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quinta-feira, 14 de outubro de 2010

“Superpapás e superavós”

Hoje, no decorrer de uma consulta, acabei por encontrar a razão de um problema cardíaco agudo que atingiu uma senhora. Conheço-a há algum tempo. Face à situação, entretanto resolvida, comecei a indagar sobre a existência de algum problema emocional. Havia, e não era nada pequeno. Tem um netinho, mas não consegue vê-lo, porque a mãe não deixa. Não é a única, conheço outros casos semelhantes que se acompanham de uma dor de alma terrível. Foi então que recuei cinco anos, quando escrevi um pequeno texto, “Superpapás e superavós”, uma tentativa para chamar a atenção para a necessidade de legislar sobre os direitos de uma minoria, a de alguns avós privados, intencionalmente, do convívio e do afeto dos netos.

“Os divórcios e separações, tão comuns nos dias de hoje, são fontes de graves problemas, nomeadamente no que respeita aos filhos, os quais, privados do acompanhamento regular de um dos pais, acabam por sofrer consequências negativas. Pelo menos, a frequência de determinados comportamentos é dupla dos verificados nos casais com estabilidade. No momento da separação, muitas vezes litigiosa, o Estado confere a custódia, em percentagens que variam entre 80 a 93%, de acordo com os países, às mães. Aqui entramos com um novo conceito, denunciado pelos pais separados, de "rapto sancionado pelo estado".
A situação criada a grande número de pais que ficam impossibilitados de acompanhar, de ver, de desfrutar a companhia dos seus filhos, levou à criação de verdadeiros movimentos sociais, sob a forma de grupos perfeitamente organizados e que, à boa maneira de outros movimentos, tudo fazem para dar nas vistas. O objetivo é denunciar esta descriminação sexual, em que os homens são preteridos na custódia e educação dos filhos.
Os superpapás de vários países têm tomado iniciativas bastante espetaculares. Em Londres, um pai, vestido à Batman e ajudado por um Robin, subiu à mais famosa varanda britânica - palácio de Buckingham - para denunciar a situação dos pais separados que querem um contacto mais próximo com os seus filhos. A moda de copiar os heróis da banda desenhada alastra-se a outros tais como o Homem - Aranha (que já fez uma incursão semelhante). A onda promete alastrar-se e até agravar-se originando novos problemas para os quais não estamos preparados.
Mas a revolução em curso não se restringe apenas aos pais. Os avós também iniciaram movimentos, no Reino Unido, na Alemanha, em Itália e também em Espanha, com o objetivo de defenderem os seus direitos: a possibilidade de verem os netos vítimas de separações dos seus filhos. Os nossos vizinhos acabaram mesmo de legislar nesse sentido, no ano passado (2004). A lei espanhola garante que os avós não podem ser impedidos de verem os seus netos em caso de separação ou divórcio. Apesar de não os satisfazerem totalmente, constitui um ponto de partida, muito importante, para quem na última etapa da vida tem necessidade de dar sentido à existência, evitando a morte antes do tempo. A humanidade e a civilização existem graças ao papel dos avós nas primeiras etapas do desenvolvimento e, hoje em dia, continuam a desempenhar um papel primordial. É bom que os seus direitos sejam acautelados, já que, devido à idade, não será muito recomendável que começam a fazer papéis de Super-Homens, idênticos aos dos filhos. Não seria muito saudável se um dia víssemos, entre nós, um avô, vestido à maneira a subir à fachada do Palácio de São Bento, a escalar a Torre de Belém ou a pendurar-se da Torre da Universidade. A idade não perdoa…”

Não seria altura de defender os direitos e interesses dos avôs e avós portugueses que, impedidos, por diversas razões, de verem os seus pequeninos, gritam, silenciosamente, dores lancinantes ?

27 comentários:

Anónimo disse...

