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segunda-feira, 29 de junho de 2009

Esgotaram-se os sábios?

passaram 72 horas e ainda não apareceu um novo manifesto sobre os investimentos públicos...

10 comentários:

Bartolomeu disse...

Penso que o Joe Berardo tem qualquer coisa na forja...

José Meireles Graça disse...

Acabo de chegar a casa, vindo da minha experiência espírita, e venho aterrado. Só lá fui por curiosidade, e num sujeito de bigodes que estava, em relação a mim, às 15 horas (comigo às 18) encarnou uma personagem desconhecida, que, num Inglês difìcilmente inteligível, declarou chamar-se, pareceu-me, Adam qualquer coisa, talvez Smith. Informou em voz cava que Portugal deveria sair do Euro. Fez-se um silêncio sepulcral porque, tirante eu, ninguém entendia Inglês, ainda para mais murmurado. A seguir, ainda mal refeito do susto, apareceu uma falecida, tia de uma minha conhecida e boa amiga, que provocou uma grande comoção. Pretendi levantar-me, as pernas tremendo, mas uma força superior colou-me à cadeira de palhinha. Foi então que apareceu um velho glabro, com voz fininha, que disse três vezes, juro, “saí do euro, antes que seja tarde”.
Fugi. Conto esta história porque tenho que a contar a alguém, e na minha lista de blogues preferidos este é o que aparece primeiro porque está ordenada por ordem alfabética. Desculpem.

Pinho Cardão disse...

Caro JMG:
E fez muito bem!...

PA disse...

Gostaria de saber se o Relatório abaixo indicado de Auditoria às Parcerias Publico-Privadas na Saúde já foi objecto de algum comentário aqui 4R:


https://www.tcontas.pt/pt/actos/rel_auditoria/2009/audit-dgtc-rel015-2009-2s.pdf


parece que nada decorreu conforme previsto....


Grata pela atenção que possam dar ao assunto que na minha óptica é extraordinariamente importante, como tudo o que se possa relacionar com os direitos na Saúde previstos na CRP.

Jorge Silva Rebelo disse...

Por acaso até apareceu um, mas desta vez de psicanalistas:

http://prioradodeidiotas.com/oindesmentivel/?p=2460

:)

Bartolomeu disse...

Caro JMG, essas almas que o visitaram do além, pelos que nos conta, estão tão ou mais preocupadas com o futuro quanto nós.
Mas, se lá no assento etéreo onde subiram, memória do escudo se consente, não se esqueçam essas almas ausentes, que a prosperança de Portugal nunca viram, que sem euro esta nossa boa gente, são náufragos num deserto onde submergiram, por ordem de uma ordem descontente.
Diria que nesta altura do "campeonato" restaríamos pior sem euro. Suplicámos que nos permitissem a entrada num "Expresso do Ocidente" dourado, julgando que nos alojariam num camarote VIP e servirnos-iam as refeições no restaurante sheraton, mas afinal, atiraram-nos primeiro para segunda classe, depois para terceira, por fim, deram-nos o lugal de "fogueiros". Somos nós que estamos à boca da fornalha, de pá na mão, a suar as estopinhas, alimentando com negro carvão aquela máquina resfolgante.
Agora, podemos espernear à vontade, mas... temos uma dívida para pagar... e que senhora dívida!!!
Agradeçamos ao Tio Mário.
Nã... estou a ser mauzinho... a ideia até podia ter resultado, se a maralha não se deixasse iludir com qualquer coizinha que brilhe, pensando que não é preciso vergar a mola para obter proveitos.

José Meireles Graça disse...

