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terça-feira, 4 de janeiro de 2011

A herança de Torquemada

Se observaste que o teu vizinho alguma vez se cruzou no caminho com alguém que aplicou dinheiro no BPN, denuncia-o, porque é judeu.
Se observares que o teu vizinho cumprimenta alguém que teve funções no BPN, denuncia-o, porque é judeu.
Se sabes que o teu vizinho alguma vez passou em frentre de uma Sucursal do BPN, denuncia-o, porque é judeu.
Se sabes que o teu vizinho emprega alguém que já foi do BPN, denuncia-o, porque é judeu.
Se sabes que o teu vizinho algum dia pensou ter relações financeiras com o BPN, denuncia-o, porque é judeu.
Porque, se não denunciares, tu próprio és judeu.
Tomás de Torquemada, Inquisidor-Geral dos Reinos de Aragão e Castela, ficou como símbolo das atrocidade dos processos de intenção, dos julgamentos e das condenações inquisitoriais. Para o efeito, fez mesmo publicar um conjunto de orientações no sentido de levar a população a reconhecer os possíveis sinais de heresia e de judaísmo, forma prática de não faltar matéria-prima humana para alimentar os processos condenatórios.
Pelo que se vê e ouve nesta Campanha Eleitoral, proliferam os candidatos a Torquemada, e só não acendem a fogueira porque os tempos e o ambiente são diferentes dos do século XV.
Mas, no espírito, permanece indelével a herança de Torquemada.

39 comentários:

Bartolomeu disse...

Se tiveres conhecimento de alguém que tenha auferido de rendimentos de 140% em aplicações financeiras no BPN, elege-o... pode até ser que seja judeu, mas... se não for muiiiiito ingénuo, será certamente o melhor dos governantes.

Fenix disse...

O cerne da questão é: por causa dos tabus nunca se sabe nada de concreto pela boca do P.R....e está sempre naquela posição incómoda de - balança mas não cai.
Gostava de saber, como cidadã, se o autor ou autores da revelação dos rendimentos das (malditas) aplicações foi ou foram alvo de algum processo, pela parte do P.R..

Tonibler disse...

A irrelevância da coisa só me faz reforçar a desilusão com a República. Disputas de carácter?? Para um cargo de defesa da nação e da constituição???

Viva o rei!

Rui Fonseca disse...

Não, Pinho Cardão.
A questão é diferente.
Se alguém teu conhecido te propõe um negócio, assim:
- António, eu e uns amigos constituimos uma sociedade de investimentos financeiros. Queres investir?
Garantimos um rendimento de 30% ao ano. Em qualquer momento podes sair e levar a massa com os lucros correspondentes ao prazo do investimento.

O que é que tu pensas dos teus amigos?

Fartíssimo do Silva disse...

Meu Caro Pinho Cardão
O ruído à volta da compra e venda de acções da SLN por parte de Aníbal Cavaco Silva - em si próprio um assunto mexeruco - só foi possível pela falta de explicações por parte do visado. Estando-se em campanha eleitoral e tendo sido confrontado com aquele negócio, Cavaco deveria ter logo explicado o essencial em vez de remeter os portugueses para o site da Presidência da República e para a sua declaração de rendimentos. Nem o site nem a declaração de rendimentos referidas por Cavaco explica o que quer que seja.
Os factos são conhecidos e não foram até agora desmentidos pelo próprio.
Segundo o jornal EXPRESSO, em edição de 30 de Maio de 2009, Cavaco comprou, em 2001, 105.376 acções da SLN pelo preço de um euro cada uma. Em Novembro de 2003, o mesmo Cavaco deu ordem de venda das ditas acções, tendo a transacção sido efectuada pelo preço de 2,40 euros cada, com o que auferiu uma mais valia de 140% no curto prazo de dois anos.
No site da Presidência, segundo o comunicado publicado em Novembro de 2008 (quando estoirou o caso BPN)o PR omite qualquer referência à SLN, detentora do BPN. Não havia qualquer necessidade de fazer tal comunicado, que, de resto, ninguém exigiu!
O Expresso publicou o negócio mas antes disso confrontou a Presidência da República com tal realidade. Belém recusa explicar qualquer ligação à holding do BPN, ou seja, a Sociedade Lusa de Negócios, e remeteu o jornalista para o comunicado de Novembro de 2008.
Ninguém acusou Cavaco de ter cometido um crime, mas que o negócio é estranho, lá isso é: 140% de mais valias (não tributadas)em dois anos, é obra. Se se acrescentar que as acções não estavam cotadas em bolsa, só algumas personalidades teriam tido acesso a tais negócios. Na falta de outras explicações, o povão pensará que há aqui um preço amigo. Que se estendeu a outro membro da família de Cavaco Silva. Certamente que por esta e por outras (conjectura perfeitamente legítima) o buracão do BPN deu no que deu... uns quantos milhares de milhões que serão pagos pelos contribuintes portugueses. Não se duvida, sequer por um segundo, que Cavaco declarou ao Fisco o preço da aquisição das acções da SLN, bem como o preço da sua venda. O que de lá não consta é o modo como o preço foi fixado e por quem. É isto que incomoda Cavaco candidato... Mas o escrutínio para cargos públicos faz parte de qualquer campanha eleitoral em países democráticos.

