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quinta-feira, 13 de maio de 2010

Calado que nem um rato...

Começo a ficar cansado. Nos últimos dias as fontes de cansaço foram muitas. Hoje, face à pergunta de uma jornalista sobre os “aumentos”, o Senhor Presidente da República, na sua tradicional e mais do que esperada reação, fez o que já estava à espera, não comentou nada. - Afinal por que razão não comenta? Não quer? Não pode? Não deve? Na minha opinião pode e deve. Sendo assim, fica o “não quer”. Pergunto: - Então para que serve o Presidente? – Ah! Já estou à espera de uma resposta: - Para manter a estabilidade do país! Pois! Calado que nem um rato...

8 comentários:

Tonibler disse...

Ora, toda a gente sabe que um presidente da república serve para defender a constituição. Por exemplo, se não fosse ele, poderiam haver pessoas beneficiadas por razões religiosas, ou gastos espampanantes do estado para se fazerem missas...

Pinho Cardão disse...

Caro Professor:
Lamentavelmente, e por uma vez, discordo um pouco do meu amigo. O que pensa o Presidente, já o próprio o referiu várias vezes, já o sabemos e não vale a pena andar muito a repeti-lo. Um Presidente com pouco sentido do seu dever institucional repeti-lo-ia todos os dias, até para angariar votos para as próximas eleições. Todavia, a situação internacional impõe moderação nos comentários. Qualquer crítica mais vincada retiraria o resto da já diminuta credibilidade das nossas instituições junto dos credores internacionais.
Claro que muitas vezes gostaria que o Presidente fosse mais interveniente e claro. Afinal, tem a legitimidade do voto popular e deveria usá-la. Mas há momentos e momentos. Este não o será para críticas públicas, mas para influência discreta, mas com alguma eficácia, junto do Governo.

ricardo disse...

Temos agora a certeza de que para além de não termos, nem um primeiro ministro, nem um líder da oposição à altura dos acontecimentos, também escusamos de contar com o PR.
A conivência com os interesses instalados e com o desastre económico e social que aí vem é ensurdecedora.
O povo português tem que começar a pensar em mudar o regime político.

Massano Cardoso disse...

Caro amigo Pinho Cardão

Eu sei que há momento e momentos, mas este é o "momento". Aonde é que nos vai levar a discrição presidencial? Haverá vantagens? Não sei, tenho muitas dúvidas. Influência discreta junto do Governo? Hum! Não sei. Como é que posso saber se o Presidente está a ser "discreto"? Não dizendo nada, ou generalidades? Numa democracia a "discrição" tem de ser partilhada, caso contrário provoca-nos angústia. E angustiado já eu ando em demasia...

João Pereira da Silva disse...

O presidente devia ter pelo menos dito: "em momento de sacrifícios pedidos a todos, devemos ser muito exigentes no que diz respeito ao objectivo de conseguir melhor e mais eficaz organização do estado". Posteriormente pressionava o primeiro-ministro a iniciar as reformas imprescindíveis e dignas de um país que se deseja civilizado e democrático.
Esteve muito mal, mais uma vez, o nosso presidente. Pena.

zédotelhado disse...

Pior que não dizer nada, é dizer a um jornalista que o entrevistou em Fátima, mais ou menos isto:
-A visita do Sua Santidade a Portugal, um país maioritariamente católico, talvez possa contribuir para a resolução da grave situação em que nos encontramos…
Interrogo-me eu:
-Será esta revelação, a cheirar a tabu, um 4º segredo de Fátima!? Será que as medidas económicas hoje anunciadas que vão penalizar fortemente os portugueses, tornando os pobres miseráveis, são uma brincadeira de mau gosto do governo!?
Seja em que contexto for é, a meu ver, uma tristeza, dá vontade de dizer, valha-me ALÁ, que Deus já me abandonou!!!
Meus senhores, gozem os palácios do povo, as mordomias que vos pagamos…mas por favor não nos considerem pobres de espírito!

Bartolomeu disse...

Estou ansiosamente esperando pelo discurso que o sociólogo António Barreto irá proferir este ano nas comemorações do Dia de Portugal das Comun... e mais um par-de-botas.
Será que vai dizer algo mais que o Senhor Aníbal Silva... como aconteceu o ano passado?!
Tenho um vizinho, homem rude do campo que costuma dizer: de política não falo porque não percebo nada...

Fernando Pobre disse...

Tenho para mim como certo que o Sr. Presidente da Rpública pensa primeiro na sua reeleição, depois no País. É este o seu desígnio "patriótico".