Talvez por ter uma proximidade imensa à minha avó paterna e não conseguir imaginar-me sem ela, sem falar todos os dias com ela esteja no mundo onde estiver, sem a saber próxima, tudo isso, o que relata da avó estar impedida de ver o netinho pela besta insensivel que, certamente, será a mãe da criança, tocou-me muito.

Que raio de gentinha essa que usa os filhos como arma de arremesso nas zangas de adultos.

Rui Fonseca disse...

Leio este seu post e não resisto à tentação de contar uma situação que se enquadra no tema.

O Zé faria 61 anos no passado dia 9se não tivesse sido vitimado por um AVC há um mês antes. Era professor universitário mas, para poder suportar os encargos de uma família de filhos com situações familiares ou profissionais instáveis corria de um lado para o outro do país onde prestava serviços de consultadoria em algumas empresas.

Não eram, acredito, as ocupações profissionais que mais o esgotavam.

O Zé tem dois netos, da relação de um dos seus filhos com duas mulheres. Adorava ambos. Com nenhum deles podia, no entanto, conviver como gostaria. A neta,de três anos, porque reside na Eslováquia e está em Lisboa por períodos curtos.O neto, de nove anos, reside no Porto, mas a mãe utiliza todos os estratagemas para recusar ao pai e aos avós a convivência com o filho.

O Zé e a Ana, a sua mulher, que conheceu quando tinham dezasseis anos,estiveram casados durante 38,
suportaram dezenas de confrontos que têm envolvido os tribunais e a polícia.

Os tribunais deram sempre razão às suas súplicas, a polícia interveio algumas vezes para execução forçada das decisões do tribunal.

Mas nunca o tribunal retirou a custódia do neto à mãe relapsa.

Mãe que tem um comportamento lesivo dos interesses do filho que, apesar da idade e do seu desenvolvimento físico e mental normal, se encontra atrasado na escola porque a mãe, uma personalidade manifestamente desequilibrada, entendeu ser ela a professora do filho e depois mudá-lo de escola para o esconder do pai e dos avós.

A Ana e o Zé esgotaram-se em esforços mas nunca desistiram.

O Zé já ficou pelo caminho.
Poderia ter ficado na mesma sem as atribulações que os netos, mas sobretudo o neto, lhe trouxeram?

Estas coisas depois de torturarem matam mesmo.

Massano Cardoso disse...

Obrigado Rui pela história do Zé. Quanto à pergunta, apetece-me dizer que as causas e fatores de desencadeamento de muitas doenças passam pelo acumular de vivências do tipo que contou. É importante partilhar estes aspetos e ideias, sempre se vai alertando e, talvez, quem sabe, contribuindo para a sua prevenção. Viver é complicado e para muitos uma verdadeira maldição...

Suzana Toscano disse...

Também conheço casos destes, alguns bem próximos, já não são só os pais separados que são vítimas desta chatagem , os avós são até uma forma de tortura requintada, não podem defender-se nem querem intervir para não agravar a hostilidade entre os pais desavindos. Mas são chamados a pagar as contas ou a acolher os netos quando finalmente os pais se fartam das guerras e a criança deixa de ter intetresse como arma de areemesso. Tal como o caro zuricher, não imagino o que teria sido a minha vida sem o convívio com os meus avós, mas certamente teria ficado privada de uma fonte de afecto e de forma de ver a vida que só eles me poderia ter dado. Pobres avós de hoje e pobres netos!

Isabel disse...