Pedro disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Fartíssimo do Silva disse...

Eis uma estórinha notável para adormecer criancinhas tugas!

Suzana Toscano disse...

Caro Paulo, a sua explicação cristalina não interessa a quem está interessado em lançar suspeitas seja a que preço for. A suspeita é que é uma acção de alto rendimento, demasiado tentadora para os Torquemadas que abundam no nosso país, como bem lembra o Pinho Cardão.As pessoas preferem criar "sombras, dúvidas e estranhezas" a partir de coisa nenhuma, é nesse mundo que vivem e sentem-se perdidos fora dele. E depois chamam-lhe "política", para logo a seguir se indignarem com os "políticos". Isto sim, é que os anima e os faz sentirem-se "na política", as "acusações", as "exigências" , os ataques pessoais, tudo o resto é demasiado enfadonho, obriga a saber e a estudar os assuntos. Lançar lama não dá trabalho nenhum.E dá imensas notícias.

Suzana Toscano disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Suzana Toscano disse...

Caro Rui Fonseca, chamou-me a atenção a simplicidade da sua versão.Simplesmente, tem lá bem explícita a indução do erro que quer transmitir, e essa indução resulta do intercalar "garantimos um rendimento de 30% ao ano", certamente fruto da sua criatividade, uma vez que a compra de acções numa empresa que opera no mercado legal não pode, por definição, ter um rendimento garantido dessa ou de outra ordem. Se comprar acções, assume o risco respectivo, se puser o dinheiro em certificados de aforro já só corre o risco de o Governo mudar as regras a meio da sua aplicação. O seu diálogo, porém, logo a seguir é quase correcto: poder sair a qualquer momento e levar os lucros correspondentes. Como em qualquer compra de acções, repito, salvo nos casos em que há um tempo obrigatório de permanência, em geral situações de empregados da empresa que compram a preço mais baixo. Mas também é abusiva a expressão "lucro", se a substituir por "rendimento" ou "resultado", já será mais próximo da realidade. Assim, permito-me reescrever o seu diálogo, expurgado agora das subtilezas que podem confundir o leitor a quem dirige a sua explicação linear:
"António, eu e uns amigos constituimos uma sociedade de investimentos financeiros. Queres investir?
Prevemos que venha a ser um bom investimento para as tuas poupanças, sabemos que vives do teu vencimento.Em qualquer momento que precises podes sair e levar os resultados correspondentes ao prazo do investimento".
O que eu pensaria dos meus amigos? pergunta o caro Rui Fonseca. Pois pensaria que talvez pudesse arriscar uma parte da minha poupança, na esperança de estar a fazer o investimento certo. O caro Rui, pelos vistos, diria que não,pensaria cobras e lagartos, a prever que de, daí a uns dez anos, viesse alguém a saber (?) desse investimento que durou um ano e viesse a desconfiar das intenções de todos os que de alguma forma confiaram a sua pequena poupança a uma sociedade que cresceu, que ainda existe no mercado, que teve um banco que se tornou tão importante que a sua falência podia causar um perigo sistémico, etc, etc. Caro Rui Fonseca, lamento muito, mas a sua frase é cheia de armadilhas.Em direito, chama-se a isso ditar primeiro a sentença e construir depois o caso, assim é impossível que não bata tudo certinho. Mas gostaria o caro Rui Fonseca de ser julgado por tal processo?

Fartíssimo do Silva disse...

