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sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

O Menino Jesus dos pequenitos


Fiz a maldade e olhei Jesus.
Ele baixou os olhos e corou,
e toda a gente julgou
que quem fez a maldade foi Jesus.

E todos lhe perdoaram.

- Obrigado, Menino! Mas agora
tira os olhos do baile e vem brincar,
que eu prometo, p’ra não te ver corar,
já não fazer das minhas.
Anda jogar, ao pé das flores, no chão,
comigo, às cinco pedrinhas...
anda jogar, p’ra não esqueceres
o preço do meu perdão.


Sebastião da Gama

6 comentários:

jotaC disse...

Muito bonito e simples, como Jesus.
Boas Festas, Drº Pinho Cardão.

Catarina disse...

Muito bonito.
Não conhecia.
Obrigada por compartilhar.

Bartolomeu disse...

Uandarful!!!
(só pra não dezer o meismo cos meus atesssessoris)
Ande práqui às voltas in casa à prócura dum livro munta ántigo que num incontrei. é um livro que relata as antigas lendas cá da terra lusetâna.
A menha melhere devio ter encafuado em calquer lado. Per isso, perque num incontrei o libro, fui pesquisar à neti e incontrei uma bersão ingraçada da mesma lenda, que cumo debem cálquelar... é cumo os contos, quem os conta, ómenta-lhes um ponto.
«No século XVIII, as forças Castelhanas invadiram a cidade de Miranda do Douro e aí se mantiveram durante longos meses.
Saqueada pelo invasor, a cidade depositava as suas derradeiras esperanças na chegada de um reforço de tropas que não havia meio de surgir no horizonte.
Conta a lenda que foi então que apareceu nas muralhas um Menino, vestido de fidalgo cavaleiro, chamando os Mirandeses a pegarem em armas contra o invasor. Foices e varapaus saíram à rua para perseguir os Castelhanos. À frente da multidão, o pequenino “comandante”ora desaparecia ora voltava a aparecer. Mas logo que os Castelhanos fugiram, o Menino nunca mais se deixou ver.
Para os mirandeses, foi o Menino Jesus que os ajudou. E, por isso, mandaram logo esculpir uma imagem de criança, trajando o vestuário próprio dos cavaleiros da época.
E ainda hoje se pode ver essa imagem - o Menino Jesus da Cartolinha - na Sé Catedral da cidade de Miranda do Douro.»

Dizssaínda que aqueles que besitárem o menino e pertenção ò inxército, deberão fazeir-lhe cuntenência.
;)))

Catarina disse...

O excessivo consumo de doces “natalícios” será a causa desta alteração súbita na expressão escrita do caro Bartolomeu?! :)

Pinho Cardão disse...

Cara Catarina:
Os doces e o vinhito do Porto só interferiram na forma em que o Bartolomeu se expressou, que a descrição, o conteúdo e a substância são perfeitos.

Bartolomeu disse...

Tá a ver porqué queu adoro este senhore, Dona Catarina?!
É proquele não reduz a bisão ao que parece. E sabe veslumbrar aquilo que está pordetrás, daquilo que está pela frente.

Ha pequenos nadas que destinguem os senhores... dos oitros.
Não me meti muitos nos doces, nem no porto, mas onte à nôte, ao jintar, privei um cadito mais que o habitual com uma do Douro, que dava pelo nome de «duas quitas» (ou intão era eu que ja via a dobrar), mas para me certificar que não tenha a ber ca bisão, hoje dei opertunidade a uma Cartuxa, para me fazer sentir as deliçias do eden.