O mais doloroso da questão é que ser avó ou avô é, de facto, ser mãe ou pai duas vezes. Por experiência própria, sei que o amor pelos netos não é inferior ao que se sente pelos filhos.Por estranho que pareça a quem ainda o não experimentou, trata-se de um amor incondicional, com traços de amor-paixão, talvez pela percepção que se tem de que será provavelmente o último.Por outro lado,a experiência que falta aos pais sobra aos avós, o que os torna capazes de melhor ver e sentir, com uma calma atenta, cada faceta do desenvolvimento da criança, cada angústia, cada medo, cada manifestação de felicidade. Ver, ouvir e verdadeiramente compreender aquilo que, tantas vezes, para os pais é apenas ruído, forja, a meu ver,um entendimento afectivo avós/netos de tal modo intenso que ultrapassa as barreiras da morte. Há tempos, o meu neto perguntou-me: "quando eu ser grande tu vais estar morta?"
Sei que não o estarei porque os meus próprios avós, idos há tanto, ainda me acompanham e formam.
Atentar contra um amor assim é crime, seja qual for o pretexto invocado.

Unknown disse...

Obrigada, Prof Massano, por nos brindar com estas palavras!!...Parece que somos uma minoria que ainda mantemos os bons valores e sabemos o verdadeiro significado de uma palavra tão simples...o AMOR! Apenas tenho fé, que apesar de estarmos num país tão atrasado e numa sociedade cada vez mais monstruosa que tenta construir supostas felicidades sustentadas por mentiras consecutivas, violências psicologicas e até físicas...que a justiça não adormeça, não falhe e que traga rapidamente a alegria a estes pequenitos que tão importantes são na nossa vida!!

Unknown disse...

Obrigada, Prof Massano, por nos brindar com estas palavras!!...Parece que somos uma minoria que ainda mantemos os bons valores e sabemos o verdadeiro significado de uma palavra tão simples...o AMOR! Apenas tenho fé, que apesar de estarmos num país tão atrasado e numa sociedade cada vez mais monstruosa que tenta construir supostas felicidades sustentadas por mentiras consecutivas, violências psicologicas e até físicas...que a justiça não adormeça, não falhe e que traga rapidamente a alegria a estes pequenitos que tão importantes são na nossa vida!!

Unknown disse...

Interessante Prof Massano...

É verdade, cara Cristiana, infelizmente somos uma minoria que mantemos os bons valores e sabemos o que é AMOR! É esta a nossa sociedade...
Quanto a construir felicidades, não somos ninguém para julgar quem quer que seja. Há uma máxima que diz "quando apontares o dedo a alguém, não te esqueças que tens três dedos a apontar para ti."

Vou partilhar um caso que conheço, mas este mais estranho...
Conheço uma avó que está a ficar doente pela sua obcessão... Tem mentido a toda a gente e mesmo a ela própria para convencer os outros e a si mesma que está impedida de ver o neto. Quer por tudo tirar a criança do lar e dos pais para a levar consigo, para sua casa. Os pais têm feito de tudo para a fazer entender que pode ir ver o neto quando quiser, em casa dele. Que será sempre bem recebida e acolhida. Os pais têm demonstrado total abertura para a Sra ir lá a casa e estar com a criança.
Sei também que, em determinada altura, até levavam a criança para estar com a avó, fosse uma tarde ou uma hora.

Esta a avó parece que está completamente obcecada com o facto de querer o neto em sua casa!
A sra está a ficar doente e está a prejudicar tanto a criança, como os pais da criança. Aqueles pais, que tanto amam a criança...

O que acha que se pode fazer neste caso, em que uma avó é obcecada por um neto e faz de tudo para prejudicar os pais da criança?

Que sociedade a nossa...

Obrigado.

Unknown disse...

Desde já gostaria de agradecer a partilha do tópico e de todos os comentários. No entanto a minha participação foi motivada principalmente pela contribuição do último comentário.

Caro Pedro,

O caso que refere é realmente mais estranho, um paradoxo relativamente ao que foi anteriormente relatado por todas as outras pessoas, contrário mesmo à realidade.

Pobre avó que tanto ama o seu neto ao ponto de ficar doente, prejudicando-o por querer estar com ele. Ao querer bem faz mal! como será isso possível? Se calhar não percebi bem.

