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sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Petróleo à vista?

Ouvi há pouco Joe Berardo na Sic Notícias a falar da descoberta de petróleo em Portugal. Está convencido que temos tantas ou mais reservas que a Dinamarca, que as possibilidades são imensas.
Joe Berardo quer ajudar Portugal a ser "rico"e por isso mesmo decidiu investir no capital da empresa canadiana Mohave Oil & Gas que tem a concessão de quatro blocos de petróleo e gás natural em Portugal. As atenções, segundo notícias vindas a público, estão apontadas para Aljubarrota e Torres Vedras.
Joe Berardo deixou a convicção de que em breve vamos ter uma grande surpresa. No meio da grande desorientação em que este País se encontra, haja gente com esperança em Portugal, interessada em investir e correr riscos.
Pela minha parte não vou ficar a sonhar com o petróleo, uma espécie de euromilhões nacional, mas não deixo de pensar o que seria deste País se de repente ficasse rico?

19 comentários:

Pinho Cardão disse...

Áljubarrota sempre foi a nossa glória, e as Linhas de Torres a nossa defesa!...
Assim sendo, não haveria, sítios mais adequados para o petróleo...

Quanto ao investimento de Berardo, não sei, não...Encontrou ele dinheiro no Beato?

Catarina disse...

Seria riqueza de pouca dura!....

Os mais realistas pensarão: petróleo em Portugal?! “Wishful thinking!”

E onde vai a cara Margarida buscar estas imagens tão giras e tão a propósito?!

Tonibler disse...

Well, imagino que seja mais um daqueles investimentos em que o Foe Berardo está pronto a arriscar o meu dinheiro.

António Transtagano disse...

Lembra-me uma pequena história ocorrida , estava Salazar no poder, com a descoberta do petróleo em Cabinda. Havia que dar a notícia ao Presidente do Conselho. Não se sabia, porém, como e através de quem.
Depois de muito matutar, foi finalmente escolhida a pessoa que reuniu o necessário consenso, dentro das elites do regime, para ser portador da boa nova.

O escolhido lá foi, então, ao seu gabinete de São Bento avistar-se com o Doutor Salazar.

-Sabe, Senhor Presidente, entre os vários assuntos que lhe trago hoje para ponderação, quero,antes de mais nada ,dar-lhe uma boa notícia: titubeante,vencendo as suas inibiçõese e hesitações que não deixavam de pairar na sua cabeça, lá se abriu: Saberá, Senhor Presidente, que se descubriu petróleo em Angola!

- a resposta de Salazar: ora valha-me Deus, só me faltava agora mais essa...!

Bartolomeu disse...

Buddha Eden - Quinta dos Loridos: a dois passos de Peniche, das Caldas da Rainha, de Torres Vedras e... de Alcobaça!!!???
Que estranho...
Então vamos lá ver... Joe Berardo pegou numa quinta e construiu um jardim... especial, voltado para a paz interior e o encontro com o espiritual e agora, descobriram (?) que a dois passos a norte e a sul desse reino maravilhoso existe petróleo em quantidade suficiente para enricar o país?
E Joe Berardo rejubilou com a notícia?
E...?
Nada, nada, pronto, aguardemos.

Bartolomeu disse...

Caro Transtagano, curti bué o seu comentário.
Ou o mensageiro gaguejou demais, ou Salazar anteviu algo de trágico com essa descoberta.
;))

ecurioso disse...

Desde miúdo e lá vão 48 anos que em Torres Vedras existem tentativas de exploração de jazigas de petróleo. inclusive já por 2 vezes se engarrafou umas caixas de minis dessa matéria. sempre com o mesmo resultado, o encerramento por não ser viável economicamente.
Mais uma trapalhada típica deste antro. No final mais uns que metem uns dinheirinhos ao bolso e outros que ficam a chuchar.
Penalizados, mesmo… os contribuintes. Nada de novo.

jotaC disse...

Cara Dra. Margarida Aguiar:

Desta vez é que é, Alcobaça é a terra prometida, voltámos ao ouro do Brasil do século XVIII…

Boas notícias para a “gaijada oculta” que, face a esta notícia já deve estar a pôr-se a jeito na fila para a gestão da coisa, e, senão nos acautelarmos, ainda vendem aquele chão sagrado regado com o suor e o sangue dos nossos antepassados…

Cara Dra., desculpe a “linguagem de andaime”, mas não encontro palavras mais suaves para definir essa canalhada oculta…

António Transtagano disse...

Caro Bartolomeu

Acho que foi mesmo o 2º termo da alternativa que colocou no seu post!

