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terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Agora sou eu quem tem uma dúvida...

"Acontece que, no domingo à noite, o director do JN o contactou dando-lhe conta das dúvidas que lhe causava o texto que Mário Crespo enviara para publicação no dia seguinte" - Nota da Direcção do Jornal de Notícias sobre o artigo de opinião de Mário Crespo.

Pergunta a minha inocente curiosidade: quem terá ajudado o director do Jornal de Notícias a superar a dúvida?

10 comentários:

Fartinho da Silva disse...

Quem tem lido os editoriais do director do "Jornal" de Notícias sabe muito bem quem o ajudou a superar a dúvida :)

Manuel Brás disse...

Se calhar, foi alguém cheio de calhandrice...

A coacção repetitiva
em palavras inaceitáveis
numa acção figurativa
de posturas detestáveis.

A liberdade pressionada
de uma forma intolerável
revela a razão inquinada
desta política miserável.

Epílogo

Negando a realidade
numa visão arrebatada
surge a imbecilidade
devidamente atestada.

Pinho Cardão disse...

JN, DN, a mesma luta.
Definissem a sua linha editorial pró-governo e estavam no seu direito. Ninguém tinha nada com isso, a não ser que fossemos chamados, de forma directa ou indirecta, a cobrir os prejuízos. Mas, lata suprema, querem ser considerados como jornais independentes e de referência...

Adriano Volframista disse...

Caro JMFAlmeida

Os factos que saíram na imprensa, a serem verdade, isto é, se sucedaram do modo como foi apresentado apenas pode significar que estamos perante uma bem urdida manobra de ilusionismo político para fugir ás grandes questões a saber:

-problemas de financiamento internacional para as obras públicas, como sucedeu no caso do BPN, pagam-se os mais influentes, ficam a "arder" os outros;

-problemas de credibilidade da política económica do governo, algumas instituições já aconselham a vender dívida soberana portuguesa e espanhola; agora já não somos iguais aos gregos e, claro, menos iguais aos espanhóis...

Os contornos que vieram a público sobre o caso objecto do seu post, indicam que o episódio têm a mesma naturalidade que os versos de Cesário Verde que o PM "tentou" recitar "de memória" numa dessas inaugurações de fontanários que agora costuma frequentar....

Mário Crespo devia saber melhor e não cair na armadilha, mas os nossos jornalistas do início do sec XXI, já não querem um watergate como epifania, preferem o "martírio" moderno da persiguição pelo poder; se puder ser sem riscos ainda melhor...

Cumprimentos
joão

Tonibler disse...

A dúvida colocada pelo director do jornal ainda por cima é dita ao contrário. Pode haver dúvidas se a opinião passa por ser notícia, agora a opinião poder ter uma notícia, que dúvida era a dele? A que poderia parecer vertebrado?

Elisiário Figueiredo disse...

A duvida foi dissipada por Zita Seabra e o anuncio do lançamento do livro para a próxima quinta-feira, ou então ... coisas antigas, o cargo não sei onde... enfim.

Spiriv disse...

Quem ajudou o director do Jornal de Notícias a superar a dúvida foi o próprio Mário Crespo que decidiu retirar o texto.
E já agora seria interessante saber quem colocou o texto no Instituto de Estudos Sá Carneiro. Sabe-se, porém - Mário Crespo dixit -, que este falou logo às 09H00 do dia 1 com essa histórica Zita Seabra que honra as fileiras do PSD...

Querem arranjar mais um MÁRTIR do Governo Socialista, a juntar a MMG e JMF. Já dei para esse peditório!

luis cirilo disse...

É a chamada duvida "socrática".
Que,como é natural,tem em Sócrates a resposta!

Bartolomeu disse...

Estou solidário com o Mário Crespo, porque ele também é um homem do mar e porque é o proprietário de um pequeno veleiro que já me pertenceu, o "Take Five".
Que se lixem as tricas Senhor Mário, não nos faltem os mares e seremos eternamente livres!!!

Anónimo disse...

Caro Spiriv, sobre o seu comentário, em síntese:
a) não me referi nem às opiniões nem à atitude de Mário Crespo que, se quer saber, não apreciei por variadas razões. À altura esteve o Dr. Medina Carreira, outro dos alegados visados na alegada conversa, que, questionado sobre o assunto disse não ter tempo a perder com a coisa. Tiro-lhe o chapéu.
b) também não comentei o caso em si ou o caso em que o episódio se transformou (até porque estou de acordo com João de que estes sucessos servem sobretudo quem tem interesse em desviar a atenção do essencial); sempre lhe direi, porém, que para além de não aceitar qualquer condicionamento das liberdades, considero que quem ocupa determinados cargos públicos tem de guardar distanciamento e elevar-se acima do que alimenta a comunicação social. Não reconheço em algumas das personagens devida ou indevidamente envolvidas esta capacidade de se elevarem, em especial não o reconheço ao senhor Primeiro-Ministro;
c) limitei-me à interrogação sobre a curiosa locução utilizada pelo director do Jornal de Notícias e o que terá acontecido para que as dúvidas expressas na Nota da Direcção se tivessem transformado em certezas, bem sabendo que as "dúvidas" expressas ao autor do artigo iriam naturalmente ter o efeito que tiveram, isto é, a remoção do incómodo para a situação que representavam os artigos de Crespo;
d) sim, acho lamentável que o Instituto Sá Carneiro, ou alguém que a ele pertença, se tenha prestado ao papel a que se prestou;
e) Zita Seabra tem um negócio de edição de livros; não me espanta que queira publicar o de Mário Crespo. É dinheiro em caixa, e se sei algo do sector é para reconhecer que todo o livro vendável é bem vindo às editoras. Conheço outros editores que não desperdiçariam a oportunidade...
f) não sei para que peditório o Spiriv deixou de dar; deixe-me dizer-lhe que há alguns para os quais vale a pena continuar a contribuir. Outros, nem tanto, salvo se a contribuição for interessada e o pedítório renda ao contribuinte...