Conhece mesmo essa avó? Ou alguém lhe contou a história? Sinceramente, na minha opinião, há algo de muito errado no caso que relata, é demasiado caricato porque não vejo como uma avó pode querer tanto o neto em sua casa. Será que nasceu lá? Há alguma justificação? Porque motivo quererá ela tirar a criança aos pais? Será que alguém sofre de algum problema do foro psicológico? O que diz o resto da família?

Respondendo à sua pergunta, julgo o caso é simples, neste caso não é preciso fazer nada porque os pais têm consigo a criança, só têm que cortar relações com a avó. Não vejo nenhum problema na sociedade, certamente, o problema é da avó. Aposto que tudo isto se resolve bem na justiça e sem prejudicar a criança.

Contudo, a exactidão do que descreve poderá não ser a desejada e, consequentemente tudo o que disse anteriormente não faz sentido nenhum. Na minha experiência pessoal ninguém faz mal a uma pessoa que ama, muito menos aos familiares próximos (não só ao neto, também à\ao filha\filho). Para que tenha existido tal ruptura, como a descreve, alguma coisa se passou antes, correcto? Se calhar é o rebento dessa senhora a causa de todos os problemas, não?

Perdoe-me por favor tantas questões mas gostava mesmo de saber mais sobre este caso. É de facto algo surreal, inimaginável mesmo! Custa a crer que seja possível tal coisa. Parece MENTIRA!

Unknown disse...

Pois é... Parece MENTIRA!!!

Conheço sim a situação de perto.
Realmente... Parece mesmo SURREAL!

Se calhar não percebeu bem mesmo, ou eu não fui explícito... A obcessão é doença, dizem... E do foro psicológico penso eu...

Não é o querer estar que prejudica, mas sim as guerras que são criadas por orgulho.
Prejudica a criança, porque não está com ela. Afinal, os avós são importantes (e posso falar por experiência). Se a Sra. gostasse tanto do neto, ia a casa dele, brincava lá com ele, fazia mil e uma coisas no seio dele.

Pelo que sei, a criança nasceu na maternidade e viveu durante algum tempo em casa da avó. Mas isso confere o direito aos avós de se apropriarem das crianças? De facto, não encontro nenhuma justificação plausível para a avó querer assim tanto levar o neto para casa dela. Sobretudo quando pode perfeitamente ir à casa e ao seio onde a criança vive.

Fala em justiça... Acha então que é possível uma situação destas se resolver na justiça e sem prejudicar a criança? É triste... E também me parece um pouco insensivel... Mas é uma opinião, aceito-a.
Deverei então aconselhar os pais a fazer queixa da avó?
Custa-me a crer que o certo é motivar as pessoas a criarem guerras e "enfiarem-se" na justiça. Deixa-me triste.

Quando falo em sociedade, falo exactamente naquilo que a Sra. Cristiana referiu "somos uma minoria que ainda mantemos os bons valores e sabemos o verdadeiro significado de uma palavra tão simples...o AMOR!"

Mas enfim, expus a situação por também a achar estranha...
Com certeza que tudo se resolverá (esperando eu que não seja pela justiça, porque essa demora anos a ser feita...).

Unknown disse...

Pedro,

Peço desculpa se fui indelicado em algum momento mas peço-lhe também que não se revolte comigo. Se calhar está mais próximo ou mesmo envolvido na situação do que aparentava, dada a sua reacção. No entanto, o seu escárnio e alusão ao óbvio são no mínimo injustificados.

Continuo sem perceber na totalidade a história mas arrependo-me de sequer ter perguntado fosse o que fosse. Quem partilhou a história não fui eu, e julgo que o melhor é fazer o que entender e aconselhar quem quiser, pais ou não.

De qualquer modo, relativamente a justiça, pode ter a interpretação que quiser mas, tal como referi, se a criança está com os pais então não há problema, está protegida (suponho eu). A eventual demora não ia privar a criança de um lar, e se a avó é assim tão terrível, o melhor é nem conviver com o neto. Há algo que para mim não bate certo, porque se por um lado querem um convívio com a avó, seja onde for, por outro ela é uma má pessoa. Estou deveras confuso.