Suzana Toscano
A comissão de honra já estava representada neste forum pelo caro Pinho Cardão. Agora é a vez da comissão política, pela pena de Suzana Toscano. Acontece que ninguém atirou lama ao seu candidato. Confrontaram-no, antes, com factos. Se estes causam incómodo? Sibi imputat...
Salvo o devido respeito, as "sombras, "dúvidas e "estranhezas" só permanecerão se o candidato Cavaco Silva as consentir! Isto de campanhas eleitorais é realmente uma sensaboria...
O sr. Pinto de Sousa também foi confrontado com a questão da licenciatura obtida num domingo, com as casinhas da Covilhã e com o Freeport. Também ele (Pinto de Sousa) falou em campanha suja (ou negra) e teve que se explicar em tudo que é sítio. Ai se ele tivesse comprado acções do BPN ou da SLN e depois vendê-las com o lucro de 140% em dois anos e, depois,ainda, decretar a nacionalização do Banco cujo núcleo duro fora constituído pelos seus amigos, como seria? Todos os jornais e estações de rádio e de TV seriam escassos para tantas notícias...
Ps: realmente a acção foi de alto rendimento: 70% ao ano! Safa...

Suzana Toscano disse...

Caro Fartissimo do silva, também lhe posso dirigir a pergunta a si: gostaria de ser julgado por tal processo?

Fartíssimo do Silva disse...

Suzana Toscano
Não se trata de um julgamento. Há uma campanha eleitoral em curso. Se, por absurdo, me colocasse na posição do candidato Cavaco Silva e sendo confrontado com aqueles factos, não teria a mais ligeira hesitação em esclarecer os portugueses, olhos nos olhos sem quaisquer subterfúgios, tais como remeter para a página do site da Presidência ou para a declaração de rendimentos. Cavaco já disse que não houve contrato nenhum. A expressão que utilizou foi mesmo, se a memória me não atraiçoa, CONTRATOS ZERO. Falando assim, tratar-se-ia de um acordo de cavalheiros entre Cavaco Silva e Oliveira Costa. De uma maneira ou de outra, colocado eu nas circunstâncias concretas do candidato, enfrentaria os portugueses olhos nos olhos( do que o candidato não gosta muito) e explicaria tim - tim por tim - tim, de modo cristalino, os meandros do negócio. Ganhar dinheiro de forma lícita não é crime. Por que não faz isto o candidato Cavaco Silva? Responda quem souber...

Fernando Lopes disse...

O biltre sofre de memória selectiva. Primeiro, esqueceu-se (como se isso fosse coisa que se esquecesse), que tinha ido à PIDE. Agora, não se lembra de que Oliveira e Costa foi seu ex-Secretário de Estado e Dias Loureiro, Conselheiro de Estado por si nomeado. Também não se lembra que lucrou 147 mil euros, com a venda de acções da SLN. E que tal começares a tomar fósforo, Aníbal ?

Pinho Cardão disse...

Caro Bartolomeu:
O meu amigo é um brincalhão!...

Cara Fénix:

É notório que Cavaco já disse o que tinha a dizer sobre o assunto: comprou acções, vendeu-as, fez as respectivas Declarações de Património no Tribunal Constitucional. A consulta é pública. Que mais há a dizer?
Se a minha amiga compra e vende acções ninguém tem nada com isso. Era o que faltava. Se está nun cargo público que a tal obrigue, tem que fazer a respectiva Declaração que pode ser consultada no TC.

Caro Rui Fonseca:
Constróis as premissas a teu modo e gosto e tiras a conclusão. Só não digo que é uma atitude à Torquemada, porque te conheço, e tenho amizade e sincera consideração por ti, humana e profissional. E na tua maneira de ser nunca estaria uma intenção dessas. Enfim, todos temos frases infelizes e dias maus.

Caro Tonibler:
De facto, à falta de ideias, alguns alguns não alcançam mais do que deitar pedras ao adversário. Ética republicana, no seu melhor.

Pinho Cardão disse...

Caro Fartinho do Silva:

Se é o meu amigo o próprio a dizer que se trata de um "assunto mexeruco", eu concluiria que "assuntos mexerucos" não são dignos de uma campanha eleitoral.
De facto, é mesmo um não assunto.
Por isso, e até pela excelente explicação do Paulo, nada tenho a acrescentar.
Neste país há liberdade para comprar e vender acções de empresas e para fixar o preço de compra ou de venda das mesmas. Nestas transacções, uns ganham e outros perdem. Cavaco ganhou? Pois ainda bem. Cavaco perdeu? O risco era dele. Foi porventura a única transacção que se fez? Na altura as acções da SLN ou do BPN tinham mercado e compradores? Pois tinham.
Então, o que é que está em causa?