Bartolomeu disse...

Sem dúvida que sim, caro António. Salazar sabia bem o mal que o petróleo pode fazer aos países onde é descoberto.
E o futuro conferiu-lhe razão, com o petróleo de Cabinda, perdeu Portugal (o enclave e o ultramar), perdeu Angola, especialmente os Cabindas que passaram a viver em ambiente de guerra e repressão.
Mas o petróleo continua a ser uma fonte de energia económicamente viável da qual ainda não é possível às sociedades prescindir.
Salazar foi um homem singular, sem dúvida.

Margarida Corrêa de Aguiar disse...

Caro Dr. Pinho Cardão
A localização é pelo menos premonitória! Está a levar tempo demais a concretizar-se...

Cara Catarina
Gostei dessa "Seria riqueza de pouca dura!...". Acho que lhe apanhei o sentido...
E quanto às imagens procuro que sejam como que uma extensão do texto, que sejam alusivas a um sentimento, a um gesto, a uma crítica ou simplesmente a um facto e navego por esse espaço fora à procura. Às vezes tenho que dar algumas voltas até encontrar e nem sempre encontro o que gostaria.

António Transtagano disse...

É a febre do ouro negro, caro Bartolomeu! A cegueira pelo vil metal! Veja o que aconteceu com a invasão do Iraque (refiro-me à 2ª invasão). O objectivo nunca foi terminar com "as armas de destruição massiva". Era a conquista dos poços de petróleo; o GWB, o Dick Cheney, a Halliburton... E quanto não estamos hoje a pagar por isso!

Bartolomeu disse...

Sem dúvida caro António. Todos sabemos que quem controlar aquela área tem nas mãos a supremacia que lhe permite controlar as economias.
Mas as coisas estão a mudar. As reservas geologicas diminuem e a procura mantem-se. No seu livro "Beyond Oil", Kenneth Deffeyes chama a atenção do mundo para essa realidade, que a OPEP tenta a todo o custo rebater.
Ao cartel que compõe aquela organização, convem a todo o custo manter o mundo "controlado" em política de preços e de produção.
Isto tem obviamente um preço alto a pagar e muitos países preferem declarar inviável a exploração dos seus recursos, que entrar em guerra com maiores potências.
Kenneth Deffeyes, previu que a partir de 2005 a produção de petróleo originária dos paises árabes, entraria em declíneo e que se tornava urgente encontrar formas alternativas de energia. No meu ponto de vista, mais difícil será vencer as resistências políticas, militares e económicas.

Margarida Corrêa de Aguiar disse...

Caro ecurioso
Seja muito bem vindo!
Mas a verdade é que os canadianos já gastaram, segundo as notícias, mais de 40 milhões de euros na prospecção. Já cá estão há 16 anos e pelos vistos não desistem. Bem sei que na prospecção do petróleo é assim: o tempo conta-se de outra maneira.

Caro jotaC
Pensei que a "linguagem de andaime" era mais utilizada nos negócios da construção civil e obras públicas!

Caro Bartolomeu e Caro António Transtagano
Espero que me desculpem, mas não me atrevo a "meter a colher" numa conversa que vai longa e proveitosa..

jotaC disse...

Cara Dra. Margarida Aguiar:
Pois!...
;)

Bartolomeu disse...

Ora porque não, cara Margarida?
Por certo terá uma opinião mais valiosa acerca desta matéria, doque nós... perdão. Do que eu!

António Transtagano disse...

Dra. Margarida Corrêa de Aguiar

Por mim, também está à vontade! O Editorial que permitiu a conversa até foi seu...

Nuno Nasoni disse...

O petróleo tem sido uma benção para os países que sabem gerir essa bonança (Dinamarca, Reino Unido, Holanda e parece-me que já podemos incluir o Brasil no lote) e uma maldição, potenciadora de corrupção e de apodrecimento das instituições para a grande maioria dos países que tenham instituições suficientemente sólidas (como o amigo de Sócrates da Venezuela bem sabe).

Margarida Corrêa de Aguiar disse...

Caro Nuno Nasoni
Permita-me que inclua no grupo dos bons exemplos a Noruega. O Fundo de Petróleo da Noruega, o segundo maior do mundo, é financiado por receitas do petróleo, consignadas para beneficiar no futuro os filhos dos noruegueses e os filhos dos filhos. Os decisores políticos e os cidadãos da Noruega sabendo que as reservas de petróleo não são inesgotáveis entendem que não têm o direito de as utilizar hoje em seu exclusivo benefício.