Concluindo, peço-lhe que não fique triste por nada do que eu disse, e não creia que motivei quem quer que fosse a guerras.

Tudo de bom e muito amor

Unknown disse...

De forma alguma... Não estou revoltado consigo! Estava mesmo só a partilhar algo que achei que podia fazê-lo aqui. E em qualquer palavra foi indelicado.

Apenas estava a responder, ou a tentar fazer-me entender. Como disse, conheço a situação sim mas não estou envolvido nela.

Também não são as suas palavras que me deixam triste, de forma alguma.

Um bem-haja para si e... não se arrependa.

Obrigado.

Maria Fernanda disse...

Olá
Vou ser mais uma, incapaz de resistir à tentação, de deixar mais umas palavras.
Ninguém é capaz de quantificar o quanto ama. O amor é um sentimento muito abrangente e ninguém é capaz de amar da mesma maneira nem que esse sentimento seja sobre a mesma pessoa. Ninguém pode amar à espera de ser amado.
“…Que raio de gentinha essa que usa os filhos como arma de arremesso nas zangas de adultos…”@ Zuricher
Todos conhecemos muitos casos. De uma maneira ou outra todos ficamos envolvidos. No entanto poucas são as vezes que avaliamos ou nos atrevemos a conhecer os dois lados do problema.
“…O mais doloroso da questão é que ser avó ou avô é, de facto, ser mãe ou pai duas vezes. Por experiência própria, sei que o amor pelos netos não é inferior ao que se sente pelos filhos …. Atentar contra um amor assim é crime, seja qual for o pretexto invocado…” @ Isabel

Deixo a minha opinião porque não sou capaz de quantificar o amor que tenho por algumas pessoas e no sentido de não devermos generalizar.
Antes de fundamentar uma opinião devemos tentar conhecer ambos os lados.

Maria Fernanda disse...

Parece mentira, mas os casos que o Pedro relatou existem e são incompreensíveis. Principalmente pelas pessoas que convivem com as crianças e com os seus pais e conhecem o seu sofrimento e suas lutas injustificadas e constantes.

Também conheço um caso de uma senhora que é constantemente perseguida e achincalhada pela sua própria mãe e avó do seu filho. Será importante referir que neste caso viveram todos em casa da avó até um dia que a filha construiu um novo lar e uma nova família.

O facto de uma senhora ligar todos os dias para a sua mãe para fosse possível falar com o neto. Proporcionar visitas regulares em casa da sua mãe. Foi capaz de proporcionar como que um desmame para ambos durante meses.
Uma senhora que mesmo tendo todos os defeitos enumerados pela sua mãe foi agredida fisicamente juntamente com os seu companheiro pelos seus familiares. Agressão na presença da sua mãe e do seu filho. Estes actos foram motivados pelos problemas que têm com a mãe. A criança ainda hoje relembra tais actos.

Neste ponto a senhora foi obrigada a tomar uma posição e abdicar de proporcionar visitas à sua mãe.

Uma avó que nunca visitou e se recusa a visitar o neto no seu novo lar.
Uma avó que tenta a todo custo ter o neto em sua casa, de tal modo que nunca deixou que a criança levasse qualquer brinquedo da casa da avó para a sua nova casa.
Não consigo compreender o facto de uma avó nutrir um sentimento de posse pelo seu neto capaz de lutar com tudo contra a sua própria filha. Fazer uma queixa contra a sua filha e seu companheiro referindo maus-tratos físicos ou psicológicos, (não sei precisar) sobre o seu neto. Nenhuns destes maus-tratos foram fundamentados pela comissão que acompanhou o processo.

Não entendo o facto das pessoas recorrerem à MENTIRA para simularem problemas como é o caso das agressões que não existem.