Caro Paulo:
O meu amigo disse tudo.
Os autores das fraudes já deviam estar punidos. Os autores da intervenção estatal punidos politicamente já deviam também estar.
No fim, paga o justo pelo pecador e somos todos nós os punidos, com os impostos que vamos pagar.

Cara Suzana:

Ainda ontem Manuel Alegre insistiu no assunto. Parece que a única ideia relevante que tem para o país é querer o contrato de venda das acções por parte de Cavaco Silva. Não irá longe nesta atitude de querer misturar Cavaco com o BPN e de fazer dos portugueses um bando de parvos.
De facto, ajeitar as premissas às conclusões que se querem tirar sempre foi atitude pidesca e inquisitorial. Lamento que Manuel Alegre, que muito prezo como poeta, se tenha deixado levar por atitudes como essa.
Ah, já agora, confesso ter a maioria dos seus livros que leio com gosto. Mas surgiu-me uma questão. Deitei fora as facturas e não sei se ainda alguém me irá questionar pelo preço pago...Neste ressurgimento dos Torquemadas, nunca se sabe...

Fartíssimo do Silva disse...

Caro Pinho Cardão
O negócio efectuado por Cavaco Silva não é um não assunto. É um assunto que demanda explicações por parte do candidato Cavaco. Pode evidentemente recusar tais explicações. Se persistir nessa posição, os portugueses - que não andem cá por andar - terão toda a legitimidade para supor que o preço de compra e de venda das acções (não cotadas na bolsa, coisa que por vezes se esquece) é um PREÇO AMIGO ou DE FAVOR. E não existindo qualquer contrato, como Cavaco diz, então a suspeita de que se trata de um preço de favor ainda se avulta mais, pois passaria por um acordo de cavalheiros entre Cavaco Silva e Oliveira e Costa, o Presidente da SLN. Está na cara, caro Pinho Cardão...
O paralelismo que o meu Amigo faz com as facturas que deitou fora, respeitante aos livros de Alegre, não passa de uma nota de humor da sua parte.
Por acaso o meu Amigo viu os fac-similes das carta dirigidas ao Presidente da SLN por Cavaco e sua Filha, publicados pelo jornal Expresso?

Rui Fonseca disse...

Cara Susana Toscano,
Caro Pinho Cardão,

Não vou prolongar mais o meu comentário porque o assunto me causa tristeza. Mas por amor à verdade, e só por isso, sempre vos digo que se tenho alguma coisa, lamentavelmente, a acrescentar ela está numa parte do que escreveu Susana Toscano:

" Se comprar acções, assume o risco respectivo,..."

Quando as acções são cotadas em bolsa, acrescento eu.

E ficamos esclarecidos, não ficamos?

E não acrescento nada mais porque, como disse, é assunto que me desgosta.

Suzana Toscano disse...

Não ficamos mesmo nada esclarecidos, caro Rui Fonseca,só as acções cotadas em bolsa é que são livres de "suspeitas" e de riscos para os accionistas? A participação em sociedades legais não cotadas em bolsa é um crime até prova em contrário? É que não percebo de onde lhe vem esse desgosto...

Bartolomeu disse...

Os portugueses agem, frequentemente, segundo uma lógica que só encontra explicação nos manuais de magia, alquimia, ou ocultismo, logo... impossíveis de interpretar.
Ontem, à saída do aeroporto, depois de se despedir de Cavaco Silva, Alberto João Jardim, confidenciou à imprensa, que aquele, seria o candidato menos mau.
Menos mau ???
Menos mau é um mágico que consegue adivinhar a carta do baralho que o espectador escolheu.
Menos mau, é o alquimista capaz de juntar dois ou três químicos à água e fazer brotar uma chama azul-anilada.
Menos mau, é o vidente que prevê o agravamento da crise económica em 2011 e o novo aumento do iva e dos combustíveis antes do meio do ano.

Rui Fonseca disse...

Cara Suzana Toscano,

É por demais evidente que também as cotações das acções cotadas em bolsa podem ser objecto de manobras ilícitas. Também é verdade que há muitas sociedades por acções não cotadas em bolsa onde nunca foram detectadas irregularidades.

