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segunda-feira, 21 de junho de 2010

Faz de conta...

Boa ou má notícia? Continuamos a gastar como se fossemos ricos. Mas os que são ricos fazem o contrário, gastam menos. Leituras diferentes sobre a economia e o bem-estar, a crise e o futuro…

9 comentários:

Eduardo Freitas disse...

Cara dra. Margarida de Aguiar,

Não são apenas os textos que são objecto de hermenêutica. Os números também e as estatísticas por arrasto.

Ludwig von Mises, um dos génios do século XX, recusava-se a utilizar qualquer conhecimento empírico, no desenvolvimento do gigantesco corpo teórico económico que criou.

Entendia que a Acção Humana era insusceptível de ser modelada, pelo que qualquer tentativa de medir um qualquer aspecto da realidade estava condenada ao fracasso ou, pior, poderia justificar acções num dado sentido decorrentes de uma medição errada ou, mesmo que certa num momento, podia já ser, no momento seguinte, errada.

No caso, parece-me prudente aguardar pelos próximos meses e constatar se, atenuado que for o efeito a recomposição das frotas de rent-a-car, a tendência de manterá ou retrairá.

jotaC disse...

Cara Dra. Margarida Aguiar:
É justamente por isso que os ricos são ricos e, salvo raras excepções, não dão nada a ninguém...

Catarina disse...

Desde criança que oiço: “Os ricos ficam mais ricos e os pobres mais pobres.” E não há forma de inverter a situação? Não que eu queira que os ricos fiquem paupérrimos. Claro que não. Mas se isso se traduzisse num melhoramento de nível de vida dos pobrezinhos, porque não? A partir do momento que estes últimos trabalhassem de alguma forma e,consequente, se tornassem merecedores do seu novo poder de compra sem incorrer em dívidas incomportáveis.

jotaC disse...

Catarina, não ressuscite o Marx,já basta a situação que se vive no mundo parecer dar-lhe razão!...

Catarina disse...

Quem ou o que é que me está a dar razão?
Estou mais a pensar num Robin dos Bosques dos tempos modernos!

Suzana Toscano disse...

Catarina, Robin dos Bosques é uma lenda e´a história acaba quando ele passa a fazer parte dos amigos do novo rei, que se terá passado a seguir? Acredito na generosidade individual mas temo muito os justiceiros colectivos...

Margarida Corrêa de Aguiar disse...

Caro Eduardo F.
Não vou contra o que diz. Precisamos de aguardar por mais informação para podermos concluir sobre tendências.
Sabendo nós que a Alemanha é o motor da Europa e que Portugal se debate com enormes dificuldades para iniciar a recuperação económica, os resultados do indicador em questão não deixam de criar perplexidade. Porque é que são assim tão díspares?

Caro jotaC
É bom que haja países ricos, que evidentemente não deixam de acautelar muito bem os seus interesses. Mas é por serem ricos que são também um factor de esperança para países, como Portugal, que não são ricos.
O que não é, no entanto, justificação para que estes gastem para além das suas possibilidades. Bem sabemos no que dá...

Cara Catarina
Nunca gostei muito da divisão ricos/pobres. É muito estigmatizante, conduzindo muito facilmente e perigosamente à divisão bons/maus.
Uma coisa parece ser certa. Não podemos abater os ditos ricos. São necessários para ajudar os ditos pobres. Sem os ditos ricos não há capital, não há poupança, não há investimento e empregos.
E, depois, as políticas de redistribuição deveriam justamente acautelar uma justa distribuição da riqueza de um país.

Catarina disse...

A minha intenção não é abater os ricos. Não tenho tendências assassinas. Nem quero criar mais estigmas. Eles já existem sem a minha participação. Não sugeri tirar dos ricos para dar aos pobres, literalmente! Talvez não me tivesse expressado bem. Melhor distribuição e maior acessibilidade aos recursos existentes. Tornar os dirigentes mais responsáveis de forma a não dificultar a situação dos menos privilegiados.

Margarida Corrêa de Aguiar disse...

Cara Catarina
Longe de pensar tais coisas. Peço desculpa se tratei o assunto de uma forma tão directa.
A questão, como a Cara Catarina refere, é de redistribuição, mas é também de riqueza.
Ontem nos Prós e Contras alguém dizia (penso que era o Dr. António Vitorino) que tem que ser reforçada a vontade política de eliminar os 20 milhões de pobres existentes na Europa, mas que é uma possibilidade que ninguém pode responder. A situação não é animadora.