Neste ponto atrevo-me a perguntar:
- Qual será a dor a que estes pais estão sujeitos? Existirá neles alguma doença?

Unknown disse...

Olá Maria, desde já obrigado por partilhar esta história. Devo admitir que fiquei algo céptico com a história que o Pedro relatou pois nunca tinha tido conhecimento de algo semelhante. Neste momento já tenho 2 relatos onde as posições se invertem e é a avó que põe em causa uma relação saudável com o seu neto sem razão aparente.

Há de facto elementos bastante similares, por exemplo, o facto do neto e os pais terem sido acolhidos pela avó em ambos os casos, e em algum momento ter existido uma ruptura com a mudança ou que eventualmente originou a mudança de lar. E em ambos os casos a avó quer ser a mãe e ficar com o neto, não é apenas uma questão de o visitar onde quer, estou correcto?

Voltando ao factor saúde parece-me realmente que tanto pais como avós (já nem falo nos netos porque esses são sempre as maiores vítimas), podem sofrer física e psicologicamente com tanta falta de entendimento.

Eu tenho o meu próprio ponto de vista acerca de destes casos e parece-me que cada um terá também o seu, no entanto, há relatos que são mais específicos do que outros e que parecem inclinados/influenciados, seja mais para o lado dos avós ou para o lado dos filhos. Muitas vezes isto deve-se a uma falta de conhecimentos de todos os factos, e pormenores que envolvem estes problemas. No entanto, a opinião dos nossos amigos e mesmo familiares, que nem sempre estão a par de todos os factos, influenciam atitudes que por vezes são incorrectas e que até nos podem levar a piorar a nossa situação.

Apenas por curiosidade gostava que os intervenientes neste post e comentários indicassem, honestamente, até que ponto têm conhecimento de todos os factos dos problemas que indicam, se sinceramente são capazes de julgar avós ou filhos, definitivamente, com a informação que dispõem.

Espero que não levem a mal o meu comentário, julgo apenas que por vezes opinamos de ânimo demasiado leve. Bem sei que a justiça por vezes não é tão boa quanto desejamos mas será que conseguimos ser tão imparciais como uma comissão de protecção de menores? como um juiz?

Não acredito que agressões passem impunes à justiça, não acredito que uma denúncia de maus tratos fique por averiguar. Não consigo acreditar que uma família seja destruída sem haver culpa de parte a parte. Se calhar sou ingénuo, mas em toda a minha vida verifiquei que há sempre mais do que uma interpretação dos factos, e que os nossos sentimentos toldam a nossa maneira de ver as coisas como elas são.

Já me estou a repetir mas gostava mesmo de saber quem daqui é que já tentou comunicar com ambas as partes destes conflitos antes de tomar uma posição a favor ou contra.

Unknown disse...
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Unknown disse...

Olá a todos,

Pelo "silêncio" que se verifica há mais de uma semana neste post devo depreender que as opiniões aqui expressas são subjectivas e como tal não representativas de uma realidade concreta. Por favor corrijam-me caso esteja errado.

Minhoca Saltitona disse...

Boa noite a todos,

Ou muito me engano ou eu conheço essa história e os seus intervenientes.

Como não tenho a certeza de conhecer os intervenientes,

Posso-lhe afirmar que existe uma avó que fez uma queixa contra a filha na CPCJ por maus tratos ao seu filho. - Maus tratos inexistentes.

E se lhe disser que essa mesma avó ao mesmo tempo que refere estar impedida de ver o neto - MENTIRA - também está na disposição de perder 2 ou 3 anos da vida do neto para seguir com essa queixa para tribunal.

Queixa essa porque pretende ter o neto em sua casa num regime semelhante aos vulgarmente praticados por pais divorciados.

Uma avó que prefere aguardar que um processo prossiga em tribunal em vez de se entender com a filha e visitar o neto na sua nova residência.

É difícil, muito difícil....

Unknown disse...

