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segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

Um olhar social a caminho de 2013…

No final do ano é costume formularmos votos de Bom Ano Novo. É normal que as pessoas desejem umas às outras o melhor para as suas vidas no ano que vai entrar, que tudo aconteça de acordo com as melhores expectativas, que os seus desejos se realizem, não faltam os votos de saúde e de muitas alegrias e felicidades.
Sabemos como são especialmente importantes as palavras de alento e de esperança de mudança para as pessoas apanhadas pelo desemprego, muitas delas sem disporem de qualquer rendimento, que procuram trabalho mas não encontram resposta positiva, e que se confrontam diariamente com dificuldades financeiras para resolver necessidades tão essenciais como a habitação ou a escola dos filhos. O agravamento dos sacrifícios em 2013 vai especialmente pesar sobre todos aqueles que estão no desemprego e que vivem com carências económicas significativas.
Tenho esperança que em 2013 o país cresça em consciência social e que, como tal, governo, políticos, empresas e cidadãos ganhem maior sensibilidade social, sejam mais responsáveis e estejam mais disponíveis para contribuir para o reforço da solidariedade social, seja no plano político, seja no plano institucional e individual. Esta esperança funda-se na observação do ano de 2012 que não deve deixar ninguém indiferente perante o sofrimento de muitos portugueses.
Justamente num momento em que a taxa de desemprego atinge níveis muito graves e em que a pobreza está a crescer a partir de níveis já de si elevados esperava-se do Estado Social uma maior capacidade na protecção das pessoas e famílias atingidas por estas chagas sociais. O Estado Social falhou quando era mais necessário, para quem dele necessita. A situação é de grande emergência financeira, mas passou a ser também de grande emergência social.
Desejo, pois, o maior cuidado nos cortes anunciados de 4,4 mil milhões de euros na despesa pública, que sejam procuradas e encontradas alternativas que não afectem os níveis de rendimento já de si muito baixos e precários da maioria da população e que não reduzam os níveis de protecção social já de si fragilizados. 
 
Votos de um BOM ANO 2013 para todos os nossos Amigos, Comentadores e Leitores!

6 comentários:

Suzana Toscano disse...

Margarida, desejemos que, ao longo do próximo ano, possamos olhar os dias que chegam com mais ânimo, mais energia e mais confiança no futuro. Entretanto, vale-nos o valor da amizade, da compreensão mútua e da atenção aos outros, talvez no meio deste desmoronar do mundo que conhecemos se volte a encontrar muito do que tínhamos considerado secundário mas que, afinal, é o que nos suporta qaundo tudo o resto falha. Um bom ano de 2013!

Paulo Pereira disse...

O que falhou foi o estado não social incompetente e irresponsável com governantes e funcionários que não entendem que um déficit externo crônico é insustentável .

Catarina disse...

Bom Ano Novo, cara Margarida. : )

Anónimo disse...

Feliz ano novo, Margarida.

Unknown disse...

Margarida, que triste é constatar que, para si, as necessidades maiores dos portugueses se prendem com questões, de momento já tão secundárias, como a habitação ou a escola dos filhos.

Assim escrevendo, revela um total e completo desconhecimento da realidade.

As necessidades dos portugueses são conseguir alimentar os próprios filhos ou netos, muitas vezes à conta da fome dos próprios.

Quando o Estado Social define como limiar da pobreza um valor de 419.22 €, aplica rendas no Programa de Emergência Social (supostamente com 30% de desconto) a partir de 250-300 €, paga 90 € de rendimento social de inserção... e vem a senhora falar nas questões tão secundárias.

Faço votos para que, neste novo ano, abra ainda mais os seus olhos, para a realidade. A si e a todos os portugueses que possam ajudar os que mais precisam.

Bom ano novo.

Margarida Corrêa de Aguiar disse...

Carlos Miguel Praxedes
Permita-me que lhe refira que não consigo perceber a razão pela qual ignorou parte do conteúdo da minha mensagem e a distorceu.
Pois, é exactamente por ter os olhos bem abertos que venho, de há muito, apelando, com especial enfoque, à protecção social de quem não dispõe de qualquer rendimento.