em que nos observamos matinalmente ofusca o mais límpido discernimento da razão que nos ilumina…
A liberdade de opinar não é questionável, mas seriam preferíveis, nesta fase, contributos úteis para o governo da cidade de Lisboa, em vez da falácia dos argumentos “ad hominem”. Mesmo os imperfeitos têm lá as suas virtudes, e Pedro Santana Lopes, apesar de tudo, já deu muitas provas de inquestionáveis qualidades. Por exemplo, na determinação que colocou, contra tudo e contra todos, na construção do túnel do Marquês. Aqueles que depois dele vieram nem sequer conseguiram concluir a saída para a Av. António Augusto de Aguiar. O túnel está lá, facilita o quotidiano de milhares de cidadãos, e não se confirmou o prognóstico, do Zé e da Arqta. Helena Roseta, entre outros arautos da desgraça, da invasão de Lisboa por milhares de condutores oriundos dos arrabaldes, motivados pela nova infra-estrutura alfacinha. Aliás, o Zé disse que andar a mais de 30 km no dito túnel era o equivalente a um suicídio programado (mais coisa menos coisa). Enfim… “dar pérolas a porcos” só pode resultar numa epidemia de gripe suína.

Suzana Toscano disse...

Já não me admirava nada se passasse a ser exigido o ascetismo, o discurso político torna-se tão confuso quanto aos conceitos que não tarda só os ascetas certificados é que são admitidos sem suspeitas. Estes discursos hiperbólicos são muito perigosos.

luis cirilo disse...

É realmente necessário um elevado grau de rigor e ascetismo para não escrever aqui o que penso das cada vez mais frequentes "ajudas" da referida senhora ao ainda presidente da câmara de Lisboa.
Consideração pessoal pelo autor do post e restantes amigos que fazem este excelente blog apenas me permitem dizer duas coisas:
Uma é que vale-nos a irrelevância,em termos de opinião publica,das opiniões da dra Paula T.Cruz.
Duvido que alguém ainda a leve a sério.
A segunda é que as portas do PSD estão sempre abertas.
Entrar obriga a direitos e deveres.
Sair é apenas um direito.
Pena que ela não o queira utilizar.

Anónimo disse...

Meu caro Luis Cirilo, um abraço!

Diogo Agostinho disse...

De facto, Paula Teixeira da Cruz, teve o seu tempo de demonstrar que poderia ser uma excelente candidata à Câmara Municipal de Lisboa. Quando Carmona saiu.

Hoje, estas declarações demonstram um certo sentimento de diria incompreensão e isolamento...