O caso levantado pelo nosso amigo Pinho Cardão, contudo, circunscreve-se num contexto diferente: O de um contrato de compra com elevado rendimento assegurado numa empresa em início de actividade, não cotada em bolsa.

Bem sabe Susana Toscano o que se exige da mulher de César. De César, com o andar dos tempos, também.

Quanto ao meu desgosto ele decorre do facto de vivermos numa sociedade mergulhada em suspeitas. Se um dos poucos referenciais de isenção também é posto em causa, qualquer pessoa de bem não pode deixar de sentir uma certa amargura.

Estou certo que, para lá da sua dedicação a esta ou aquela pessoa, e a sua vontade enorme em continuar a ver nela os méritos que sempre lhe reconheceu, não deixa de experimentar também uma certa amargura por a ver posta em causa naquilo que era seu timbre, sem argumentos consistentes que derrubem inequivocamente esse mal estar.

Por exemplo: Como é que responde a isto:

http://www.jornaldenegocios.pt/home.php?template=SHOWNEWS_V2&id=461209

Tonibler disse...

A maior parte dos comentários sobre a venda de acções não cotadas que por aí anda mostra bem como é possível que o Sócrates chegue a primeiro-ministro. E que a probabilidade de ser o Manuel Luís Goucha é bastante elevada.

Fartíssimo do Silva disse...

Caro Bartolomeu
E AJJ acrescentou ... dentro do situacionismo!
Mas Cavaco encaixa tudo desde que venha da Madeira: a proposta de demissão do Sr. Silva que tudo deve ao PSD; não o levou (Cavaco) à Assembleia Legislativa por aquilo ser um bando de loucos!
Mas AJJ é um dos nomes da comissão de honra do candidato Cavaco Silva! E bem!!!

Caro Tonibler
Uma pequena provocação: já não apoia a candidatura de Manuel Alegre?

Tonibler disse...

Fartíssimo,

O que é que tem uma coisa a ver com outra? Na realidade, o mandato de Cavaco fez de mim monárquico, de tão mau que foi. Daqui, até lhe chamar ladrão vai uma grande distância. Uma coisa é um mau presidente porque o que ele acha que é ser presidente é exactamente aquilo que eu acho que não deve ser, outra coisa é dizer que ele andou a roubar, que não andou.

Eu acho que Cavaco devia ser deposto porque foi mau presidente, vocês querem apenas que ele deixe de ser Presidente, nem que para isso passem semanas a insinuar que é ladrão, usando argumentos de grosseira ignorância, como o das acções da SLN. Ora, isso não mostra que ele é ladrão, mostra apenas que vocês são burros.

Eu apoio Manuel Alegre por ser benfiquista, aficionado, literado e achar que encarna a essência do português. Agora, não me confundam com vocês.

De qualquer forma, eu gostava de recordar que o país ainda tem polícia e uma carrada de funcionários semi-inúteis a quem chamam de tribunais. Se acham que o Cavaco andou a roubar, sugiro que o denunciem e nem sequer o deixem chegar às urnas. Certo?

Pinho Cardão disse...

Caro Tonibler:

Ora aí está um grande golo, daqueles à Eusébio (nos tempos correntes, à Hulk ou à Falcão...). Nada de jogadas a meio campo, corrida rectilínea, remate forte e indefensável.
Um lance que dá gosto ver!...

Unknown disse...

"sombras, dúvidas e estranhezas" ou;
"ética republicana da XUXAlhada" ou;
"chafurdar na merda"

Bartolomeu disse...

Teilhard de Chardin afirmou que acreditava «num desvio capaz de nos arrastar para qualquer forma de Ultra.Humano».
A actualidade social, deseja conhecer na prática, um «milagre». Este milagre que se deseja, consiste em saber, com os dados de que dispomos, em qual dos candidatos que se apresentam a eleições, se deverá votar, uma vez que, aquele que aquele que reunir maior número de votos, será o eleito.
Dado que a maioria dos comuns mortais - que somos - não é dotado de superiores capacidades de vidência, ou adivinhação, vê-se cingido às informações veiculadas pelos próprios candidatos acerca de si mesmo e ainda daquelas que cada candidato veicula acerca dos restantes, as quais não coicidem com as que declara possuir.
Imaginemos que pretendemos adquirir um automóvel, mas desconhecemos completamente as caracteríticas de cada modelo. O mais lógico e sensato, é dirigirmo-nos aos diversos standes e inquirir as características de cada modelo. Neste caso, não haverá nenhum vendedor que nos aconselhe outra marca que não seja aquela que representa, desmotivando-nos até a adquirir um veiculo de outra marca, au apontar-nos as imprefeições de cada um.
Assim, dificilmente decidiremos qual a marca e modelo, por que optar.

