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domingo, 29 de agosto de 2010

Numa frase diz-se tudo...

O ´Público´ foi saber o que pensavam alguns autarcas sobre o fecho das escolas nos seus concelhos. Embora não veja imputada a frase a nenhum autarca em concreto, percebe-se que foi proferida por um responsável local que apoia a política de concentração dos equipamentos escolares. A frase é esta e lança luz sobre a mentalidade subjacente ao aplauso do encerramento das escolas de pequenas comunidades locais: "As escolas antigas eram impróprias de um País que tem os centros comerciais que tem". É isto mesmo. São os centros comerciais que temos o paradigma do projecto de País que alguns propugnam. Já o tínhamos percebido. Nunca o tínhamos lido ou ouvido com tamanha clareza.

9 comentários:

Pinho Cardão disse...

Lapidar!...
Aliás, na nova concepção das escolas engendrada pela Parque Escolar, as salas de aulas deixam de ser o centro. A escola é assim como que uma avenida aberta à comunidade onde se expõem trabalhos, as pessoas convivem, vão à biblioteca...
O Autarca é, afinal, um génio. Não tarda, a escola ficará situada, como qualquer loja, num Centro Comercial.

Pinho Cardão disse...

Para melhor elucidação, ver o post no 4R: http://quartarepublica.blogspot.com/search?q=escola+aberta+%C3%A0+comunidade

Margarida Corrêa de Aguiar disse...

Esta também é edificante:
"As escolas antigas eram simpáticas mas, por mais que investíssemos nelas, nunca passariam de carochas restaurados", sustenta o vereador da Educação de Paredes, Pedro Mendes, segundo o qual os novos edifícios, que custaram em média três milhões de euros cada, "têm uma arquitectura despertadora dos sentidos (...)".

Anónimo disse...

E o autor da frase arrisca-se seriamente a suceder à actual ministra da educação.

Anónimo disse...

Este artigo tem uma imensa vantagem: permite a qualquer cidadão, de forma linearzinha, simplezinha, sem quaisquer floreados, saber o que se quer para a educação em Portugal. Mais expressivo seria dificil.

De caminho permite também conhecer quais os valores e parâmetros pelos quais a sociedade é aferida. Serem estes os centros comerciais é extremamente revelador. Muito mesmo.

RioD'oiro disse...

http://fiel-inimigo.blogspot.com/2010/08/dos-disciupulos-do-despovoador.html

Fartinho da Silva disse...

Este autarca já bebeu da fonte do conhecimento socialista... aprendeu os conceitos apresentados pelo Caro Ferreira de Almeida e pelo Caro Pinho Cardão e ainda:

A "escola" socialista não deve transmitir o conhecimento e a cultura conquistas pelas gerações anteriores porque isso não é moderno, progressista, democrático e republicano e representa o autoritarismo do tempo da outra senhora.

A "escola" socialista deve ser, isso sim, um centro de guarda e entretenimento de crianças e jovens, um espaço onde as crianças e os jovens (repito, porque são estas palavras utilizadas pela actual Ministra da "Educação" quando se refere aos alunos) possam respirar o ar pós-moderno da esquerda modernaça e aprender a aprender sem aprender nada de coisa nenhuma. Um espaço onde se possam libertar das garras opressoras do capitalismo selvagem e das regras conservadoras da sociedade. Um espaço onde possam desenvolver todas as suas competências sem intervenção dos adultos imperfeitos.

Os contribuintes devem perceber que muito mais importante que gastar o seu dinheiro em escolas onde os alunos aprendam umas coisas estranhas e antiquadas como Português, Matemática, Ciências, Inglês, etc., é a socialização das crianças e jovens e alimentar o socialista lobby das "ciências" da educação.

Quem não concordar com a escola socialista, não concorda com a democracia, a república, a constituição e a inclusão social e é reaccionário, conservador e bafiento.

:)

Pinho Cardão disse...

Ora aí está, caro Fartinho da Silva!...

Dragão Azul Forte disse...

Estou tão impressionado que apenas consigo dizer: brilhante!
Pobre país, cada vez com menos ÁRVORES e cada vez com mais cepos destes…