Viva Bruno,

Mais uma vez apresenta um caso (possivelmente o mesmo, pelo que refere) onde a atitude da avó me deixa perplexo. Porque não lhe basta ver o neto na escola, ir buscá-lo e levá-lo aos pais, como todos os outros avós fazem? De vez em quando ir passear com ele, e esse género de actividades que eu diria normais entre avós e netos. Realmente não percebo, deve ser mesmo difícil assim.

A parte da queixa de facto é semelhante ao que foi partilhado pela Maria F., será que realmente é o mesmo caso? É que sendo, há pontos que não batem certo porque a Maria referiu que a mãe (da criança) "foi obrigada a tomar uma posição e abdicar de proporcionar visitas à sua mãe" (a avó). Julgo que neste caso as coisas tomaram outros rumos.

A título de curiosidade, o Bruno aparenta ser mais directo, logo deduzo, está próximo da situação. Estou certo? Peço desculpa se esta pergunta for demasiado "atrevida" mas como ninguém respondeu aos meus 2 últimos posts (nem os defensores dos pais nem os dos avós), começo a pensar que todos os casos aqui partilhados poderão estar influenciados por uma parte ou outra da discussão.

Bom feriado!

Unknown disse...

Bom dia,

Já que falam tanto...

A minha mãe fez queixa de mim na cpcj e acusou-me a mim e ao meu namorado de maus tratos (que ficou evidente que era mentira) ao meu filho.

A minha mãe prefere ver o neto daqui a não sei quanto tempo, só porque não quer vir a nossa casa.
Quer porque quer ter o neto em casa dela e ponto final.

Enfim...

Sandra Matos

Unknown disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Minhoca Saltitona disse...

Bom dia Johnny,

Antes de mais não devemos tirar partido de quem quer que seja, sem conhecer as situações e para isso é preciso conhecer ou ouvir ambos os lados da história. Situação que não ocorreu logo no início deste post.

Se o caso relatado no início estiver relacionado com a Sandra, nunca ninguém impediu a avó de ver o neto, e quem diz isso está a mentir.

A avó nunca aceitou que a filha e neto tivessem uma vida “normal”, como tal cria problemas e recorre constantemente a mentiras e difamações. Outra mentira foi a sinalização de maus-tratos na CPCJ, que foi impossível de ser fundamentada, pois os maus-tratos nunca existiram e não existem. Durante os primeiros três meses aproximadamente a filha proporcionou o contacto entre avó e neto. Nunca se verificou o contrario, isto é, a avó nunca procurou o neto.

Durante este tempo e ate hoje aconteceram diversas situações, entre elas, mentiras, agressões, difamações. Nos primeiros meses a avó também nunca deixou a criança levar os seus brinquedos, nem sequer as prendas de natal do último Natal para a sua nova casa. Estas situações não abonam a um bom relacionamento entre todos.

A avó abdicou de conviver com a criança por sua livre vontade e esta situação já dura à quase um ano.

Agora, só posso referir, que apesar de tudo, a criança está bem e é feliz. Têm tido um desenvolvimento bastante normal. Têm convivido mais com outros familiares que a visitam e que ela visita.

Entretanto e por vontade da avó o caso passa da CPCJ para o tribunal. A avó prentende adoptar um regime de visitas semelhante aos vulgarmente praticado por pais divorciados.

Unknown disse...

Olá a todos,

Só agora tive tempo de voltar a espreitar o blog e fiquei bem surpreendido com o post da Sandra. Bruno, quase que concordo plenamente consigo, é preciso conhecer ou ouvir ambos os lados da história MAS, é preciso também ter a certeza que quem conta a história não está já influenciado (o melhor é mesmo ouvir ambas as partes em desacordo). Tenho pena que os outros intervenientes não tenham respondido à minha pergunta sobre como tomaram conhecimento das histórias que relataram.