Fartíssimo do Silva disse...

Tonibler
É preciso sublinhar que ninguém acusou Cavaco Silva de ladrão nem de roubar.
Confrontaram-no com factos que demandam uma explicação. Apenas isto.
Devemos medir bem aquilo que escrevemos. Discutir é uma coisa, insultar é outra.
Achei impróprio que neste forum, que é um forum de liberdade mas também de responsabilidade, se chame biltre a quem quer que seja, muito menos a um candidato à Presidência da República que, por sinal, também é o Presidente da República. É óbvio que me refiro ao comentário das 09:49.
O Tonibler pertence a uma casta superior e por isso é insusceptível de se confundir com este pobre burro!

Pinho Cardão disse...

"...Forum de liberdade, mas também de responsabilidade".
Muito bem, caro Fartíssimo. Aqui concordamos.

Pedro disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Suzana Toscano disse...

Caro Tonibler, ás vezes a sua falta de paciência tem resultados notáveis, como estes seus comentários! Grande benfiquista!(isso de votar Alegre porque é do benfica já acho exagero :)

Tonibler disse...

Fartíssimo,

Deixemo-nos de meias tintas porque eu não sou político, nem advogado, muito menos ambos. Quando se diz que alguém retirou proveitos exagerados de uma transacção porque o responsável de uma das partes era amigo, está-se a insinuar que é ladrão. Quando o insinuado nega e se insiste que ele deve demonstrar que não é, está-se mesmo a acusar de ladrão.

Se somar a isto o facto do insinuado/acusado ter conspirado com o primeiro-ministro para retirar um referendo das mãos dos portugueses sobre um assunto de cedência de soberania (que tinha sido prometido em programa eleitoral), ter diferenciado os portugueses com base na religião e os ter diferenciado com base na orientação sexual, tudo coisas que efectivamente lhe estavam vedadas por dever, querem que lhes chame o quê? Inteligentes?

Sabe que mais? Viva o Rei!!

Pinho Cardão disse...

Pois é, caro Paulo. Alguma (muita) coisa coisa essencial distingue as candidaturas.
Para Cavaco, a preocupação é o país e o futuro dos portugueses; para Alegre, a preocupação é insistir na transacção de acções do BPN, procurando por todos os meios transformar uma operação legal e transparente numa operação mafiosa ou semelhante, a fim de salpicar de lama o adversário.
De qualquer forma, o país já conhece os truques. Foi assim com Sá Carneiro, acusado de burla. Foi assim co Freitas, acusado de de fazer retornar o país ao fascismo; foi já também assim com Cavaco, em 2005, acusado de ser um perigo para a democracia.
E pergunto-me como pode um candidato digno desse nome fazer campanha elegendo esse tema como o principal da sua campanha.

Fartíssimo do Silva disse...

Tonibler
Não posso estar mais de acordo com o segundo período do seu post. E não posso estar mais em desacordo com o primeiro período.
Quanto ao terceiro:sou republicano mas nada tenho contra os monárquicos. Há boa e má gente dos dois lados.