Meu caro Bartolomeu:
Não creio poder entrar novamente em contacto com o Além, e fico assim inibido de veicular o seu ponto de vista nas esferas do etéreo. Como pobre substituto, ofereço o meu:
Não é inteiramente verdadeiro que no tempo do velho Escudo os Portugueses “a prosperança de Portugal nunca viram”. Na década de 60 a taxa média de crescimento do PIB foi mais do dobro dos hoje nossos parceiros na UE. O que se passou na referida década costuma ser explicado com a adesão à EFTA, as remessas dos emigrantes e a base baixa de que se partia. Tanto quanto sei, estes factores positivos não costumam ser conjugados com o esforço financeiro de suportar uma guerra colonial em três frentes. Sucede que as guerras, podendo às vezes ter o efeito contraditório de ajudarem ao crescimento enquanto durem, requerem investimento improdutivo que só pode ser financiado com impostos, endividamento ou reservas. Mas nem a carga fiscal se tornou, como hoje é, sufocante, nem o País se endividou significativamente, nem a solidez da moeda foi sèriamente abalada, nem o Orçamento passou a ser deficitário, nem as reservas foram dilapidadas. A mim me gostaria de conhecer estudos menos ideològicamente carregados sobre o período. Talvez existam, o que conheço é de Silva Lopes/António Barreto e despacha o assunto em três penadas.
“... se a maralha não se deixasse iludir com qualquer coizinha que brilhe, pensando que não é preciso vergar a mola ... “. Olhe, meu caro Bartolomeu, o Amigo conhece certamente comunistas que, reconhecendo embora os crimes de Stalin, Pol Pot e tutti quanti, se refugiam no argumento de que a doutrina é virtuosa, a aplicação concreta é que deixou a a desejar. Com eles, se chegassem ao Poder, tudo seria diferente. Os que são sòlidamente anti-comunistas sabem que não é assim, a equalização forçada dos rendimentos por via da propriedade pública dos meios de produção não pode deixar de fazer-se e manter-se com violência, além de produzir pobreza e finalmente falhar até mesmo no objectivo da igualdade material entre os cidadãos. Mas, perdoe-me a comparação, este tipo de raciocínio é o que subjaz à maneira como se encara a adesão ao Euro: Produziu endividamento, enfraquecimento do tecido produtivo, consumo desenfreado e insustentáveis hábitos de vida. Mas foi um excelente e virtuoso passo: o nosso Povo e a nossa classe dirigente é que não estiveram à altura. No futuro, diz-se, vai ser diferente: as más empresas já fecharam ou vão fechar e das cinzas delas nascerão – já estão a nascer – empresas “viradas para o futuro”, que nos vão colocar no “pelotão da frente” e que agarram com firmeza o “comboio do desenvolvimento”. O Estado está dando o exemplo, com o Magalhães, as Novas Oportunidades, os painéis fotovoltaicos e os carrinhos eléctricos.
Por tudo isto, e pelo mais que de momento não me ocorre, deixe-me cá no meu canto com o meu cepticismo de especialista em ideias gerais: Os economistas do meu País que defendem, como eu, a economia de mercado, acham a pertença ao clube do Euro uma coisa boa? Ora, há dois anos achavam que as instituições financeiras eram capazes de se auto-regularem, e Greenspan achou isso toda a vida.
Cordiais cumprimentos.

Bartolomeu disse...

Caríssimo JMG, com efeito tocam-se em variadíssimos pontos, as nossas opiniões, felizmente.
Os anos 60, para muitos os tenebrosos anos 60, foram efectivamente anos de oiro para a nossa economia, para a nossa agricultura, para as nossas pescas, para as nossas indústrias. A europa começava a amar-nos, a querer-nos... a cobiçar-nos. Foi essa prosperança que possibilitou a Marcelo Caetano encetar as reformas que protagonizou, foi essa prosperança que originou as aberturas políticas que permitiram aos sindicatos reivindicar melhores condições e mais regalias laborais para os trabalhadores. Para aqueles que nunca tinham efectuados descontos para apoio social, passarema auferir de uma pensão de reforma, assim como de assistência à saúde. Muito mais poderia ter sido feito se as mesmas aberturas e prosperanças não tivessem tambem facilitado a conjugação astral para que a revolução dos cravos acontecesse.
E com ela, lá veio o facilitismo e o alarvismo da ilusão..."a partir de agora não vai ser preciso voltar a trabalhar" A equalização de rendimentos é uma perfeita utopia, caro JMG. Mesmo os ideologistas que a sonharam, duvido que alguma vez tenham acreditado na sua viabilidade. Contudo terá sido a força motivadora para que uma enorme revolução social se colocasse em marcha, dando origem a que muitos outros ideólogos surgissem e com eles novas ideias de igualdade social, política e económica.
A união da Europa, poderá ter sido forjada no cadinho deste e de outros impulsos humanos... e porque não, humanistas!?
Retribuo os cumprimentos.

Pinho Cardão disse...

Cara Pèzinhos:
Parece que não. Mas a sugestão não irá cair em saco roto!...

Suzana Toscano disse...

Realmente ainda não apareceu. Deve ser porque dá muito trabalho baralhar tanto até que não se consiga concluir nada de seguro...