Desde o post do Pedro, que me pareceu algo direccionado à Cristiana, notei de facto uma perspectiva diferente da minha, tal como referi anteriormente. Talvez tenha sido algo ingénuo mas pensei que o Pedro e a Maria estivessem a relatar casos diferentes, afinal talvez não seja bem assim (os factos assemelham-se aos que o Bruno e a Sandra referiram).

Parece-me que realmente há aqui uma história em comum (daí tantos posts) e eu se calhar meti-me no meio de uma discussão privada exposta em praça pública. Como tal, vou ficar por aqui e não vou comentar nada mais pois estão a ser discutidos factos que desconheço.

Finalmente, resta-me apenas referir que espero que a(s) criança(s) envolvida(s) no caso(s) esteja(m) bem na medida do possível visto que, certamente, não têm culpa nenhuma.

Unknown disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Minhoca Saltitona disse...

Citando Salvador Massano Cardoso:

"...as causas e factores de desencadeamento de muitas doenças passam pelo acumular de vivências do tipo que contou. É importante partilhar estes aspectos e ideias, sempre se vai alertando e, talvez, quem sabe, contribuindo para a sua prevenção. Viver é complicado e para muitos uma verdadeira maldição..."

Quem divulga mentiras e uma falsa situação em praça pública é a avó da criança.

Tentem agora imaginar a vida deste casal constantemente perseguido com mentiras e injustiças. Certamente estamos todos de acordo que se existissem maus-tratos, a criança já não estava com a mãe.

Seria de louvar, existir alguém que os possa ajudar, alguém que se aproximasse em vez fugirem e de alimentarem injustiças.

Existem pessoas boas e pessoas más. Independentemente do rótulo de “Superpapás" ou "superavós”.

Unknown disse...

Boa tarde,

Sr Johnny... O sr tem uma certa piada...

1º) Não conheço nem Pedro, nem Maria Fernanda.

2º) Naturalmente que todos os casos referidos devem ser privados e todos foram expostos.

3º) Foi o sr que fez uma série de perguntas, portanto deveria querer-se meter no meio das situações expostas (privadas ou não), nem que fosse apenas para manifestar a sua opinião (que tem todo o direito de o fazer).

4º) A minha situação é privada e pessoal, mas falei nela apenas para exemplificar uma realidade. Mais, a situação foi exposta em praça pública desde o dia 14/10/2010 e não foi por mim.

5º) Eu não estou a contar uma história, eu apresentei um facto e assumi uma situação. E também não estou influenciada por lado nenhum, já que eu sou filha da minha mãe que fez queixa de mim na cpcj. Mais, escrevi para exemplificar uma realidade.

6º) Sendo este um blog aberto, as pessoas escrevem o que quiserem. Uns apenas dão opinião do que não sabem, outros apresentam realidades e outros tentam até ter alguns conselhos ou ideias para os seus casos.

7º) A criança, que é minha filha, está óptima e feliz. Faço e fazemos tudo para isso. Médicos e educadoras comprovam-no.

8º) Peço desculpa se ofendi alguém, mas não é de todo minha intenção.

Obrigada e boa continuação...

Unknown disse...

Cara Sandra, certamente não leu os meus comentários ou então sofre de algum problema de compreensão. Tudo o que escrevi neste blog (questões, sugestões, comentários...) foram relativos a casos abstractos dos quais não tenho qualquer conhecimento.

Se algum caso privado foi exposto, não foi com certeza, exposto por mim. Quanto a si já não se pode dizer o mesmo! Até há uns dias não fazia a mínima ideia de quem eram as pessoas envolvidas no(s) caso(s) mas após ler os seus posts, em particular o último, fiquei a tomar conhecimento da sua situação que diz ser privada e que aparentemente está relacionada com o 1º post. No que me diz respeito quem tornou a sua situação privada e pessoal pública, foi você portanto talvez queira repensar a sua posição.

Como referi anteriormente os meus comentários relativamente às situações apresentadas terminaram.