Caro Pinho Cardão
Essa da preocupação de Cavaco ser o país e o futuro dos portugueses parece relevar da culto e endeusamento da pessoa, tão sobrenatural que se identifica com Portugal: o nosso querido e amado Líder, o nosso Timoneiro! Já estamos na Coreia do Norte?
Desculpar-me-á o meu Amigo que de "operação legal e transparente" nada teve. Tão transparente é que o candidato embatucou e remete para a página do site da Presidência (que nada explica e que, de tão inusitado, deu no que se vê). Às vezes, pela boca morre o peixe. Se, em Novembro de 2008, quando rebentou o caso BPN, Cavaco estivesse ficado calado... Mas Cavaco sentiu-se no dever de falar ou de escrever ou de mandar escrever ou escrever o que a casa civil lhe aconselhou que fosse comunicado! Foi um tiro no pé e que tiro! Lembrou-me o seu conselheiro de Estado a correr para a televisão para «se explicar» depois de ter requerido ao presidente do Parlamento para que este o ouvisse, embora nada de relevante tivesse a comunicar... Chama-se a isto ir buscar lã e ficar tosquiado. Foi ao Parlamento, não quando ele quis mas quando o parlamento o entendeu. Resultado: foi apanhado a mentir!
Quando convém, Sá Carneiro é sempre um "mesinha à mão". Não são coisas comparáveis. Provou-se que se tratou de uma campanha orquestrada pelo Partido Comunista a a partir do seu jornal "O Diário". No caso da compra e venda das acções da SLN, os factos são conhecidos. Só que o candidato Silva recusa dar explicações. Ele saberá por quê.
Mas que tem sido muito mal assessorado isso é uma evidência que talvez Cavaco não merecesse.
Quanto a Freitas do Amaral, também a argumentação do meu caro Pinho Cardão não colhe. Foram as eleições mais disputadas. Freitas perdeu porque é e será sempre um perdedor.
Ainda no ano passado, alguns meses após ter deixado o MNE do Governo do Sr. Pinto de Sousa, deu uma longa entrevista ao DN. Eu li a coisa como uma tentativa de concitar as atenções para uma candidatura à Presidência da República, sendo óbvias as setas envenenadas a Cavaco e à sua Casa Civil. Pelos vistos ninguém pegou naquilo e o homem apareceu agora para se colar a Cavaco. Não dá ponto sem nó. Até sou capaz de adivinhar o que Freitas quer. Não podendo ser PR nem PM nem PAR nem deputado, só pode querer um cargo. Qual é? PGR!
Mas o meu caro Pinho Cardão não fala das eleições em que Sampaio derrotou Cavaco copiosamente, em 1996? Omitiu porquê? Foi também alguma campanha suja? Lembra-se que os iluminados dessa campanha andarem por terras de França e Aragança a exibir as fotografias de Sampaio e Cavaco , interrogando os passantes: Connaissez-vous ce Monsieur (Sampaio)? Non, pas de tout. Connaissez-vous ce Monsieur lá (Cavaco)? Oui, bien sure, c´ést le premier ministre du Portugal...
A campanha de Manuel Alegre não é uma campanha suja. Leia o seu manifesto eleitoral e verá que lá encontrará o rumo para uma Presidência de que Portugal precisa. E está cheio de ideias e de propostas que o seu detractor Cavaco apelida de larachas e de experimentalismos perigosos!

Fartíssimo do Silva disse...

Vozes de Paulo não chegam ao céu.
É completamente falso que Manuel Alegre tenha recebido dinheiro do BPP. Chama-se a isto difamação.
Alegre escreveu um texto literário subordinado ao tema: "A minha relação com o dinheiro". Alegre desconhecia que o texto seria utilizado para fazer publicidade a um Banco. Quando se deu conta disso, Alegre pediu para ser retirado o texo, o que foi feito. Mais tarde enviaram-lhe um cheque de 1500 euros que Alegre imediatamente devolveu. Neste caso trata-se de um ataque pessoal, vindo de apoiantes do candidato Silva que continua, ao contrário de Alegre, a recusar explicações
Por aqui se vê a diferença.
Já se chegou ao ponto de provocar sem pudor aqueles que lutaram contra o regime deposto em 25 de Abril de 1974, chamando desertor, por sinal, a que nem sequer o foi! Ó tempo volta para trás!
"Correm rumores de que Alegre é desertor", esta, então é de uma irresposabilidade total! E vem de pessoa que, neste forum, apesar dos vómitos extremistas que bolsa, é apontado com um explicador cristalino do caso das acções da SLN!!! É caso para remeter o comentador cavaquista para o site da candidatura de Alegre.E ainda tem a distinta lata de invocar a PIDE! Mas Alegre não remete ninguém para o site: explica tim-tim por tim-tim.
Só falta dizer que Alegre comunicou à PIDE que o seu sogro casou em segundas núpcias com uma senhora com quem não priva!!!
Como dizia o meu falecido cunhado e salvo o devido respeito, um militar é um burro com galões.

Tonibler disse...

Fartíssimo,

Manuel Alegre não tem assim tantos votos para que se possa dar ao luxo de ter apoiantes assim.

Fartíssimo do Silva disse...

Tonibler
Também acho! E o que não seria se eu fosse do Benfica...

Pedro disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Pedro disse...
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